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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/08/2012 | Turismo
Refúgio de turistas e borrachudos
Ihabela é um prato cheio para turistas e borrachudos. Por isso, entre um prato e outro de camarão, vale caprichar no repelente e se aventurar pelos recantos mais charmosos da ilha. A agência local Maremar Turismo oferece passeios de jipe, lancha, van e escuna pelos quatro cantos do município (confira preços no quadro ao lado).

Também é possível pegar ônibus e seguir pela beira-mar até a praia que mais chamar sua atenção. As do Curral e Feiticeira são as mais agitadas, perfeitas para bebericar e ver gente bonita. Na alta temporada, o som não para durante o dia.

Já as de Castelhanos e do Bonete são quase desertas e oferecem boas ondas para os surfistas de plantão. A primeira tem acesso remoto. Os turistas podem chegar de barco, bicicleta, a cavalo ou em veículos 4x4 que percorrem a trilha de 22 quilômetros que cruza a Mata Atlântica protegida pelo parque. Se restar fôlego na chegada a Castelhanos após uma hora e meia de solavancos em um jipe, ainda é possível fazer caminhada até as praias Mansa e Vermelha ou, no Canto do Ribeirão, iniciar trilha de dois quilômetros que leva até a Cachoeira do Gato, de 80 metros de altura.

A Praia do Bonete, por sua vez, exige percurso de 12 quilômetros a partir da Ponta de Sepituba, passando pelo Parque Estadual de Ilhabela e por três cachoeiras de águas cristalinas. A caminhada dura de quatro a cinco horas, mas também é possível ir pelo mar, a bordo de canoas caiçaras ou barcos de passeio.

Cansou de aventuras? Então opte pela praia de Garapocaia. Diz a lenda que no século 17, ao amanhecer, surgiu no canal uma caravela de piratas que se dirigia a Ilhabela, na época chamada de Ilha de São Sebastião, enquanto a população ainda dormia.

Quando os piratas estavam preparando-se para abrir fogo contra a ilha, ouviu-se um soar de sinos que acordou os moradores, deixando-os a postos para o combate contra os piratas. Um guerreiro comandou a luta e o inimigo vindo dos mares recuou. Este herói era São Sebastião. Após a batalha, os moradores quiseram saber onde estavam os sinos, que não eram os da Igreja da Armação, e um índio apontou para as pedras da orla, hoje também chamada de praia da Pedra do Sino devido ao som que as rochas emitem quando alguém lhes dá uma pancada. Vale arriscar uma martelada e ouvir o repicar dos sinos.

E Ilhabela ainda oferece recantos ideais para as práticas de esportes náuticos, birdwatching (observação de pássaros) e rapel em cachoeiras. Basta escolher a atividade que mais lhe agrada e se munir de repelente para desbravar antes que os borrachudos o descubram.

Mergulho na história

As águas límpidas do litoral de Ilhabela escondem um cemitério de navios. Tanto lá quanto na vizinha Ubatuba, os piratas deixaram saborosas histórias na boca dos caiçaras, que carregam olhos azuis como herança e falam em tom de segredo sobre tesouros enterrados. Só Ilhabela tem 18 grandes embarcações catalogadas, mas os moradores garantem haver mais de 100 naufrágios no arquipélago, alguns com louças inglesas e objetos de valor.

O mais famoso deles, o espanhol Príncipe das Astúrias, afundou no começo do século 20 com mais de 500 pessoas a bordo. Outros destaques são o navio inglês Dart, de 1884; o norte-americano Eliuhub Washburne (1943); o francês France (1906); o alemão Siegmund (1929) e o brasileiro Aymoré (1920). A explicação para tantos naufrágios seriam os muitos bancos de areia que circundam a ilha.

Além disso, como os portugueses que desembarcavam escravos na praia de Castelhanos costumavam fazer o retorno para Portugal repletos de riquezas extraídas de solo brasileiro, os piratas faziam tocaia para roubar os navios e, se necessário, afundá-los. Mas os mais místicos preferem a versão de que as bússolas, por questões sobrenaturais, se descontrolavam ao chegar perto do arquipélago.

Lendas à parte, aproveite para mergulhar na Reserva Marinha da Ilha das Cabras, no lado Sul de Ilhabela, para conferir as riquezas ecológicas do arquipélago e - por que não? - fazer umas aulinhas na principal escola de mergulho local, conhecida nacionalmente por dar aulas também para cegos.

Para quem não tem experiência, o discovery dive custa cerca de R$ 200. Em 50 minutos, dá para contornar a ilha e avistar espécies como o peixe-frade e o budião, além de corais e anêmonas.

Por Heloísa Cestari - Diário do Grande ABC
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