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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/06/2010 | Turismo
Pyongyang e Seul são avessas em tudo
Muitos correm a Pyongyang antes que seu comunismo-kitsch desmorone para desfrutar a viagem ao passado. Mas, em termos de túnel do tempo, Seul é o oposto: uma viagem ao futuro.

A capital da Coreia do Sul, destruída nos anos 50 pela Guerra da Coreia, tinha tudo para ser uma versão asiática de São Paulo.

Boa parte de suas construções tem a sem-gracice da má arquitetura dos anos 60 e 70, a natureza foi arrasada para dar espaço a elevados e vias expressas, e muito pouco do patrimônio histórico sobreviveu ao progresso.

Nos últimos anos, o desenvolvimento enfim trouxe beleza. O arquiteto francês Dominique Perrault criou um dos prédios mais ousados dos últimos anos no mundo, o novo campus da Universidade Feminina Ewha.

Se o título da instituição remete ao século 19, quando mulheres e homens estudavam separadamente, o prédio de vidro coberto por verde é totalmente século 21.

Boa arquitetura e a revalorização da natureza indicam que é tempo de transformações em uma das capitais mais modernas da Ásia.

Em uma das mais tradicionais ruas comerciais de Seul, um prédio com fachada em bambu chama atenção. É o Ssamzie Gil, um shopping de vidro, onde uma única rampa conecta seus quatro andares. Os criadores o definem como uma "rua vertical".

Pelos seus corredores abertos, vê-se a montanha de Bukhan e centenas de lojinhas de artesanato e casas de chá do bairro histórico de Insadong. Casais namoram ou assistem a shows no pátio de paralelepípedos.

Tudo é transparente e segue as regras do feng-shui coreano. Até para subir nas rampas inclinadas, o visitante precisa desacelerar da vida turbulenta da metrópole de 10 milhões de habitantes.

Tempos modernos

A modernidade em Seul tem absorvido as tradições coreanas. Um dos parques mais frequentados da cidade é horizontal, estendendo-se pelos seis quilômetros do riacho de Cheonggyecheon.

O riacho foi canalizado para a construção de um elevado nos anos 60, mas o minhocão de Seul foi demolido em 2003 e o rio foi ressuscitado por um complexo sistema de bombeamento. O aniversário de Buda é comemorado ali, com um festival de lanternas e esculturas de papel.

Obras de arte têm sido espalhadas em lugares públicos, principalmente na fachada de complexos de escritórios, contribuição privada ao novo tempo da cidade.

Transformações

Seul tem ambições ainda maiores. Decidiu transferir a base militar americana para a periferia para construir um novo distrito financeiro. O arquiteto americano Daniel Libeskind foi convidado para fazer o maior arranha-céu da cidade, provável ímã da empreitada.

O rio Han, que era um Tietê coreano até há pouco, está em processo acelerado de despoluição, e já ganhou três parques em suas margens. As antigas marginais estão sendo encolhidas para dar mais espaço ao verde, enquanto a rede de metrô é a que mais cresce no mundo, fora da China.

Um antigo estádio de futebol foi demolido para dar espaço a um gigante centro de design concebido pela arquiteta iraquiana Zaha Hadid.

Mas a batucada da torcida coreana na terça-feira, ao conquistar uma vaga nas oitavas de final da Copa, mostra que até no futebol os coreanos estão confiantes com o futuro.

Por Raul Juste Lores - Folha Online - Editor de Mercado
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