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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/07/2013 | Setecidades
Protestos mudam rotina de comerciantes na região
Protestos mudam rotina de comerciantes na região Foto: Andréa Iseki/DGABC
Foto: Andréa Iseki/DGABC
Desde que as manifestações chegaram ao Grande ABC, em meados de junho, comerciantes do Centro de São Bernardo tentam adaptar a rotina para que prejuízos sejam evitados, ou pelo menos, minimizados. Ao serem informados de que haveria mais um protesto na segunda-feira, diversos estabelecimentos fecharam as portas mais cedo, escolas liberaram os alunos e empresas dispensaram funcionários antes do previsto. Foi a quarta manifestação na cidade, que mais uma vez viu os atos terminarem em vandalismo.

A auxiliar administrativa Eleci Martins, 27 anos, conta que a farmácia de manipulação em que trabalha, na Avenida Lucas Nogueira Garcez, foi fechada três horas antes do fim do expediente. “Como muitos funcionários dependem de ônibus e havia boatos de que tudo ia parar, fomos dispensados às 16h. Quase não houve movimento, acho que as pessoas têm medo de sair de casa”, conta.

Ao lado da farmácia, uma locadora de veículos optou por colocar tapumes de madeira em frente à janela para evitar que o local fosse alvo de criminosos. “Fechamos a loja duas horas mais cedo. Mesmo que as manifestações causem transtornos, não consigo achar a atitude errada. Todas as mudanças que ocorreram até hoje partiram de protestos”, comenta a funcionária Débora Cordeiro, 25.

Na Rua Marechal Deodoro, principal via de comércios em São Bernardo, a situação é semelhante. O medo é constante entre os comerciantes. De acordo com o gerente David Bueno, 34, que trabalha em uma loja de artigos infantis, as manifestações também causaram prejuízo ao caixa. “As vendas caíram cerca de 20%. O fim de tarde costumava ter movimento bom, mas piorou depois que os atos” começaram”, avalia.

DEPREDAÇÕES

No início da Marechal, a gerente de uma ótica viveu momentos de pânico. Por volta das 20h, Cristina de Lima, 38, foi avisada pela empresa que faz a segurança do local que o alarme havia sido acionado após a entrada de criminosos. Quando Cristina chegou ao estabelecimento, os saqueadores já haviam saído. “Estava lá com minha filha de 9 anos quando tentaram entrar novamente. Nos escondemos no banheiro. Foi terrível, pensei que fosse morrer”, conta, assustada. Vidros foram quebrados e cerca de 600 óculos e cinco computadores, furtados. O prejuízo foi avaliado em R$ 150 mil.

Na mesma calçada, uma galeria também foi alvo de vândalos pela segunda vez em menos de 15 dias. Três lojas foram saqueadas. “Nem terminamos de pagar o portão que foi destruído no dia 21 e já temos que arcar de novo”, conta Luis Eduardo Montalvão, irmão do proprietário do local.

Prefeitura contabiliza prejuízos; shopping reforça segurança

A Prefeitura de São Bernardo foi um dos principais alvos da ação de vândalos durante manifestação realizada na segunda-feira.

A administração registrou 11 janelas e portas trincadas ou quebradas e 36 janelas e portas de agência bancária localizada no Paço nas mesmas condições. Além disso, duas viaturas de trânsito foram danificadas (com pedras e pneus estourados); grades de propaganda em torno do Paço, arrancadas; base da GCM (Guarda Civil Municipal) foi atingida por pedras, assim como um guarda-civil, que apresentou escoriações leves.

Uma concessionária localizada na Avenida Pereira Barreto teve 11 veículos danificados. Entre vidros quebrados e lataria amassada, uma bicicleta foi furtada. Dez vidraças e uma porta automática foram quebradas. O prejuízo avaliado é de R$ 50 mil.

O Shopping Metrópole, em frente ao Paço, também teve o estacionamento externo depredado por criminosos.Dois carros de clientes foram atingidos. A assessoria de imprensa do local informou que o centro de compras se responsabilizará pelos veículos e já reforçou a segurança.

De acordo com o Delegado assistente do 1º DP, Cristiano Domingues Alves. um homem segue preso por atirar pedras contra a Prefeitura e 12 menores foram conduzidos à delegacia, mas liberados em seguida. Outras três ocorrência de roubo foram registradas.

Por Thaís Moraes - Diário do Grande ABC
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