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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/08/2013 | Setecidades
Radares não diminuem a violência no trânsito
Radares não diminuem a violência no trânsito Foto: Orlando Filho/DGABC
Foto: Orlando Filho/DGABC
Os radares possuem função de coibir os abusos e diminuir a violência no trânsito, segundo especialistas. Mas essa não é a realidade do Grande ABC. Levantamento feito com base em dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública) aponta que as mortes causadas por acidentes de trânsito (homicídio culposo) registraram aumento de 7,4% na comparação do primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2012.

Na edição de ontem, o Diário publicou que os 199 aparelhos eletrônicos que fiscalizam os motoristas na região rendem R$ 6,7 milhões por mês aos cofres municipais – quase três vezes mais que os R$ 2,2 milhões gastos com a manutenção dos equipamentos. “Esses valores têm de espelhar melhoria no trânsito. Se o volume de multas for alto, mas houver redução considerável de acidentes, significa resposta positiva. Caso contrário, não justifica”, explicou o professor de Engenharia Civil da FEI, especializado em Transportes, Creso Peixoto.

A pesquisa mostra que o número de lesões corporais causadas por acidentes de trânsito teve pequena queda na região nos primeiros seis meses do ano (0,8%). No entanto, a estatística só é positiva por conta do bom desempenho de São Bernardo, que diminuiu em 11% esse tipo de caso. As demais cidades do Grande ABC registraram aumento no número de ocorrências envolvendo veículos.

O artigo 320 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) diz que a receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito tem de ser aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego e de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito.

“Radares que apresentem valores significativamente altos em relação à arrecadação, com pouca ou nenhuma redução de acidentes, não estão cumprindo a função social e de repressão como complemento ao processo educacional de trânsito”, criticou Peixoto.

Para o diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Dirceu Rodrigues Alves, o aumento de acidentes reflete a falta de educação de trânsito – desde a infância até a adolescência –, má formação de condutores, falta de formação continuada após adquirir a CNH (Carteira Nacional de Habilitação), desatenção, congestionamento e doenças ocupacionais produzidas na sociedade, como o estresse. “Uma série de fatores que colabora para que o número de lesões cresça de maneira assustadora.”

De acordo com Alves, o principal vilão no trânsito é a alta velocidade, seguido por uso de álcool e drogas, fadiga, sono e desatenção provocada pela introdução de tecnologias dentro do veículo, como aparelho celular e smartphone.

Para que os motoristas respeitem constantemente os limites de velocidade, o diretor da Abramet defende maior número de radares móveis, que podem ser removidos e transportados para outros locais. Dos 199 equipamentos da região, apenas 17 são do modelo citado.

“Temos aparelhos fixos que já são conhecidos pela maioria dos motoristas. Então, quando chegam no ponto da fiscalização eletrônica, eles diminuem a velocidade e depois avançam novamente. O respeito tem de existir tanto ao equipamento fixo quanto ao móvel, em locais sem pré-determinação, que peguem de surpresa os infratores”, afirmou o especialista.

META

Em maio de 2011, a ONU (Organização das Nações Unidas) lançou a Década de Ação pelo Trânsito Seguro, com meta para reduzir o número de acidentes com óbitos em 50%, de 2011 a 2020. “Temos números assustadores que não são compatíveis com a preservação de vida prevista. Isso não está acontecendo. Estamos prevendo que quando terminar a década estaremos com realidade bem distante dessa marca estipulada”, comentou o diretor da Abramet.

Por Cadu Proieti - Diário do Grande ABC
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