DATA DA PUBLICAÇÃO 05/10/2012 | Política
Queda de Russomanno abre crise na campanha
O movimento de queda registrado desde a semana passada pelo Datafolha abriu uma crise no comando da campanha de Celso Russomanno (PRB) pela Prefeitura de São Paulo.
A três dias das eleições, o PRB, partido do candidato, e o PTB, seu principal aliado, divergem sobre a estratégia na reta final.
O comando da campanha sofrerá intervenção na segunda-feira caso Russomanno chegue ao segundo turno.
Entre os alvos está o marqueteiro Ricardo Bérgamo, que deverá ser substituído.
O Datafolha mostra que Russomanno perdeu 10 pontos percentuais na reta final, caindo de 35% para 25% das intenções de voto e voltando a ficar em empate técnico com José Serra (PSDB), que tem 23%.
O presidente estadual do PTB, Campos Machado, defendeu abertamente a troca de Bérgamo pelo publicitário Agnelo Pacheco. A intervenção irritou o candidato.
Aliados de Russomanno reclamaram da atuação dos petebistas, que sugerem mudanças na agenda e escalaram um "time de notáveis" para criar um programa de governo, principal fonte de críticas ao candidato.
Petebistas se queixam, por sua vez, da defesa do candidato feita pelo bispo Edir Macedo num momento em que sua vinculação com a Igreja Universal do Reino de Deus é alvo de contestação.
O PTB pressiona para emplacar um novo coordenador de programa: Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros e primo de Campos, ou o advogado Fernando Pinheiro Pedro. O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, do PRB, no entanto, indicou o professor Istvan Karoly Kasznar.
Campos Machado insiste para que Russomanno faça carreatas em vez de corpo a corpo. Disse temer a ação de "perguntadores profissionais" para constranger o candidato. O PRB prega que ele mantenha o estilo de contato com o povo.
Além das turbulências na cúpula, Russomanno enfrenta problemas também na base de sua campanha.
Na tarde de ontem um grupo com cerca de 20 cabos eleitorais contratados fez um protesto em frente ao comitê central reclamando falta de pagamento. Eles acabaram recebendo um cheque cada um.
Procurada, a campanha disse que não houve atraso.
Lentidão
A indefinição do cenário eleitoral também produziu abalos no comando da campanha de Fernando Haddad (PT), que está com 19% no Datafolha, em situação de empate com Serra.
Integrantes do comitê eleitoral e da cúpula criticam o publicitário João Santana.
Na avaliação desse grupo, ele errou ao postergar o que chamam de desconstrução de Russomanno. Essa é a opinião da vice de Haddad, Nádia Campeão (PC do B).
"A gente podia ter começado a bater no Russomanno pelo menos dez dias antes. Ficaram dizendo que ele ia cair sozinho com a TV e não aconteceu. Demorou demais", afirma Campeão.
Reunidos num jantar na segunda-feira, deputados petistas se queixaram ao coordenador da campanha, vereador Antonio Donato, da despolitização da campanha. Convidado para um jantar com presidente da Câmara, Marco Maia (RS), ele teve de ouvir críticas a Santana.
A cúpula do PT assegura ter proposto o redesenho da estratégia do PT há cerca de um mês, mas sem acolhida no comando da campanha. Para Donato, as críticas são precipitadas.
"Fazer balanço antes da eleição não contribui para a vitória. Todo mundo demorou a bater no Russomanno porque essa decisão envolvia riscos", argumentou.
Ele se refere à avaliação de que o eleitorado tende a ver com maus olhos candidatos que atacam adversários.
O candidato do PSDB, José Serra, passou por essas turbulências há um mês depois de apresentar queda vertiginosa nas pesquisas.
Ontem o tucano se valeu do julgamento do ex-ministro José Dirceu no STF (Supremo Tribunal Federal), afirmando que "é o momento de discutir princípios".
Colaboraram DANIEL RONCAGLIA e DANIELA LIMA, de São Paulo.
A três dias das eleições, o PRB, partido do candidato, e o PTB, seu principal aliado, divergem sobre a estratégia na reta final.
O comando da campanha sofrerá intervenção na segunda-feira caso Russomanno chegue ao segundo turno.
Entre os alvos está o marqueteiro Ricardo Bérgamo, que deverá ser substituído.
O Datafolha mostra que Russomanno perdeu 10 pontos percentuais na reta final, caindo de 35% para 25% das intenções de voto e voltando a ficar em empate técnico com José Serra (PSDB), que tem 23%.
O presidente estadual do PTB, Campos Machado, defendeu abertamente a troca de Bérgamo pelo publicitário Agnelo Pacheco. A intervenção irritou o candidato.
Aliados de Russomanno reclamaram da atuação dos petebistas, que sugerem mudanças na agenda e escalaram um "time de notáveis" para criar um programa de governo, principal fonte de críticas ao candidato.
Petebistas se queixam, por sua vez, da defesa do candidato feita pelo bispo Edir Macedo num momento em que sua vinculação com a Igreja Universal do Reino de Deus é alvo de contestação.
O PTB pressiona para emplacar um novo coordenador de programa: Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros e primo de Campos, ou o advogado Fernando Pinheiro Pedro. O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, do PRB, no entanto, indicou o professor Istvan Karoly Kasznar.
Campos Machado insiste para que Russomanno faça carreatas em vez de corpo a corpo. Disse temer a ação de "perguntadores profissionais" para constranger o candidato. O PRB prega que ele mantenha o estilo de contato com o povo.
Além das turbulências na cúpula, Russomanno enfrenta problemas também na base de sua campanha.
Na tarde de ontem um grupo com cerca de 20 cabos eleitorais contratados fez um protesto em frente ao comitê central reclamando falta de pagamento. Eles acabaram recebendo um cheque cada um.
Procurada, a campanha disse que não houve atraso.
Lentidão
A indefinição do cenário eleitoral também produziu abalos no comando da campanha de Fernando Haddad (PT), que está com 19% no Datafolha, em situação de empate com Serra.
Integrantes do comitê eleitoral e da cúpula criticam o publicitário João Santana.
Na avaliação desse grupo, ele errou ao postergar o que chamam de desconstrução de Russomanno. Essa é a opinião da vice de Haddad, Nádia Campeão (PC do B).
"A gente podia ter começado a bater no Russomanno pelo menos dez dias antes. Ficaram dizendo que ele ia cair sozinho com a TV e não aconteceu. Demorou demais", afirma Campeão.
Reunidos num jantar na segunda-feira, deputados petistas se queixaram ao coordenador da campanha, vereador Antonio Donato, da despolitização da campanha. Convidado para um jantar com presidente da Câmara, Marco Maia (RS), ele teve de ouvir críticas a Santana.
A cúpula do PT assegura ter proposto o redesenho da estratégia do PT há cerca de um mês, mas sem acolhida no comando da campanha. Para Donato, as críticas são precipitadas.
"Fazer balanço antes da eleição não contribui para a vitória. Todo mundo demorou a bater no Russomanno porque essa decisão envolvia riscos", argumentou.
Ele se refere à avaliação de que o eleitorado tende a ver com maus olhos candidatos que atacam adversários.
O candidato do PSDB, José Serra, passou por essas turbulências há um mês depois de apresentar queda vertiginosa nas pesquisas.
Ontem o tucano se valeu do julgamento do ex-ministro José Dirceu no STF (Supremo Tribunal Federal), afirmando que "é o momento de discutir princípios".
Colaboraram DANIEL RONCAGLIA e DANIELA LIMA, de São Paulo.
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