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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/06/2013 | Saúde e Ciência
Quatro pronto-socorros têm situação precária
 Quatro pronto-socorros têm situação precária Foto: Arquivo/DGABC
Foto: Arquivo/DGABC
Quatro equipamentos da Saúde que oferecem serviços de urgência e emergência no Grande ABC funcionam em condições precárias, segundo levantamento feito pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo). O órgão avaliou 71 prontos-socorros em todo o Estado com atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e constatou problemas como macas nos corredores, dificuldade para transferência dos doentes e equipes médicas incompletas.

As visitas foram realizadas por equipe do Cremesp entre fevereiro e abril em unidades selecionadas com base na localização, porte de atendimento ou denúncias do MP (Ministério Público), médicos e população. Na região, passaram pela avaliação o Hospital de Clínicas Radamés Nardini e a Santa Casa de Mauá, ambos em Mauá, o CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André e o PS Municipal de São Bernardo.

O órgão listou nove problemas encontrados nos prontos-socorros. Destes, a única deficiência não constatada entre as unidades da região é a falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Já o velho cenário de lotação, ou seja, pacientes em macas nos corredores, só foi constatado no Nardini.

Em contrapartida, os quatro centros de Saúde da região apresentaram problema no referenciamento, ou seja, dificuldade em encaminhar pacientes para outros serviços, além de falta de pelo menos um material classificado como permanente crítico em lista de 28 itens. Neste caso, enquadram-se colares cervicais, jogos de pinça para retirada de corpo estranho e pranchas longas para imobilização da vítima de trauma, por exemplo.

O CHM de Santo André foi tema, inclusive, de matéria publicada ontem no Diário. A reportagem destaca reclamações de pacientes a respeito do atendimento oferecido na unidade e das condições inadequadas de acomodação.

INVESTIMENTO

Segundo o presidente do Cremesp, Renato Azevedo, o resultado da análise confirma a impressão obtida pelo órgão em relação à precariedade do serviço de urgência e emergência no Estado e até no País. Para ele, os problemas são fruto de pouco investimento na área da Saúde, o que acarreta em má gestão por parte do Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais da Saúde. “Nossa reivindicação é para que sejam destinados 10% da receita bruta da União na Saúde”, observa.

Os dados apresentados serão encaminhados para o MP e gestores públicos, de acordo com Azevedo. “O conselho tem papel de fiscalizar e temos esperança de que os órgãos competentes tenham condições de mudar essa realidade.”

Além do atendimento à população estar comprometido, entre as consequências da falta de infraestrutura adequada estão a escassez de médicos para atuar nos pronto-socorros públicos, explica Azevedo. “Em virtude do salário baixo, os profissionais não têm condições de trabalho”, avalia.

Os municípios de Santo André, São Bernardo e Mauá, além do Hospital Nardini, administrado pela Fundação do ABC, informaram que só se pronunciarão depois de serem comunicados oficialmente sobre os dados do Cremesp.

ESTADO

Os números coletados mostram que 57,7% dos prontos-socorros avaliados têm macas nos corredores e 66,2% relatam dificuldade com o referenciamento. Além disso, em 59,2% das salas de emergência falta algum tipo de material.

Por Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC
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