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Em nota, governo de SP diz que menina baleada foi reanimada e pede desculpas à família
DATA DA PUBLICAÇÃO 17/10/2008 | Setecidades
Reféns são baleadas e vão para o hospital em estado grave após a polícia invadir o local em Santo André (SP)
A polícia invadiu o apartamento onde estava o rapaz Lindemberg Fernandes Alves, 22, e duas reféns (sua ex-namorada e uma amiga dela, ambas de 15 anos), por volta das 18h desta sexta-feira (17), em Santo André, no ABC paulista. O governo do Estado havia confirmado a morte da ex-namorada de Lindemberg, mas voltou atrás minutos depois e desmentiu a informação. O hospital não confirma a morte e afirma que a jovem passa por cirurgia.

As jovens foram retiradas, e, segundo o coronel que comanda a operação, Eduardo Félix de Oliveira, a ex-namorada levou um tiro na cabeça e outro na virilha. Sua amiga se feriu no rosto, possivelmente durante a invasão. Ainda não há confirmação se os tiros foram disparados pelos policiais ou pelo rapaz. Elas foram levadas ao Centro Hospitalar, no centro de Santo André.

O coronel afirma que eles invadiram o local porque escutaram tiros. "Ele [Lindemberg] estava irredutível. Estávamos preparados para esperar. A equipe que estava na lateral ouviu o tiro e entrou. Ele tinha cinco cartuchos disparados", afirmou o coronel.

Policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar) chegaram ao local pela janela por uma escada, e pelas escadarias do edifício. Um bomba foi estourada pela polícia antes da invasão no intuito de distrair o seqüestrador. Entre a bomba e a retirada dos ocupantes do apartamento foram cerca de 2 minutos.

Imagens de televisão mostraram que as duas reféns foram retiradas, em macas, e levadas por uma ambulância. Segundo informações não oficiais, a ex-namorada foi retirada pela equipe de resgate e sua amiga saiu caminhando.

O rapaz, acompanhado de policiais, foi levado a pé até um carro da polícia, que deixou o local rapidamente. Ele passou pelo 6º DP de Santo André, onde cerca de 300 moradores protestavam em frente à delegacia, para prestar depoimento e foi levado, com forte escolta policial, ao IML (Instituto Médico Legal) do município para realizar exame de corpo de delito. Após o exame, Alves voltará ao 6º DP.

Foram mais de cem horas de cárcere privado, o mais longo episódio do gênero já registrado no Estado de São Paulo.

Na tarde de hoje, o rapaz pediu para conversar com seu advogado, sua irmã e o cunhado dele. Eles entregaram a Alves um documento assinado pelo promotor de Justiça, Augusto Eduardo Rossini, que garantiu sua integridade física caso ele libertasse as reféns até a tarde de hoje.

"Estamos aqui para apoiar a polícia e acompanhar a negociação. Nós queremos preservar a vida humana por isso o procurador determinou a minha presença aqui", afirmou Rossini, que foi enviado pelo procurador-geral de Justiça.

O advogado e o promotor acreditavam que o fim do seqüestro se daria na tarde desta sexta. "Nós estamos bem próximos de um desfecho pacífico da situação. Fomos levar ao Lindemberg esta declaração que garante a integridade física até a liberação dos reféns. Estamos mostrando a certidão funcional que garante a identidade do promotor", disse o advogado, Eduardo Lopes. Após o desfecho do caso, Lopes afirmou que deixa o caso pois se "sentiu traído".

O caso
Alves entrou no apartamento, na tarde de segunda-feira (13), e rendeu, além da ex-namorada, uma amiga dela e dois garotos. Ele estaria inconformado com o fim do relacionamento. Os adolescentes foram libertados no mesmo dia, e a amiga da vítima havia sido liberada na terça-feira. A garota foi enviada para negociar com o acusado e acabou sendo rendida novamente por Alves ontem.

O pai e o avô da garota dizem que foram pegos de surpresa quando souberam que ela voltaria ao apartamento. O coronel Eduardo Félix, do Batalhão de Choque da PM e um dos que chefiam as negociações, disse ter autorizado a ida da menina por acreditar que, assim, Lindemberg se entregaria sem ferir a ex-namorada -o que não ocorreu na quinta-feira.


UOL Notícias*
Em São Paulo

Por Com informações de Daniela Paixão, em Santo André, e da Folha Online
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