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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/12/2015 | Cidade
Reformulação do transporte público é a grande marca de Donisete
Reformulação do transporte público é a grande marca de Donisete Prefeito afirma que já encmainhou projetos juntamente ao governo federal da ordem de R$ 500 milhões. Foto: Andris Bovo
Prefeito afirma que já encmainhou projetos juntamente ao governo federal da ordem de R$ 500 milhões. Foto: Andris Bovo
Prefeito de Mauá concedeu entrevista ao ABCD MAIOR para falar sobre aniversário de 61 anos da cidade

A mobilidade urbana, com melhorias voltadas principalmente à população que utiliza cotidianamente os ônibus municipais, com uma frota quase completamente renovada, formação de motoristas, além da meta de construir mais 300 novos pontos, é a uma das principais conquistas da gestão do prefeito Donisete Braga (PT). Em entrevista ao ABCD MAIOR por conta do aniversário da cidade, o petista também elenca a preparação organizada pela Administração com objetivo de enfrentar o período de chuvas, que se aproxima.

Confira a entrevista completa:

ABCD MAIOR - O senhor está completando três anos de governo. O que diferencia a sua gestão das últimas administrações?

Donisete Braga - As duas coisas são verdadeiras. Primeiramente a população percebe o espírito de uma gestão diferente. Cada gestor tem um perfil de governar a cidade. Temos aqui um problema urbanístico e avançamos um pouco. A questão do transporte coletivo foi o grande tema da nossa gestão, ao conseguirmos vencer etapas decisivas após um ano de debate. Para se ter noção, faltam apenas 15 ônibus para concretizar toda a reestruturação, quando teremos, pela primeira vez em Mauá, uma frota 100% renovada e com cursos de formação teórica e prática a motoristas e cobradores. Nossa meta é colocar 300 abrigos de ônibus nos próximos dois anos. Isso além da integração entre ônibus com trens e o transporte gratuito a 26 mil alunos. Então estamos avançando. Para consolidarmos esse modelo, agora dependemos mais da União, para a aplicação da primeira etapa da conclusão dos três terminais de ônibus no Jardim Zaíra, Jardim Itapeva e Jardim Itapark, onde também teremos um corredor de ônibus. A segunda etapa é concluir o Terminal Central e depois o Terminal no Batistini . Esses investimentos englobam R$ 90 milhões, sendo que a primeira etapa é de R$ 33 milhões. Já licitamos as reformas dos três terminais (da primeira etapa) e falta somente dar a ordem de serviço.

O setor de transporte passou por grande turbulência durante o processo que tirou a Leblon e a Viação Cidade de Mauá de operação, após comprovações de fraudes. O senhor acredita que a população superou esse episódio e aceita melhor a Suzantur?

Para superar é preciso fazer melhor. Sempre que você faz uma intervenção, se passa por um desgaste. Um exemplo concreto é na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Assis, onde fechamos a unidade para fazermos uma reforma e ampliação. Não há como fazer essa intervenção com pessoas circulando no local, então as pessoas pensam que “o prefeito fechou a UPA”. A mesma coisa foi em relação ao transporte coletivo. Gostaria muito de assumir a Prefeitura sem uma liminar e uma briga judicial que se arrastava por cinco anos sobre o setor. E tínhamos uma crítica aguda no transporte coletivo. Hoje, ainda temos um desgaste nos ônibus intermunicipais (E.A.O.S.A. e a Viação Ribeirão Pires, ambas de Baltazar José de Souza, também dono da Viação Cidade de Mauá), pois são ônibus velhos e sucateados e a população acha que isso é atribuição da Prefeitura e não do Estado.

Vale salientar que estamos com parceria muito efetiva com a União e com o Estado.

A Saúde é geralmente o maior gargalo nas gestões públicas. O senhor conseguiu reduzir o déficit de profissionais, como médicos, ao atendimento público?

Diria que a Saúde é um tema onde quanto mais se faz, maior fica demanda. Veja: a nossa cidade foi a que mais conquistou médicos cubanos; temos 11 médicos residentes no Hospital Nardini e estamos fazendo a reforma do pronto socorro e da maternidade. Teremos também a Faculdade de Medicina, estamos reformando e ampliando as UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Entregaremos neste mês a UPA Vila Assis Brasil. A legislação federal obriga os municípios gastarem 15% do orçamentos na Saúde e nós gastamos 29%. Apesar disso ainda temos alguns gargalos, como pediatria e ortopedia, pois temos dificuldades em contratar esses profissionais.

O senhor sempre enfatizou a dependência dos municípios à União e, neste ano, os prefeitos reclamam da queda de receita. Como fica Mauá diante das dificuldades financeiras?

O que nós tínhamos de fazer junto ao governo federal em projetos e programas, já fizemos. Temos hoje demarcados R$ 500 milhões de todos projetos na Habitação, Saúde, Saneamento, Mobilidade Urbana e outros. Todos esses projetos estão contratados e licitados. Mas estamos tendo cortes significativos no que a gente apresentou à União e isso vai fazer com que muitas obras tenham atrasos. Então precisamos reconhecer isso, mas também vale salientar que estamos com parceria muito efetiva com a União e com o Estado.

Ao assumir o governo, o senhor chegou a dizer que herdou uma cidade com R$ 126 milhões de déficit. Hoje, essa dívida está liquidada?

Estamos tentando equalizá-la, isso faz diferença no Orçamento e ao mesmo tempo temos queda na receita por conta da economia. Agora, concretamente, fizemos a lição de casa. Repactuamos a dívida (de R$ 3 bilhões, que se arrastava desde 1991, para R$ 470 milhões).

Estamos nos aproximando de mais um período de chuvas e Mauá tem um histórico de sofrimento por conta de desabamentos e enchentes. O que foi feito para atenuar esse risco?

A nossa cidade se equipou e tem sensores de marcas suecas já instalados no Jardim Zaíra para justamente evitar tragédia ambiental como ocorreu em Mariana, Minas Gerais. Então temos condições de nos antecipar a tragédias. Contratamos e temos 12 pluviômetros automáticos. A Defesa Civil foi transferida para o Zaíra, está equipada e estará em plantão em dezembro e janeiro. Por isso, diria que avançamos muito nesse quesito.

A Saúde é um tema onde quanto mais se faz, maior fica demanda

No Ioeb (Índice de Oportunidades da Educação Brasileira), Mauá recebeu nota 4,8, de 0 a 10. Esse é o segundo pior índice do ABCD, apenas à frente de Rio Grande da Serra, que recebeu nota 4,4. Por que há esse dado negativo na educação?

Houve avanços, mas a demanda é grande e temos ainda desafios. No ano que vem, todas as crianças de 4 e 5 anos terão de estar nas escolas municipais. Para isso, vamos ter de aumentar o período. Mas ampliamos e reformamos 29 escolas, melhoramos a qualidade das merendas e pelo terceiro ano consecutivo entregamos os uniformes. Então estamos buscando cada vez mais melhorar a educação.

Por Bruno Coelho - ABCD Maior
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