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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/02/2011 | Educação
Recuperação de alunos pode ocupar um mês inteiro do ano letivo em SP
Os alunos de escolas estaduais em São Paulo que forem reprovados nas disciplinas podem parar por uma semana a cada dois meses para ter aulas de recuperação.

A proposta, apresentada pelo secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald, prevê até um mês de reposição para quem reprovar, levando em conta que o ano letivo tem quatro bimestres.

A medida faz parte do projeto da secretaria para mudar o sistema de progressão continuada, atualmente chamado de "aprovação automática" por diversos especialistas e professores da rede pública. A meta também é melhorar a qualidade da rede de ensino.

A eficácia do sistema - cujo nome foi mudado para sistema de ciclos - foi um dos principais problemas levantados em encontros entre educadores das escolas públicas e o secretário Voorwald.

Pela proposta de parada bimestral, os alunos sem necessidade da recuperação poderão participar de atividades pedagógicas dentro da escola. Não haverá prejuízo para o aprendizado, segundo o secretário-adjunto, João Palma Filho.

- Não vai interferir. Eles [os alunos] não vão ficar sem atividade, parados. Essas semanas vão contar como dia letivo.

Mudança na reprovação

O governo espera acrescentar mais um "ciclo" nas escolas da rede estadual, o que mudaria a forma com que os alunos repetem de ano quando eles não têm desempenho satisfatório em sala de aula. Hoje, os estudantes reprovam do quinto para o sexto ano e do oitavo para o nono. A política foi adotada pelo Estado em 1997, durante o governo Mário Covas.

A ideia é que a reprovação aconteça agora no terceiro, no quinto e no nono ano do ensino fundamental - ao final de cada um dos ciclos. Seriam três: um com três anos de duração (1­° ao 3º ano de estudos), outro com dois (4º e 5º ano) e outro com quatro (6º ao 9º ano).

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Os professores presentes na reunião - de escolas da região de Guarulhos, onde ocorreu o encontro - não questionaram a progressão continuada em si, mas apontam que a falta de regras quanto à recuperação dificultam o aprendizado. Voorwald concordou e pediu a ajuda deles para encontrar um caminho.

- O sucesso dos processos de ensino e aprendizagem se dá na recuperação, ela é fundamental. É importante que a rede se manifeste sobre o que dificulta.

Escolas diferentes

O secretário-adjunto, João Palma Filho, lembrou que a rede de ensino estadual, que conta com 5.300 escolas, é muito diferente entre si. O modelo de recuperação deverá ser adaptado de acordo com as características de cada região.

Outra hipótese estudada pela secretaria é que escolas com salas vazias apliquem o reforço fora do horário de aulas. Os estudantes que estudam de manhã fariam a recuperação à tarde e vice-versa. A adoção de escolas-polos para recuperação também foi uma possibilidade levantada pelo secretário-adjunto.

Para avaliar se os alunos precisam de recuperação, o governo do Estado pretende aplicar uma prova bimestral e unificada para todos os colégios, que seria formulada a partir de um banco de itens. A prova já havia sido mencionada pelo secretário Voorwald durante a sua posse à frente da pasta. Na época, ele disse estudar uma avaliação semestral.

Reforço

Pela proposta de Voorwald, também estão previstas aulas de reforço para aqueles que no fim do ciclo não apresentarem um bom desempenho. Eles serão enviados a salas especiais, que contarão com professores qualificados e materiais didáticos específicos.

Para que isso seja facilitado o governo está se empenhando na fixação de professores em escolas da rede de ensino, para que os alunos tenham um acompanhamento contínuo e não hajam muitas substituições. No inicio do mês, o governo do Estado anunciou a contratação de 25 mil professores para a rede.

Por Luísa Ferreira - R7
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