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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/09/2008 | Cultura
Queen e Paul Rodgers surpreendem
Talvez tenham voltado aos palcos apenas pelo simples prazer de tocar e mostrar todo um trabalho que pode ser chamado de único. Sim, pois até agora, ninguém conseguiu e tampouco ousou soar como eles, que vêm do único país onde existem duas rainhas - uma delas é a banda inglesa Queen.

Há três anos, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor se juntaram à bela voz de Paul Rodgers, cantor que capitaneou clássicos grupos nos anos 1970 como Free e Bad Company, para uma excursão que resultou em ótimos shows, que além dos clássicos do Queen, incluíam também, canções das bandas de Rodgers.

O sucesso das excursões, com casas absolutamente lotadas, acaba de render ao grupo, um novo trabalho. Quase 17 anos após a morte de Freddie Mercury e 13 sem um lançamento sequer, os britânicos que hoje levam o nome de Queen+Paul Rodgers, entraram em estúdio e prepararam um CD com 14 músicas inéditas. Batizado de The Cosmos Rock, sai pelo selo EMI (R$ 40 em média).

Sem a mão do baixista John Deacon (que resolveu não participar da volta do conjunto), o álbum leva a assinatura de May, Rodgers e Taylor em todas as composições, com Rodgers e May se revezando na gravação das cordas em todas as faixas.

Não é segredo para todos os que acompanharam não só a carreira do Queen mas também a de Paul Rodgers, que Freddie Mercury rasgava elogios a Rodgers, e sempre que podia assistia em Londres aos shows do lendário quarteto Free, que foi uma forte influência para Mercury no início de sua carreira.

Com clima de festa, a faixa que abre o álbum é a simples e explosiva Cosmos Rock, seguida pela bela levada de Time to Shine, com ótimos arranjos vocais de Rodgers. A canção Still Burning, mostra claramente a mistura Queen mais Paul Rodgers, e por alguns instantes a música remete aos tempos do velho Free, em outros, do velho Queen, porém ainda assim, consegue soar como uma nova mistura, clássica e atual.

Um dos destaques do CD é a balada Small, arranjos de violão misturados à voz de Rodgers não deixam dúvida alguma de seu único compromisso: soar natural.

Brian May, que um dia pensou ser astrônomo, distribui notas precisas em seus solos, todas bem pensadas, e com um timbre que apenas ele consegue tirar de seu instrumento.

O álbum continua com um apelo à paz, assim é tratada Warboys. Há até sons que remetem a bombas caindo durante uma guerra, que Brian May faz com suas seis cordas, antes que a elegante We Believe dê continuidade à viagem sonora com sua vibração à la John Lennon. Enquanto Call Me, canção sobre uma garota que vive em um apartamento de luxo no coração da cidade grande, e um rapaz que vive no interior, passa despercebida, a faixa seguinte Voodoo, leva o ouvinte a uma viagem pelos ótimos arranjos instrumentais e vocais, passeio que continua também em Some Things That Glitter.

Para a pesada C-lebrity, um toque de classe dá ênfase ao tema, junto aos arranjos orquestrais da guitarra de May, que permeiam todas as músicas.

Levadas de blues, referência marcante e importante na carreira de Rodgers, e da famosa Bad Company, estão presentes em Through the Night, canção que mostra claramente a força e beleza da voz de Rodgers.

A maior surpresa de todo o álbum é, sem dúvida, a canção Say it's Not True, cantada pelos três músicos em trechos separados, harmonia e precisão se juntam a uma explosão proporcionada pela guitarra rasgada junto às fortes viradas da bateria de Roger Taylor.

Os coros vocais tão conhecidos nos álbuns que o Queen lançou nos anos 1970 são a marca de Surfs Up...Scholls Out. Para encerrar, a viagem rica e curta de Small Reprise, com arranjos vocais soltos pela música.

The Cosmos Rock tem participação de Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters nos vocais de apoio, e é dedicado ao vocalista Freddie Mercury, morto em 1991, aos 45 anos, por conseqüência da Aids.

Com brilho e voz próprios, é praticamente impossível que Paul Rodgers sequer pense em soar como Mercury, que era dono de um carisma ímpar.

Pode-se dizer que o trabalho do novo Queen junto a Paul Rodgers é uma verdadeira caixa de surpresas. Despretensioso, simples e honesto, passa longe de ser um A Night at the Opera, afinal, estamos falando de uma nova banda.

Por Vinícius Castelli - Diário do Grande ABC
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