DATA DA PUBLICAÇÃO 09/12/2008 | Cidade
PSB se junta ao PT por troca de cargos
Após fazer oposição ferrenha ao PT de Mauá na eleição municipal, o PSB agora apóia a bancada petista à presidência da Câmara. Dos quatro socialistas da Casa, três, a princípio, assinaram termo de compromisso para votar em Rogério Moreira Santana (PT) no dia 1º de janeiro. A moeda de troca fica por conta do cargo de vice-presidente na mesa diretora e mais duas comissões, Justiça e Finanças, nas mãos do PSB.
Representantes da Executiva Estadual do PSB não vêem a parceria como possível traição à população de Mauá, que votou no então candidato Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB), crítico contumaz do PT na campanha eleitoral, principalmente no segundo turno. "O objetivo do PSB é fazer parte da bancada da mesa diretora no próximo mandato", afirmou o primeiro-secretário estadual, Wilson Pedro da Silva (PSB).
No entanto, a informação da existência do termo de compromisso de apoio ao petista estava fechada a sete chaves entre alguns parlamentares da Casa. O que foi confirmado pelo próprio candidato pelo PT à presidência. "A idéia do termo partiu de alguns vereadores, que pediram para não espalhar", afirmou Rogério, surpreso ao ser questionado pelo Diário, segunda-feira, sobre a existência do documento.
Rogério ressaltou ainda que não se trata de um documento "formal" assinado até o momento por 11 vereadores, entre PT, PSB, PP, PSDC e PRB. "Até porque a palavra basta pra mim. Existe um comprometimento de 12 a 13 parlamentares de votarem em mim para presidente. Nem todos assinaram", disse o petista. Uma pré-conversa já foi iniciada, segundo Rogério, com os dois representantes do PDT e um do PSDB. Os dois vereadores do PV e um do DEM não foram procurados ainda pelo petista, que pela primeira vez disputará a presidência da Casa. "Mas conversarei com todos", garantiu.
Camaleão - Pelo menos do lado do PV não há garantia de sucesso na conversa. Átila Jacomussi, o vereador mais votado da história da cidade no último pleito (8.432 votos) e que era cotado para disputar à presidência contra a bancada governista, se manifestou contrário à aliança PT e PSB no Legislativo. Para o verde, o PSB "fez uma oposição camaleão" à candidatura do prefeito eleito Oswaldo Dias.
"Infelizmente, a classe política está esquecendo suas posições ideológicas. Como explicar para a população o apoio PT e PSB", afirmou Átila, que disse apenas ter ouvido uma "conversa nos bastidores" da parceria.
O vereador Cincinato Freire (PSDC) disse que é um nome "consolidado" do Rogério à presidência da Câmara, mas desconversou quando questionado sobre o termo de compromisso. "Não tenho autorização para falar sobre isso".
Govenabilidade - O candidato a presidente pelo PT da Câmara não confirmou que o vice da mesa ficaria com um vereador do PSB nem que duas comissões ficariam com os socialistas. "As comissões ficariam com o PT, mas não descartamos outros partidos para compor", disse Rogério.
Porém, Ozelito José Benedito (PSB) confirmou que o acordo coloca como vice-presidente Luiz Alfredo dos Santos Simão (PSB), o que foi reforçado pelo secretário estadual do partido. "Está fechado mesmo e não tem como voltar atrás. Eu assinei o compromisso com a Câmara, não de governabilidade", afirmou. O encontro teria ocorrido na última quinta-feira, após a reunião de votação do orçamento de 2009.
Do PSB, o único que não assinou foi Alberto Betão Pereira Justino, o atual presidente da Câmara.
Tanto Rogério quanto os demais representantes do PSB entrevistados ressaltaram que o PSB faz parte da "base aliada do governo federal e que a política é muito dinâmica". Porém, se esquecem que não é a mesma história em Mauá.
Chiquinho do Zaíra e o presidente do PSB de Mauá, Carlos Wilson Tomaz, foram procurados, mas não localizados. Ambos, estiveram reunidos na última sexta-feira à tarde para discutir o assunto. Chiquinho seria contra a aliança, segundo o primeiro secretário estadual do PSB, Wilson Pedro da Silva.
Representantes da Executiva Estadual do PSB não vêem a parceria como possível traição à população de Mauá, que votou no então candidato Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB), crítico contumaz do PT na campanha eleitoral, principalmente no segundo turno. "O objetivo do PSB é fazer parte da bancada da mesa diretora no próximo mandato", afirmou o primeiro-secretário estadual, Wilson Pedro da Silva (PSB).
No entanto, a informação da existência do termo de compromisso de apoio ao petista estava fechada a sete chaves entre alguns parlamentares da Casa. O que foi confirmado pelo próprio candidato pelo PT à presidência. "A idéia do termo partiu de alguns vereadores, que pediram para não espalhar", afirmou Rogério, surpreso ao ser questionado pelo Diário, segunda-feira, sobre a existência do documento.
Rogério ressaltou ainda que não se trata de um documento "formal" assinado até o momento por 11 vereadores, entre PT, PSB, PP, PSDC e PRB. "Até porque a palavra basta pra mim. Existe um comprometimento de 12 a 13 parlamentares de votarem em mim para presidente. Nem todos assinaram", disse o petista. Uma pré-conversa já foi iniciada, segundo Rogério, com os dois representantes do PDT e um do PSDB. Os dois vereadores do PV e um do DEM não foram procurados ainda pelo petista, que pela primeira vez disputará a presidência da Casa. "Mas conversarei com todos", garantiu.
Camaleão - Pelo menos do lado do PV não há garantia de sucesso na conversa. Átila Jacomussi, o vereador mais votado da história da cidade no último pleito (8.432 votos) e que era cotado para disputar à presidência contra a bancada governista, se manifestou contrário à aliança PT e PSB no Legislativo. Para o verde, o PSB "fez uma oposição camaleão" à candidatura do prefeito eleito Oswaldo Dias.
"Infelizmente, a classe política está esquecendo suas posições ideológicas. Como explicar para a população o apoio PT e PSB", afirmou Átila, que disse apenas ter ouvido uma "conversa nos bastidores" da parceria.
O vereador Cincinato Freire (PSDC) disse que é um nome "consolidado" do Rogério à presidência da Câmara, mas desconversou quando questionado sobre o termo de compromisso. "Não tenho autorização para falar sobre isso".
Govenabilidade - O candidato a presidente pelo PT da Câmara não confirmou que o vice da mesa ficaria com um vereador do PSB nem que duas comissões ficariam com os socialistas. "As comissões ficariam com o PT, mas não descartamos outros partidos para compor", disse Rogério.
Porém, Ozelito José Benedito (PSB) confirmou que o acordo coloca como vice-presidente Luiz Alfredo dos Santos Simão (PSB), o que foi reforçado pelo secretário estadual do partido. "Está fechado mesmo e não tem como voltar atrás. Eu assinei o compromisso com a Câmara, não de governabilidade", afirmou. O encontro teria ocorrido na última quinta-feira, após a reunião de votação do orçamento de 2009.
Do PSB, o único que não assinou foi Alberto Betão Pereira Justino, o atual presidente da Câmara.
Tanto Rogério quanto os demais representantes do PSB entrevistados ressaltaram que o PSB faz parte da "base aliada do governo federal e que a política é muito dinâmica". Porém, se esquecem que não é a mesma história em Mauá.
Chiquinho do Zaíra e o presidente do PSB de Mauá, Carlos Wilson Tomaz, foram procurados, mas não localizados. Ambos, estiveram reunidos na última sexta-feira à tarde para discutir o assunto. Chiquinho seria contra a aliança, segundo o primeiro secretário estadual do PSB, Wilson Pedro da Silva.
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