DATA DA PUBLICAÇÃO 17/06/2008 | Política
Recadastramento aponta 20 mil eleitores fantasmas
Levantamento finalizado segunda-feira pelo Diário aponta que São Caetano perdeu quase 20 mil eleitores fantasmas. O montante corresponde aos títulos de eleitor cancelados em função do recadastramento realizado na cidade no ano passado, quando havia 116.999 pessoas aptas a votar. Hoje, são 97.274 eleitores registrados. A recontagem dos documentos fora exigida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), justamente pela suspeita de a cidade apresentar um número maior de eleitores do que o real, já que superava 80% da população de 144 mil habitantes.
As zonas eleitorais aguardam a consolidação dos números pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Às vezes ocorre um falecimento, ou alguém comete um delito. Mas ficaremos entre 97 mil e 97,5 mil eleitores, pois a variação será mínima", avalia o chefe do cartório 269, Celso Roberto Gesse.
Para o cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, a diminuição de eleitores deixará o pleito "mais acirrado". "Haverá competição de mais candidatos por menos votos."
Segundo o especialista, a diminuição de 20 mil eleitores terá efeitos incisivos na disputa por uma cadeira na Câmara. "Serão centenas de candidatos a vereador com um eleitorado menor. Já na concorrência ao Executivo, a gama de votos é disputada entre três ou quatro pessoas, e não influencia tanto", analisa, ao ressaltar que a busca pelo voto será pautada pelo "debate", pois não é permitida a distribuição de brindes.
Teixeira também avalia que mesmo com o recadastramento - cujo objetivo foi garantir que os moradores da cidade votem onde vivem - a redução de títulos não diminuirá a abstenção de votos, que em São Caetano, historicamente, gira em torno de 10%, além de 5% de brancos e nulos.
Mudança diminui quociente eleitoral em relação a 2004
Com menos eleitores cadastrados, também haverá diminuição no quociente eleitoral de São Caetano. O cálculo é feito pelo número de votos válidos (exceto abstenções, brancos e nulos) dividido pelo número de vagas no legislativo.
No município, se mantida média de eleições anteriores, cerca de 85% dos 97.274 eleitores validarão o voto. Assim, o quociente eleitoral será de 7.516 votos para uma legenda ou coligação eleger o primeiro vereador - em 2004 foi de 8.612, ou 1.096 a mais do que neste ano.
O cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira observa que a redução favorece partidos menores, pois terão mais condições de "atingir o patamar". E não afeta tanto as grandes legendas da cidade, como o PTB, que atualmente possui cinco das 11 cadeiras.
Segundo o presidente do diretório municipal petebista, Altevir Anhê, sem levar em consideração o quociente eleitoral, a sigla pretende chegar a seis representantes na Câmara. "A proporção muda para todos os partidos. Continuaremos nosso trabalho da mesma forma", considera.
Em 2004, o PTB lançou 21 candidatos a vereador que, juntos, arregimentaram 24.550 votos, uma média de 1.169 votos por pleiteante. À época, três foram eleitos diretamente e um por média - posteriormente a legenda ganhou o reforço de Ângelo Pavin, que deixou o PPS. "Teremos melhor desempenho neste ano", acredita Anhê.
As zonas eleitorais aguardam a consolidação dos números pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Às vezes ocorre um falecimento, ou alguém comete um delito. Mas ficaremos entre 97 mil e 97,5 mil eleitores, pois a variação será mínima", avalia o chefe do cartório 269, Celso Roberto Gesse.
Para o cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, a diminuição de eleitores deixará o pleito "mais acirrado". "Haverá competição de mais candidatos por menos votos."
Segundo o especialista, a diminuição de 20 mil eleitores terá efeitos incisivos na disputa por uma cadeira na Câmara. "Serão centenas de candidatos a vereador com um eleitorado menor. Já na concorrência ao Executivo, a gama de votos é disputada entre três ou quatro pessoas, e não influencia tanto", analisa, ao ressaltar que a busca pelo voto será pautada pelo "debate", pois não é permitida a distribuição de brindes.
Teixeira também avalia que mesmo com o recadastramento - cujo objetivo foi garantir que os moradores da cidade votem onde vivem - a redução de títulos não diminuirá a abstenção de votos, que em São Caetano, historicamente, gira em torno de 10%, além de 5% de brancos e nulos.
Mudança diminui quociente eleitoral em relação a 2004
Com menos eleitores cadastrados, também haverá diminuição no quociente eleitoral de São Caetano. O cálculo é feito pelo número de votos válidos (exceto abstenções, brancos e nulos) dividido pelo número de vagas no legislativo.
No município, se mantida média de eleições anteriores, cerca de 85% dos 97.274 eleitores validarão o voto. Assim, o quociente eleitoral será de 7.516 votos para uma legenda ou coligação eleger o primeiro vereador - em 2004 foi de 8.612, ou 1.096 a mais do que neste ano.
O cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira observa que a redução favorece partidos menores, pois terão mais condições de "atingir o patamar". E não afeta tanto as grandes legendas da cidade, como o PTB, que atualmente possui cinco das 11 cadeiras.
Segundo o presidente do diretório municipal petebista, Altevir Anhê, sem levar em consideração o quociente eleitoral, a sigla pretende chegar a seis representantes na Câmara. "A proporção muda para todos os partidos. Continuaremos nosso trabalho da mesma forma", considera.
Em 2004, o PTB lançou 21 candidatos a vereador que, juntos, arregimentaram 24.550 votos, uma média de 1.169 votos por pleiteante. À época, três foram eleitos diretamente e um por média - posteriormente a legenda ganhou o reforço de Ângelo Pavin, que deixou o PPS. "Teremos melhor desempenho neste ano", acredita Anhê.
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