DATA DA PUBLICAÇÃO 02/08/2016 | Setecidades
Região carece de 230 mil moradias
Foto: Nario Barbosa/DGABC
Diagnóstico sobre a situação habitacional da região aponta que as sete cidades possuem deficit de 230.076 moradias. O número corresponde a quase 30% do total de imóveis existentes no Grande ABC– 795 mil – e equivale praticamente à quantidade de domicílios de São Bernardo (veja arte com números de cada município abaixo).
O estudo, realizado pela UFABC (Universidade Federal do ABC) e pelo Comitê de Programa Habitação do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, foi iniciado em maio do ano passado e apresentado na manhã de ontem durante reunião entre os prefeitos. O documento custou cerca de R$ 400 mil.
Para compor o levantamento, foram utilizadas informações do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e das administrações municipais. O mapeamento indica a necessidade de produção de 100.362 moradias, além de implantação de infraestrutura, como urbanização da área e saneamento básico em 129.714 residências.
“O estudo procurou observar o que tem de deficit fora e também dentro dos assentamentos precários, que são favelas, loteamentos precários ou irregulares, cortiços e conjuntos habitacionais irregulares e degradados”, falou a professora da UFABC, Rosana Denaldi, que coordenou o diagnóstico.
Onde já existem assentamentos precários, o deficit quantitativo, ou seja, em que há necessidade de remoção das famílias do local e construção de moradia para incluí-las, é de 36.502 unidades. Já o deficit qualitativo, no qual ações de urbanização resolvem o problema, é de 106.815 moradias. Fora dos assentamentos precários, é preciso a construção de 63.860 unidades e o deficit qualitativo engloba 22.899 moradias.
A região necessita regularizar 707 assentamentos precários (que agregam 183.755 domicílios), sendo que 376 (abrangendo 136.788 domicílios), além da regularização, carecem também de urbanização.
Para solucionar o deficit, são necessários a disponibilização de terra na ordem de 6,3 milhões de metros quadrados, “das quais a região já tem delimitado, na legislação municipal, nos planos diretores, cerca de metade”, salientou Rosana. As necessidades habitacionais contempladas no estudo são referentes aos segmentos populacionais de renda familiar mensal de até três salários mínimos.
O estudo não estimou o quanto todas essas ações custariam. “O custo varia de acordo com estratégia dos planos de cada município, pois cada um tem problemas diferentes”, disse a coordenadora do Comitê de Programa Habitação do Consórcio e secretária de Habitação de São Bernardo, Tassia Regino.
“A unidade é importante para os sete municípios buscarem o que é necessário para a captação de recursos”, destacou a vice-prefeita de Santo André, Oswana Fameli. Mas, por ora, não há previsão de liberação de verbas estaduais e federais nessa questão.
Plano Regional de Drenagem ainda não tem data para ser apresentado
O estudo de drenagem, encomendado há um ano pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e feito pela empresa KF2 Engenharia e Consultoria por R$ 1,5 milhão, segue sem previsão de apresentação definitiva.
No mês passado, a entidade divulgou dados preliminares, os quais constavam que, para resolver o problema das enchentes, é preciso despender R$ 2 bilhões na construção de 38 piscinões e outras 214 intervenções. Esse último número, no entanto, deve aumentar, segundo o secretário executivo do Consórcio, Luis Paulo Bresciani. “O Comitê de Drenagem pediu um prazo um pouco maior (para apresentação), em função de revisões de orçamento e daquelas 214 medidas que tinham sido colocadas, provavelmente o número deve ampliar. A hierarquização (das obras) depende dessas novas inclusões que foram pedidas”, explicou. “Existe uma possibilidade de apresentação pública, no fim de agosto ou início de setembro”, acrescentou.
O estudo, realizado pela UFABC (Universidade Federal do ABC) e pelo Comitê de Programa Habitação do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, foi iniciado em maio do ano passado e apresentado na manhã de ontem durante reunião entre os prefeitos. O documento custou cerca de R$ 400 mil.
Para compor o levantamento, foram utilizadas informações do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e das administrações municipais
“O estudo procurou observar o que tem de deficit fora e também dentro dos assentamentos precários, que são favelas, loteamentos precários ou irregulares, cortiços e conjuntos habitacionais irregulares e degradados”, falou a professora da UFABC, Rosana Denaldi, que coordenou o diagnóstico.
Onde já existem assentamentos precários, o deficit quantitativo, ou seja, em que há necessidade de remoção das famílias do local e construção de moradia para incluí-las, é de 36.502 unidades. Já o deficit qualitativo, no qual ações de urbanização resolvem o problema, é de 106.815 moradias. Fora dos assentamentos precários, é preciso a construção de 63.860 unidades e o deficit qualitativo engloba 22.899 moradias.
A região necessita regularizar 707 assentamentos precários (que agregam 183.755 domicílios), sendo que 376 (abrangendo 136.788 domicílios), além da regularização, carecem também de urbanização.
Para solucionar o deficit, são necessários a disponibilização de terra na ordem de 6,3 milhões de metros quadrados, “das quais a região já tem delimitado, na legislação municipal, nos planos diretores, cerca de metade”, salientou Rosana. As necessidades habitacionais contempladas no estudo são referentes aos segmentos populacionais de renda familiar mensal de até três salários mínimos.
O estudo não estimou o quanto todas essas ações custariam. “O custo varia de acordo com estratégia dos planos de cada município, pois cada um tem problemas diferentes”, disse a coordenadora do Comitê de Programa Habitação do Consórcio e secretária de Habitação de São Bernardo, Tassia Regino.
“A unidade é importante para os sete municípios buscarem o que é necessário para a captação de recursos”, destacou a vice-prefeita de Santo André, Oswana Fameli. Mas, por ora, não há previsão de liberação de verbas estaduais e federais nessa questão.
Plano Regional de Drenagem ainda não tem data para ser apresentado
O estudo de drenagem, encomendado há um ano pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e feito pela empresa KF2 Engenharia e Consultoria por R$ 1,5 milhão, segue sem previsão de apresentação definitiva.
No mês passado, a entidade divulgou dados preliminares, os quais constavam que, para resolver o problema das enchentes, é preciso despender R$ 2 bilhões na construção de 38 piscinões e outras 214 intervenções. Esse último número, no entanto, deve aumentar, segundo o secretário executivo do Consórcio, Luis Paulo Bresciani. “O Comitê de Drenagem pediu um prazo um pouco maior (para apresentação), em função de revisões de orçamento e daquelas 214 medidas que tinham sido colocadas, provavelmente o número deve ampliar. A hierarquização (das obras) depende dessas novas inclusões que foram pedidas”, explicou. “Existe uma possibilidade de apresentação pública, no fim de agosto ou início de setembro”, acrescentou.
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