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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/08/2016 | Veículos
''Receita'' de carro econômico troca falta de equipamento por tecnologia
Motores mais modernos, híbridos ou com turbo lideram ranking do Inmetro.

Antes, os mais eficientes eram os carros que vinham 'pelados'.


Fabricantes de automóveis no Brasil têm até o ano que vem para tornar seus carros mais econômicos e receber, em troca, incentivos tributários do governo. Esta é a base do programa Inovar-Auto, que começou a vigorar em 2013 e vai durar, nos moldes atuais, até 2017.

A partir desta premissa, cada fabricante tem apostado em uma (ou mais) tecnologia para reduzir consumo de combustível e emissão de poluentes.

E o maior beneficiário desta “corrida pela economia” é o consumidor.

O G1 mostra quatro receitas consagradas dos campeões em consumo da última lista do Inmetro do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular.

A BMW abandonou, há alguns anos os motores V10. A Volvo, recentemente, foi mais além: só terá propulsores de quatro cilindros. Este fenômeno, cada vez mais comum, é o chamado "downsizing", que visa a redução do tamanho dos motores, sem prejuízos de desempenho, mas com muito mais eficiência energética.

No Brasil, o exemplo mais recorrente é a nova geração de motores 3 cilindros. O mais eficiente, segundo o Inmetro, é o 1.2 PureTech do Peugeot 208. Ele chegou ao país em abril, substituindo um 1.5 de quatro cilindros.

Tem bloco e cabeçote de alumínio, que ajudam na redução de peso e duplo comando variável de válvulas, que ajudam a otimizar o uso do combustível, além de proporcionar melhor desempenho.

Apesar de ter 3 cavalos a menos, 90 cv, ele é 37% mais econômico. Na estrada, o hatch consegue percorrer até 16,9 km com um litro de gasolina, de acordo com o Inmetro. É o veículo mais econômico do país, considerando aqueles apenas com motor a combustão.

Antes considerados os vilões, por terem confiabilidade duvidosa e ser apenas símbolo de performance, elevando em muito o valor do seguro dos carros, os motores com turbocompressor agora são os salvadores do consumo. De quebra, ainda oferecem desempenho pra lá de satisfatório.

Graças às turbinas, com diferentes tamanhos e geometria variável, as marcas puderam abrir mão de motores maiores, sem ter que sacrificar o prazer de dirigir. Entre os veículos mais acessíveis, o Volkswagen Up TSI é um dos poucos que contam com tal tecnologia – Hyundai HB20 e Ford Fiesta são outros exemplos.

O consumo do Volkswagen faz dele um dos mais econômicos do país. Ele perde apenas para os híbridos (que combinam motor elétrico com outro a combustão) e os motores 1.2 da família PureTech, da Peugeot.

Assim como o 208, o Up TSI também tem motor de alumínio e duplo comando variável de válvulas. Ele ainda traz injeção direta, que injeta o combustível diretamente na câmara de combustão. Isso faz com que apenas a quantidade certa seja introduzida no momento certo, evitando disperdícios.

A tecnologia híbrida, que consiste em combinar um motor a combustão com outro elétrico, evoluiu muito desde sua chegada, nos anos 90. Com baterias mais leves, menores e com maior capacidade, é possível extrair autonomia maior de um veículo desta tecnologia.

No exterior, já é possível adquirir um carro híbrido investindo pouca coisa a mais do que um veículo equivalente a combustão, graças aos incentivos governamentais. No Brasil, mesmo com alguns benefícios tributários, ainda é difícil encontrar veículos híbridos rodando. Além dos valores elevados (não há nenhum modelo por menos de R$ 120 mil), a oferta é muito reduzida.

Um dos poucos híbridos à venda no Brasil, o Toyota Prius é o veículo mais ecoômico do país, segundo o ranking atual do Inmetro. O consumo urbano melhor do que o rodoviário é explicado pelo maior uso do motor elétrico, que praticamente não atua em ciclo rodoviário. Na cidade, ainda há a frenagem regenerativa, que recupera a energia das frenagens e a transforma em carga para a bateria.

Apesar de as 3 tecnologias citadas acima apresentarem grandes benefícios, a esmagadora maioria dos veículos vendidos no Brasil não é híbrida, nem tem motor turbo ou com "downsizing".

Ainda assim, é possível que motores a combustão mais "tradicionais" sejam eficientes e apresentem bons números de consumo de combustível. Para isso, algumas marcas têm buscado soluções como duplo comando variável de válvulas e peças com menor atrito, capazes de reduzir o prejuízo energético, melhorando o consumo.

Uma prova disso é o novo motor 1.3 do Etios. A Toyota retrabalhou este motor, reduzindo o atrito das partes móveis, e adorou duplo comando variável de válvulas, fazendo dele um dos veículos mais econômicos do Brasil.

Por André Paixão - G1, em São Paulo
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