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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/04/2010 | Política
''Quando país fica importante começa a gerar ciúmes'', diz Lula no Itamaraty
Lula espera encerrar mandatos com criação de 14 milhões de empregosLula prevê criação de 2 milhões de empregos no Brasil em 2010O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (20) no Itamaraty que a política externa de seu governo trouxe o Brasil para um papel central na política internacional. Segundo Lula, acabou-se com o “complexo de vira-lata”, segundo o qual o “importante era ser ninguém, porque ser alguém era privilégio para poucos”. Em cerimônia de formatura de novos diplomatas, o presidente afirmou que o aumento da participação do Brasil em discussões externas gera “ciúmes”.

“Queremos dizer a vocês, eu disse pro Celso [Amorim], você precisa tomar cuidado porque Brasil começou a ficar importante. Quando o país fica importante gera ciúmes. Aqueles que não foram capazes de fazer o que você fez vão ficar com ciúmes”, afirmou.

Lula afirmou que recebeu muitas críticas pela aproximação com países da América Latina, África e Ásia. “Quando Evo Morales [presidente da Bolívia] disse que o gás era dele queriam que eu pulasse no pescoço dele, mas eu não pulei porque eu acho que gás é dele. O Brasil tem que ser o país que ajuda os outros. Temos que fazer com que o crescimento do Brasil sirva para eles crescerem”, defendeu.

De acordo com o presidente, para aumentar o comércio entre países do hemisfério sul é preciso modificar o pensamento de que o norte é mais importante. “Os novos meninos (diplomatas recém formados) vão mudar o pensamento. O norte não é tão grande e o sul não é tão pequeno como pensam que é”, disse.

O presidente lembrou a vitória do Brasil sobre os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC), que autorizou retaliações aos produtos norte-americanos por causa dos subsídios impostos ao algodão brasileiro. “Muita gente não queria que o Brasil retaliasse os Estados Unidos por causa do algodão. Ora, se o Brasil tem regras tem que valer para o Gabão e para os EUA. O algodão vai perder subsídio e os povos da África vão poder viver mais tranquilamente vendendo o algodão. Brasil ganhou muita importância por isso”, disse. Segundo Lula, o país deixou de ser coadjuvante nos assuntos globais. “O Importante é que o Brasil não é mais coadjuvante. Virou importante, porque temos políticas importantes”, disse.

Irã
Durante a cerimônia, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o Brasil não vai recuar na posição de defender o diálogo com o Irã e se opor à aplicação de sanções. Segundo Amorim, Brasil não é “nem pró-Irã, nem pró-Estados Unidos” ao pedir uma solução negociada com o país comandado por Mahmoud Ahmadinejad. Potencias internacionais defendem aplicação de sanções ao Irã por causa do programa nuclear que o país desenvolve. O Brasil, por sua vez, é contra a aplicação de punições e defende que os iranianos possam desenvolver urânio para fins pacíficos.

“No caso do Irã, o Brasil não é não é nem pró- EUA nem pró- Irã, é pró-paz. Achamos possível chegar a uma solução negociada. Continuaremos a tentar [defender o diálogo], sem bravatas, mas também sem a covardia dos que podem mas não fazem . Queremos evitar o que aconteceu no Iraque, onde o ciclo de sanções e a atitude de Saddam Hussein terminaram como nós sabemos”, afirmou. O Iraque foi invadido por tropas norte-americanas durante o governo de George W. Bush sob a acusação de possuir armas nucleares. Os armamentos nunca foram encontrados.

Segundo Amorim, a política externa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou o paradigma de países em desenvolvimento não podem intervir em questões internacionais relevantes. “Nossa política externa derrubou a velha opinião de que o Brasil precisa pedir licença para atuar. Mantemos nosso posicionamento pacifista de não-intervenção nos assuntos externo, mas com a atitude de não-indiferença. A omissão também tem um custo. Oriente Médio, Irã, e as situações de conflito na África estão muito mais perto de nós do que imaginamos. A paz e o desenvolvimento têm que ser globais ou simplesmente não serão”, disse.

Por Nathalia Passarinho - G1, em Brasília
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