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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/04/2009 | Educação
Rede pública não preenche cota na UFABC
Cota de 50% não foi atingida; 43,6% dos universitários vieram da rede pública de ensino.

A UFABC (Universidade Federal do ABC) registrou queda na entrada neste ano de alunos que estudaram na rede pública. Dos 1,5 mil novos estudantes que ingressaram no curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia neste ano, 654 são da rede pública, contra 749 do ano passado. A instituição reserva 50% das vagas para estudantes de escolas públicas. Mesmo assim, eles ainda não preenchem toda a cota, representando 43,6% dos universitários que ingressaram na universidade em 2009.

Dos 594 candidatos aprovados que se declararam cotistas no vestibular, apenas 337 deles dependeram da reserva de vagas para ingressar na UFABC. Portanto, 257 teriam obtido nota suficiente para convocação, com ou sem o sistema de cotas. A universidade não divulgou qual a cidade de origem dos novos estudantes e não comentou o resultado do processo seletivo deste ano.

Enem - A UFABC utilizou o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como nova opção para ingresso na universidade. A instituição foi a primeira pública do País a utilizar a nota do exame para admitir alunos. Foram reservadas 500 vagas para quem tivesse aproveitamento de até 90% no Enem. A nota é considerada alta, já que a média paulista do ano passado ficou em apenas 43,01 pontos.

A nota média dos estudantes que optaram por essa modalidade de seleção na UFABC foi de 92 pontos, sendo a menor nota 90,1 e a maior, 96,8. O MEC (Ministério da Educação) estuda utilizar a experiência da instituição para as outras universidades federais (leia reportagem nesta página).

Os novos alunos começaram as aulas apenas na metade de fevereiro e ainda se adaptam ao novo ritmo. Renata Deliberato Aspásio, 17 anos, veio de Poá, na Grande São Paulo. A universitária estudou os três anos do ensino médio na rede pública. “Fiquei com receio de vir para cá porque a universidade é nova, mas acreditei na proposta pedagógica”, explicou.

Ricardo Ignácio, 17 anos, também estudou em escola pública. O jovem optou pela UFABC por conta da interdisciplinidade do curso. “A gente tem medo de não passar por vir de escola pública, mas sabia que na UFABC seria mais fácil por conta das cotas”, destacou.

MEC quer exame unificado para federais - A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior) responde nesta terça-feira (07/04) ao MEC (Ministério da Educação) se aceita a unificação dos vestibulares das universidades federais. O ministro da Educação, Fernando Haddad, propôs em 31 de março a substituição dos vestibulares por uma avaliação única, que pode ser o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Para isso, o exame será reformulado, exigindo mais do aluno. A prova passaria a ser aplicada em dois dias, com 100 questões de múltipla escolha em cada um. Seriam quatro grupos de provas diferentes, além de redação. O novo exame teria testes de códigos, ciências humanas, ciências da natureza e matemática. Cada grupo formado por 50 itens de múltipla escolha. O ministro acredita que o Enem possa ser mudado ainda este ano. Se aprovada pela associação, a UFABC também pode adotar o novo processo seletivo. A universidade destinou este ano 500 vagas para a modalidade de seleção Enem.

Com a prova única, o candidato poderia usar a nota para concorrer a vagas em todas as universidades que aderirem ao sistema. A intenção, de acordo com o MEC, é evitar que apenas os estudantes com alto poder aquisitivo possam concorrer a mais vagas e, assim, democratizar o acesso a todas as instituições, além de aumentar a mobilidade acadêmica, permitindo que instituições longe dos grandes centros também recebam alunos com alto grau de capacidade.

A adesão de uma universidade ao novo modelo não impossibilitará que a instituição use outros instrumentos de seleção, como os que levam em conta as cotas. A proposta também não impede que as instituições complementem o processo seletivo com provas específicas.

As universidades estaduais também discutem a unificação do vestibular, pelo menos na primeira fase. Unicamp, USP e Unesp discutirão em um fórum criado pelo CEE (Conselho Estadual de Educação) a possibilidade, que também pode utilizar o Enem como prova. (VS)

Por Vanessa Selicani - ABCD Maior
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