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Conselho é contra toque de recolher em Ribeirão
DATA DA PUBLICAÇÃO 15/05/2009 | Setecidades
Proposta de toque de recolher em Ribeirão divide moradores
A repercussão do projeto de toque de recolher para menores em Ribeirão Pires deixou o vereador Edson Savietto, o Banha (PDT), bastante satisfeito. No entanto, jovens do município reclamam e até já estudam possibilidades para burlar a lei ainda em estudo.

Defensor da implantação do toque de recolher no município, a exemplo do que acontece em cidades do interior do Estado, Banha disse que a população se mostrou partidária à causa. "É difícil dizer quem não tem opinião favorável."

Banha não tem filhos. Porém, ressalta que faz um trabalho junto à Pastoral da Criança. Ele está preparado para eventuais reações negativas por parte de alguns jovens. "Um ou outro pode até não gostar, mas a gente tem que ir até as escolas e explicar a importância da medida."

"Para mim, é uma medida ruim, mas olhando pelo lado da cidade, poderia ser bom", acredita Paola Fernanda Martins, 17 anos. Ela argumenta que na região onde se concentram bares, no Centro, grupos de adolescentes costumam provocar brigas. Mas sua colega Bruna Souza da Silva, 17, contesta e lembra que a lei poderá prejudicar quem estuda à noite. "Saio da escola por volta das 23h e meus pais não podem buscar a gente."

Um dos adolescentes vê uma possível brecha na proposta, tendo em vista que na maioria das turmas sempre há um colega maior de idade. "Ele poderia se responsabilizar pelo grupo e assim ninguém deixaria de estar na rua", sugeriu. "Mas quem é que fica na rua por aqui? A cidade não oferece diversão e a maioria vai para outros lugares, como São Caetano", afirma Weslley Araújo das Dores, 17.

Em uníssono, os adolescentes defendem mais fiscalização. Eles lembram que são escassas as patrulhas noturnas e até leis consolidadas, como a que proíbe a venda de bebidas alcoolicas para menores, não são cumpridas.

Aprovação - Com o apoio do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Ribeirão, Patrick Pavan, o vereador Banha pretende se reunir com a juíza da Vara da Infância e da Juventude do município para discutir o projeto. Se for aceito pelo Judiciário, segue para a Câmara e depois passa pelo Poder Executivo.

O prefeito Clóvis Volpi (PV) não se opôs à ideia e afirma que fará aquilo que a Câmara Municipal definir como o melhor. "Eles representam a opinião da maioria dos moradores de Ribeirão Pires." Volpi ressaltou que, pessoalmente, sente que algumas atividades sociais e esportivas serão restringidas no período noturno.

O prefeito disse que o município não tem um elevado índice de criminalidade, mas que o problema está no consumo excessivo de drogas. "Isso evitaria que mais pessoas fizessem uso", apontou.

Por William Cardoso e Isis Mastromano Correia - Diário do Grande ABC
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