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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/03/2010 | Economia
Redução da jornada para 40 horas será negociada
Os sindicatos filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) estão levando propostas para redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais para as campanhas salariais deste ano. A estratégia dos trabalhadores é negociar a medida com cada entidade patronal, já que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que será votada no Congresso para regulamentar a redução enfrenta forte oposição de representações empresariais.

“A maioria dos 3.500 sindicatos ligados à central colocou o tema na pauta de reivindicações. Alguns já fizeram greve em torno da bandeira. A nossa expectativa é pressionar a votação no Congresso. Senão, faremos acordos direto com as empresas”, falou o secretário geral da CUT, Quintino Severo.

Apesar de os empresários se negarem a admitir os benefícios da redução da jornada para a economia – estudos indicam que 2,5 milhões de postos de trabalho serão criados no País, sendo 51.800 no ABCD –, a mudança na vida dos trabalhadores que trabalham 44 horas e têm a jornada reduzida para 40 horas semanais é visível.

As montadoras da Região adotaram a jornada reduzida há alguns anos. O montador de radiadores para ônibus Antonio Almeida Lucena trabalha na Mercedes-Benz há 24 anos e sentiu a mudança em 1999. “Nessas horas que fiquei fora da empresa pude passar mais tempo com a minha família, além de terminar os meus estudos. A redução foi essencial”, disse.

No ABCD, não há nenhuma categoria que tenha 100% de trabalhadores com jornada de 40 horas semanais. No entanto, além da metalurgia, algumas empresas e setores do ramo químico e da construção civil já adotaram a carga horária reduzida.

“Conseguimos fazer com que o setor farmacêutico tivesse 40 horas semanais com acordo na convenção coletiva. Infelizmente, em empresas grandes, isso é mais difícil”, afirmou o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage. No entanto, uma das maiores reclamações dos trabalhadores do setor é o aumento das horas extras. “Não adianta reduzir a carga horária e aumentar as horas adicionais. Precisamos da lei para definir critérios e garantir justiça”, indica Lage.

Para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), menos horas trabalhadas são sinônimo de mais custo e menos resultados. Para o presidente da entidade, Paulo Skaf, a PEC sobre o tema não criaria postos de trabalho, mas diminuiria a produtividade e comprometeria a competitividade.

Luta
O Dieese (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas) iniciou na terça-feira (23/03) a 4ª Jornada de Debates sobre Negociação Coletiva e Redução da Jornada de Trabalho. O objetivo é elaborar um plano de ações para os trabalhadores em defesa da PEC sobre o tema. Os debates vão até o dia 8 de abril e passam por todas as capitais do País.

Por Deise Cavignato - ABCD Maior
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