DATA DA PUBLICAÇÃO 09/10/2007 | Política
PSDB vai entrar com nova representação contra Renan Calheiros
O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), informou nesta segunda-feira que seu partido entrará nesta terça com uma nova representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), desta vez acusado de montar um esquema para espionar os senadores oposicionistas Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).
Se a Mesa Diretora aceitar a representação dos tucanos, que ainda pode contar com o apoio do DEM, será aberto no Conselho de Ética da Casa o quinto processo contra o presidente do Senado. Ele já se livrou de um, mas ainda responde a outros três no colegiado.
De acordo com uma matéria publicada pela revista ‘Veja’ neste fim de semana, o esquema de espionagem teria sido montado pelo assessor especial de Renan, Francisco Escórcio. O principal objetivo seria produzir um dossiê com acusações contra Torres e Perillo. Também estaria envolvido no escândalo o empresário Pedro Abraão, amigo do peemedebista.
Segundo Tasso, na representação o PSDB vai apontar que Renan se utiliza da prerrogativa de ser o presidente do Senado para abusar de seu poder com intuito de se livrar das acusações que correm contra ele no Congresso Nacional. Além disso, os tucanos pedirão celeridade no andamento dos outros processos contra o senador por Alagoas.
Processos – No primeiro processo, em que era acusado de ter contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve em um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso – Renan foi considerado culpado pelo Conselho de Ética e pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas foi absolvido em plenário e escapou de ter seu mandato cassado.
Já no segundo processo, o peemedebista é suspeito de ter revertido uma dívida de cerca de R4 100 milhões da Schincariol com órgãos do governo, para que em troca a cervejaria comprasse uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado.
Este processo ainda tramita no Conselho de Ética e o relator do caso é o senador João Pedro (PT-AM). Ele deve apresentar seu relatório final sobre a acusação no início do próximo mês.
Já as duas outras representações ainda estão em fase inicial no Conselho. A terceira, ainda sem relator, é considerada a mais grave pelos partidos de oposição, já que nela Renan é acusado de ter utilizado ‘laranjas’ para comprar meios de comunicação no Estado de Alagoas.
Na quarta, cujo relator é Almeida Lima (PMDB-SE), principal integrante da ‘tropa de choque’ do presidente do Senado, Renan é suspeito de ter participado de um esquema de arrecadação de propina em ministérios comandados pelo PMDB.
Nesta segunda-feira, o presidente do Senado divulgou uma nota repudiando a mais nova acusação contra ele.
Confira a íntegra da nota divulgada por Renan Calheiros:
"1. Repudio, mais uma vez - com a veemência e indignação que a situação exige - as falsas acusações de que estaria usando servidores do Senado Federal para práticas inescrupulosas, imorais e ilegais. Isso não faz parte do meu caráter.
2. Na medida em que a verdade vai destruindo as falsas imputações pretéritas, buscam-se novas tramas para indispor-me com a Casa, como já vimos no passado recente. Eu sim tive a vida devassada e não recorreria a indignidades como as que me foram falsamente atribuídas. É preciso ter responsabilidade e cobrar das fontes das maledicências as provas das acusações.
3. Manifesto, mais uma vez, o meu sincero respeito por todos os senhores senadores e senhoras senadoras, sem exceção, ilustres pares que, como eu, foram eleitos pelo voto popular e desempenham nesta Casa papel fundamental para o aperfeiçoamento da democracia e do Estado de Direito.
Brasília-DF, 08 de outubro de 2007."
Se a Mesa Diretora aceitar a representação dos tucanos, que ainda pode contar com o apoio do DEM, será aberto no Conselho de Ética da Casa o quinto processo contra o presidente do Senado. Ele já se livrou de um, mas ainda responde a outros três no colegiado.
De acordo com uma matéria publicada pela revista ‘Veja’ neste fim de semana, o esquema de espionagem teria sido montado pelo assessor especial de Renan, Francisco Escórcio. O principal objetivo seria produzir um dossiê com acusações contra Torres e Perillo. Também estaria envolvido no escândalo o empresário Pedro Abraão, amigo do peemedebista.
Segundo Tasso, na representação o PSDB vai apontar que Renan se utiliza da prerrogativa de ser o presidente do Senado para abusar de seu poder com intuito de se livrar das acusações que correm contra ele no Congresso Nacional. Além disso, os tucanos pedirão celeridade no andamento dos outros processos contra o senador por Alagoas.
Processos – No primeiro processo, em que era acusado de ter contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve em um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso – Renan foi considerado culpado pelo Conselho de Ética e pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas foi absolvido em plenário e escapou de ter seu mandato cassado.
Já no segundo processo, o peemedebista é suspeito de ter revertido uma dívida de cerca de R4 100 milhões da Schincariol com órgãos do governo, para que em troca a cervejaria comprasse uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado.
Este processo ainda tramita no Conselho de Ética e o relator do caso é o senador João Pedro (PT-AM). Ele deve apresentar seu relatório final sobre a acusação no início do próximo mês.
Já as duas outras representações ainda estão em fase inicial no Conselho. A terceira, ainda sem relator, é considerada a mais grave pelos partidos de oposição, já que nela Renan é acusado de ter utilizado ‘laranjas’ para comprar meios de comunicação no Estado de Alagoas.
Na quarta, cujo relator é Almeida Lima (PMDB-SE), principal integrante da ‘tropa de choque’ do presidente do Senado, Renan é suspeito de ter participado de um esquema de arrecadação de propina em ministérios comandados pelo PMDB.
Nesta segunda-feira, o presidente do Senado divulgou uma nota repudiando a mais nova acusação contra ele.
Confira a íntegra da nota divulgada por Renan Calheiros:
"1. Repudio, mais uma vez - com a veemência e indignação que a situação exige - as falsas acusações de que estaria usando servidores do Senado Federal para práticas inescrupulosas, imorais e ilegais. Isso não faz parte do meu caráter.
2. Na medida em que a verdade vai destruindo as falsas imputações pretéritas, buscam-se novas tramas para indispor-me com a Casa, como já vimos no passado recente. Eu sim tive a vida devassada e não recorreria a indignidades como as que me foram falsamente atribuídas. É preciso ter responsabilidade e cobrar das fontes das maledicências as provas das acusações.
3. Manifesto, mais uma vez, o meu sincero respeito por todos os senhores senadores e senhoras senadoras, sem exceção, ilustres pares que, como eu, foram eleitos pelo voto popular e desempenham nesta Casa papel fundamental para o aperfeiçoamento da democracia e do Estado de Direito.
Brasília-DF, 08 de outubro de 2007."
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