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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/12/2012 | Economia
Redução na conta de luz pode favorecer mais o consumidor
Redução na conta de luz pode favorecer mais o consumidor Negociação do governo com empresas deve beneficiar usuário / Foto: Forlan Magalhães
Negociação do governo com empresas deve beneficiar usuário / Foto: Forlan Magalhães
A conta de luz deve ficar cerca de 20% mais barata a partir de fevereiro, visto que o governo federal negocia a antecipação da renovação dos contratos de concessão de energia elétrica, para estimular a produção brasileira a ficar mais competitiva. O consumidor será o maior beneficiado com a medida, pois deixará de pagar a parcela relativa ao imposto, segundo o engenheiro Reinaldo Lopes, professor de Engenharia Elétrica do Centro Universitário da FEI.

Lopes explica que o consumidor muitas vezes paga menos e pode achar que vai gastar mais. Isso incentiva o consumo e beneficia os distribuidores a venderem mais pelo mesmo preço. “O governo é quem vai deixar de arrecadar tributos e pouca coisa vai alterar para a empresa que tem a concessão”, continua.

É o caso do Brú International, salão de cabeleireiros em Santo André, que gasta, em média, R$ 650 por mês com o serviço, montante que pode cair para R$ 544,7 a partir de fevereiro. “Qualquer real faz diferença, sempre ajuda. Tenho gastos maiores com outras coisas, mas acredito que haja empresas que sofram grande impacto. Temos que lutar pela redução de tudo, todas as tarifas e impostos”, afirma Atila Brú, proprietário do estabelecimento.

José Dutra Vieira Sobrinho, especialista em finanças pessoais e vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), afirma que a redução da tarifa é importante, porém pouco significativa para o bolso do consumidor. “A conta de luz representa pouco mais de 3% para quem ganha R$ 3 mil. Não é um impacto grande. Vamos imaginar que eu tenha uma conta de R$ 100 por mês, então em vez de pagar R$ 100 eu vou pagar R$ 84”, calcula.

Irrisório

O economista aposta que a medida terá pouco reflexo na economia brasileira. “Pode ser que a economia nem perceba a redução, ao contrário do que acontece com o 13º salário”, diz. Para Vieira, a economia com a conta negociada pelo governo vai permitir o consumidor comprar apenas um lanche por mês.

É o caso do operador de telemarketing Rodrigo Jeronimo Alves da Silva, de 23 anos, que gasta entre R$ 200 e R$ 240 por mês com o serviço. “Mas acho [a redução] excelente. Para a minha família esses R$ 30 não serão tão importantes, mas para muitas famílias será. E querendo ou não, menos na conta é mais poder de compra para a população, o que gera empregos e afins”, afirma Silva, que estima economizar cerca de R$ 35 por mês com a medida a partir de fevereiro.

Para Ciesp governo faz oba oba com promessa

Emanuel Teixeira, diretor CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Santo André, não tem grandes expectativas em relação à redução tarifária entre 20% e 28%. “Friso que é uma expectativa. O governo está fazendo um oba oba, mas até agora nada. É uma mera promessa, porque os Estados estão dizendo que não foram consultados e que não tiveram ótica arrecadadora”, critica.

Teixeira afirma que, na prática, para consumidores de alto consumo como as grandes indústrias, o custo da energia pode ficar até maior. “A gente já vê aumento de tarifa como houve no Rio de Janeiro, mas aqui em São Paulo o mercado livre de energia está em alteração para que haja reajuste", continua o diretor do CIESP Santo André.

Reinaldo Lopes, professor da FEI, garante que a conta de energia elétrica pode ficar ainda menor se o consumidor adotar medidas simples para evitar o desperdício. “São diversas possibilidades, mas muitas delas relacionadas pelas próprias concessionárias, como usar pouco a geladeira, deixar para passar a roupa de uma vez só e não deixar indicadores luminosos, como o stand by dos aparelhos eletrônicos, ligados” , ensina.

Outra medida que surte grande efeito é usar o chuveiro na opção verão, mudança que pode gerar até 30% de economia na conta, além de evitar várias lavagens na máquina de lavar. “É também fazer uma revisão elétrica da casa, o que reduz ou previne a perda de energia”, acrescenta o engenheiro e professor da FEI.

(Colaborou Nathália Blanco)

Por Camila Bezerra - ABCD Maior
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