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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/01/2015 | Setecidades
Racionamento cinco por dois de Alckmin atingirá o ABCD
Racionamento cinco por dois de Alckmin atingirá o ABCD Torneira seca é realidade com a qual os moradores do ABCD e da Grande São Paulo terão de conviver cada vez mais. Foto: Rodrigo Pinto
Torneira seca é realidade com a qual os moradores do ABCD e da Grande São Paulo terão de conviver cada vez mais. Foto: Rodrigo Pinto
Prefeitos querem que governador Alckmin explique como será ficar cinco dias da semana sem água

Quantas vezes você bebe água por dia? Nesse calor, é possível chegar em casa e não tomar um banho? Quantas roupas limpas estão em seu armário? Se o leitor não se fez essas perguntas, é melhor se preparar. O ABCD não está fora do racionamento 5x2 (cinco dias sem fornecimento) anunciado esta semana pelo diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato. A garantia foi feita aos prefeitos da Região na reunião com o secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga.

Quando e como será esse racionamento são as primeiras questões que os prefeitos querem que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) responda. Depois, o governador deve apresentar um plano para que escolas, creches, hospitais e setores prioritários não tenham de encerrar as portas.

“O secretário não negou a possibilidade de o cinco por dois afetar o ABCD. Apresentamos a preocupação com o racionamento, mas ele não passou a data em que pode acontecer”, falou o presidente do Consórcio Intermunicipal, Gabriel Maranhão (PSDB). “O que precisamos saber é como ficarão os serviços de primeira necessidade no ABCD, como UBSs, escolas. Acho que eles (governo do Estado) estão estudando agora de que maneira esses serviços de suma importância não serão penalizados”, argumentou.

Prejuízo geral - No cenário 5x2 arquitetado por Alckmin, tanto prefeitos quanto especialistas preveem prejuízo para toda a sociedade. “Não dá para imaginar um restaurante ficar cinco dias sem água. O transtorno que é não ter água para lavar alimentos, pratos”, exemplificou o presidente do Consórcio. Diante da crise agravada, os prefeitos da Região querem oferecer medidas ao governo estadual para minimizar o impacto do racionamento. “Uma comissão será formada para pautar ações de curto, médio e longo prazos para o problema do abastecimento”, continuou Maranhão.

“Todo mundo vai sofrer com esse racionamento”, antecipou o secretário de Gestão Ambiental de São Bernardo, João Ricardo Guimarães Caetano, que também participou do encontro com o secretário estadual. “As prefeituras conhecem melhor que o Estado os setores que precisam de água. São Bernardo é abastecida pela Sabesp, mas as reclamações de falta d’água, vindas de regiões periféricas e bairros altos, chegam à Prefeitura”, informou o gestor.

Para Paulo Pinheiro (PMDB), prefeito de São Caetano, totalmente dependente do Sistema Cantareira, a regularidade do abastecimento na cidade é incerta para os próximos meses. “Somos 100% dependentes do Sistema Cantareira, cujo volume dos reservatórios não para de cair. Por isso queremos discutir junto ao governador e aos técnicos da Sabesp alternativas ao racionamento, e, caso seja inevitável, de que maneira será realizado”, explicou.

Mauá - A Sabesp já reduziu em 40% o volume de água enviado para as casas mauaenses. Na tarde de quarta-feira (28/01), enquanto o governo do Estado não respondia às perguntas dos prefeitos, a adutora da companhia que abastece 70% do município se rompeu. A previsão da conclusão do reparo era para 22h desta quinta-feira (29/01). O reabastecimento pode acontecer gradativamente ao longo desta sexta-feira (30/01), de acordo com a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).

‘Os mais pobres vão sofrer mais’

As indústrias podem investir em reservatórios que durem até cinco dias. O comércio, a depender do porte, também pode seguir pelo mesmo caminho. Para as moradias, a situação é diferente. De acordo com o presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio, o físico e ex-secretário estadual de Meio Ambiente José Goldemberg, quem não tiver condições financeiras para armazenar água sentirá de forma mais rígida o racionamento estudado pela gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).

Conforme Goldemberg, os projetos anunciados pelo governo estadual para minimizar a crise hídrica não apresentam resultados rapidamente. “Toda obra depende de concorrência, licença ambiental, e por isso demoraria para dar retorno para a crise”, falou.

Os sindicatos ligados à Fecomercio já foram alertados sobre o problema de abastecimento. O conselho é o mesmo adotado em muitos lugares: economia de água. “Alguns comércios e restaurantes do ABCD se queixaram de transtornos provocados por falta d’água. Mas nada que impeça o funcionamento do estabelecimento”, garantiu Goldemberg.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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