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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/08/2008 | Política
PT elege mais prefeitos em 26 anos
Nos últimos 26 anos, O PT foi o partido que mais conquistou prefeituras no Grande ABC. No período, que marcou o início das eleições pluripartidárias no País, 15 dos 42 prefeitos eleitos pelo voto direto foram do partido. Em segundo lugar aparece o PTB (12), seguido pelo PMDB, com seis, e o PSDB, com três. (veja arte ao lado).

À exceção do atual prefeito de Mauá, Leonel Damo (PV) - que foi conduzido ao cargo por decisão da Justiça -, os demais foram eleitos pelas urnas.

Nesse período, a região registrou alguns fatos curiosos, como por exemplo a trajetória do ex-prefeito de São Bernardo Maurício Soares (PSB). O socialista venceu três pleitos na cidade, cada um por um partido diferente: PT, em 1988; PSDB, em 1996; e PPS, em 2000.

Outra curiosidade se refere a São Caetano, onde o PTB conquistou vitórias nas últimas seis eleições, sendo três com o prefeito Luiz Tortorello (que morreu em 2004): em 1988, 1996 e 2000.

No entanto, na avaliação de cientistas políticos, a disputa em outubro tem tudo para desmistificar algumas situações. Além disso, os especialistas acreditam que a força pessoal do candidato ultrapassou a questão partidária nos últimos anos.

"Cada vez mais o eleitor vota pelo candidato e não pela legenda. O que mais cresce atualmente é o debate de propostas e não os ataques e defesas ideológicas", destacou o especialista Rui Tavares Maluf.

Situação - A eleição de outubro não deverá alterar o ranking simbólico, já que o PT e o PSDB são os partidos que apresentaram mais candidatos nas sete cidades. Enquanto os tucanos registraram a candidatura de seis postulantes (exceção em São Caetano, que decidiu apoiar à reeleição de José Auricchio Júnior, do PTB), os petistas possuem candidatos em todos os municípios.

Os presidentes estaduais das legendas, Edinho Silva (PT) e Mendes Thame (PSDB), interpretam de maneira diferenciada a eleição no Grande ABC, porém destacam que "há um sabor especial" vencer em determinadas cidades.

No lado petista, há uma cobrança maior. Isso porque, além do Grande ABC ser o berço do partido, desde a eleição de 1982, a sigla consegue eleger pelo menos um prefeito (leia reportagem abaixo).

Certeza de inércia neste quadro é a situação do PMDB, que não encabeça nenhuma chapa majoritária neste pleito.

A maior representatividade da sigla neste ano é em Mauá, onde o vereador peemedebista Paulo Bio é o candidato a vice da chapa governista, liderada por Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB).

Outros partidos - Se a atual situação mostra um estado de alerta para os peemedebistas, atualmente, duas legendas têm aparecido com mais regularidade no cenário político da região. Trata-se do PV e PSB.

Depois de vencer pela primeira vez na eleição passada, os verdes entram novamente na disputa com o atual prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi, buscando a reeleição.

Já os socialistas, que venceram pela primeira vez em 1996, com Gilson Menezes em Diadema (única derrota do PT na cidade) aposta suas fichas em Mauá, pois em São Bernardo, onde administra atualmente (William Dib é o prefeito) a legenda deixou de encabeçar a chapa governista - o ex-prefeito Mauricio Soares foi apoiar a candidatura do PT - para ocupar a vaga de vice com Edinho Montemor.

Conquistar Grande ABC tem ‘sabor especial', dizem presidentes

Para os presidentes de diretórios estaduais Edinho Silva (PT) e Mendes Thame (PSDB), possuir a hegemonia no Grande ABC "tem um sabor especial", porém os dirigentes discordam sobre a representatividade.

Primeiro colocado no ranking, o PT concentra sua hegemonia em Santo André, onde obteve quatro vitórias, e Diadema, que além de vencer em cinco oportunidades é a cidade onde ocorreu a primeira vitória.

Coincidentemente, os municípios são os únicos da região atualmente governados pelos petistas, João Avamileno (Santo André) e José de Filippi Júnior (Diadema).

Entretanto, se sobra prestígio nestas cidades, falta em São Bernardo e São Caetano. No município do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o partido venceu apenas uma vez, em 1988, com Maurício Soares (PSB). Já em São Caetano, a situação é ainda pior, pois em todo esse período o partido jamais venceu.

Na avaliação de Edinho Silva, fazer presença no berço político da legenda é fundamental. "Sem dúvida, há todo um diferencial nesta região, pois foi tudo onde começou e também a nossa primeira vitória, que ocorreu em Diadema. Se tivéssemos errado neste ponto não cresceríamos. Por isso, essa região é vista com bons olhos", explicou.

Nesse período, Celso Daniel (morto em 2002) e José de Filippi Júnior foram os destaques do partido: conseguiram a vitória três vezes em Santo André e Diadema, respectivamente. Nesta eleição, caso vença, Oswaldo Dias pode igualar o feito em Mauá.

Contraponto - Para os tucanos, que neste ano completam 20 anos de fundação, o Grande ABC ainda é uma localidade a ser explorada. O presidente Mendes Thame exalta uma simbologia. "De certa forma é bom pensar que estamos vencendo em um território que é visto como reduto do nosso principal adversário. Porém, a questão pára por aí, já que temos como premissa fincar uma bandeira de coerência administrativa e compromisso com a responsabilidade", enfatizou.

O destaque da legenda fica para o atual prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira, que pode ser o primeiro tucano reeleito na região.

Debate de propostas será ponto forte

Propostas e plano de governo. Na opinião dos cientistas políticos Marco Antônio Teixeira e Rui Tavares Maluf, hoje, esses fatores são essencias para um eleitor escolher seu candidato. "Uma série de itens transformou a mentalidade do eleitor. Está cada vez mais evidente que a maioria dos eleitores prefere uma boa discussão sobre propostas a ataques entre adversários e ideologias partidárias", comentou Teixeira. No entanto, ambos ressaltam um grupo de exceções.

Os especialistas concordaram que essa eleição possui "ingredientes diferentes", que podem ser vistos como um grande teste.

Para o especialista Marco Antônio Teixeira, a maior mudança acontecerá com o PT. "Em cada cidade há uma particularidade. Podemos citar os exemplos de Santo André, que pela primeira vez verá o nome do prefeito Celso Daniel (morto em 2002) sem tanta evidência. Em São Bernardo, o partido é a grande aposta, já que ao mesmo tempo tem um ex-ministro como candidato (Luiz Marinho), um nome popular para vice (o deputado federal e cantor Frank Aguiar) e a volta de Maurício Soares como aliado. E em Mauá, quase sem aliados, a sigla aposta no prestígio de Oswaldo Dias", destacou.

Já para Rui Maluf, o grande diferencial está nas chapas menos quantitativas. "Muitos saíram candidatos mesmo sem reunir um grande arco de aliados, uma grande diferença em relação ao últimos embates. Será uma boa avaliação de popularidade. É o caso de Newton Brandão, em Santo André (candidato do PSDB), e Alex Manente, em São Bernardo, (que tenta pelo PPS)".

Os especialistas também reforçaram que o pleito será um bom teste para o Psol. Estreante em eleição municipal, o partido entrou na disputa em quatro cidades (Santo André, com Ricardo Alvarez; São Bernardo, com Aldo Santos; São Caetano, com Horácio Neto; e Mauá, com Mateus Prado).

Por Leandro Baldini - Diário do Grande ABC / Sucursal de Diadema
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