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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/12/2008 | Política
PT trabalha para manter força na Câmara de Santo André
Principal força na Câmara de Santo André na próxima legislatura, com seis vereadores na bancada, o PT articula nos bastidores a composição da mesa diretora. A intenção é minar as movimentações feitas pelo grupo governista. Assim, além de não ficar isolado na oposição após perder a Prefeitura, conseguiria emplacar a maioria dos nomes nas comissões consideradas estratégicas na Casa, o que dificultaria a governabilidade do prefeito eleito, Aidan Ravin (PTB).

Apesar de ser o partido com o maior número de cadeiras no Legislativo, o PT, sozinho, não tem como efetivar um nome na presidência. Por isso, costura acordos com o "bloco independente", o qual boa parte dos parlamentares trabalhou pela vitória do deputado estadual Vanderlei Siraque (PT) à Prefeitura, para continuar a dar as cartas no Legislativo.

Para conseguir formar um grupo forte de oposição, os petistas não indicariam um sucessor para o cargo do petista José Montoro Filho, o Montorinho. Ao apoiar o nome de um possível aliado futuro, os petistas acreditam que receberiam em troca os votos necessários para obter um cargo na mesa diretora e, também, nas comissões consideradas importantes para evitar o poderio do governo Aidan na Casa.

Em conversas reservadas, porém, vereadores eleitos criticam a postura dos petistas, dizendo que a sigla se aproveita do fato de estar numericamente em vantagem para tentar "enganar e conseguir favorecimentos em cima dos mais jovens e aliados do governo João Avamileno". Pessoas ligadas à futura administração garantem que o chefe do Executivo eleito tem conhecimento do "jogo duplo que alguns vereadores estariam fazendo, de negociar tanto com PT quanto com PTB".

Um deles seria Donizeti Pereira (PV). Acredita-se que ele estaria tentando convencer vereadores a ficar ao lado do PT e, assim, ser o indicado dos petistas à presidência. "Fico lisonjeado com esse poder todo", argumentou o verde, em tom irônico. "Posso afirmar que conversei com todos os vereadores, com exceção do Israel Zekcer (PTB), para debater o futuro. Fico à vontade de falar isso, até porque em momento algum coloquei meu nome à presidência da Casa e muito menos estou trabalhando pelo PT. O que busco é o fortalecimento do nosso grupo (bloco independente) para termos um Legislativo forte. Essas especulações visam desestabilizar e destruir a composição do grupo."

Presidente do PT, o vereador eleito Tiago Nogueira admite que no cenário atual os petistas dificilmente conseguiriam emplacar um presidente. Não esconde também que o partido tenta costurar acordos com os vereadores. "Estamos pensando a médio e a longo prazos. Não descartamos ficar fora da eleição da mesa, mas isso não é o mais importante hoje. Queremos formar um bloco consistente na Câmara para fazer o contraponto ao governo Aidan. Seremos a ala esquerda dele. É um trabalho de xadrez nosso."

Tiago ressaltou que os petistas vêem com simpatia nomes que hoje integram legendas que fizeram parte da base de sustentação ao governo nos últimos anos: José de Araújo (PMDB), Donizeti Pereira (PV), José Ricardo e Almir Cicote, ambos do PSB. Ele ainda acrescentou que a intenção do PT "não é enganar ninguém". "Queremos, sim, chegar a um acordo."

Por Leandro Laranjeira - Diário do Grande ABC
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