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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/04/2011 | Economia
Projeto valoriza catador de lixo eletrônico na Região
Projeto para aumentar a renda dos catadores de lixo eletrônico foi implantado em 10 cooperativas de reciclagem do ABCD. O Eco-Eletro, um programa educacional de capacitação, visa orientar os trabalhadores sobre a triagem, a valorização e o descarte correto dos itens. O programa foi desenvolvido pela ONG Instituto GEA-Ética e Meio Ambiente, com apoio financeiro da Petrobras.

A expectativa da entidade é que participem mais de dois mil catadores que reciclam eletrônicos como computadores, celulares, notebooks, câmeras digitais, MP3 player, geladeiras e microondas. Além da Região, o programa envolve cooperativas de São Paulo e Guarulhos.

A CoopcentABC foi escolhida pelo Instituto GEA para promover o programa no ABCD. De acordo com a coordenadora, Maria da Penha Aparecida Cunha Guimarães, o projeto é uma oportunidade para os catadores das 10 cooperativas que atuam na Região. “Sem dúvida, o trabalhador-catador terá a chance de adquirir conhecimento e também aumentar sua renda mensal com a revenda das peças recolhidas”, ressaltou.

Para a presidente do Instituto GEA, Ana Maria Domingues, a implantação do projeto de capacitação e reciclagem no ABCD é uma conquista para a Região. “A população poderá encaminhar o lixo eletrônico para cooperativas especializadas na reciclagem dos resíduos eletrônicos. Nesse caso, todos saem ganhando, as empresas, as pessoas e também o meio ambiente”, pontuou.

Uma das beneficiadas pelo programa, a Associação Pacto Ambiental Vila Popular, localizada na Vila Nogueira, em Diadema, atualmente, tem 11 colaboradores diários.

A coordenadora da unidade, Vilma Souza, ressalta que será uma oportunidade participar do projeto. “Nossos funcionários poderão aprender como reaproveitar os produtos adquiridos e também terão mais conhecimento para negociar com os clientes. As pessoas que vêm comprar peças definem elas mesmas os preços, mas, a partir da aprendizagem, das novas informações transmitidas para os colaboradores será possível negociar melhor os valores”, afirmou.

Renda - Para o colaborador da Vila Popular, Sebastião Lira, 59 anos, o curso de capacitação será uma chance para aprimorar seus conhecimentos.

“Espero aprender um pouco mais sobre os produtos eletrônicos e também aumentar minha renda com a comercialização destas mercadorias”, destacou.

Para a diretora do Centro de Reciclagem da Universidade de São Paulo, Tereza Brito, os resíduos eletrônicos representam 5% de todo o lixo produzido pela população no mundo, o que implica aproximadamente 50 milhões de toneladas jogadas fora todos os anos. “É preciso ocorrer de fato uma união entre o poder público e as empresas do terceiro setor para que a reciclagem desses produtos seja mais expressiva no País. Creio que é preciso contar com o apoio de outros Estados para o projeto ser ampliado para mais cidades”, afirmou.

A executiva aponta ainda que no Brasil são produzidos 2,8 quilos de resíduos eletrônicos por pessoa, o que representa menos de 1,2% da produção mundial de lixo, mas com os constantes avanços tecnológicos e o consumo em expansão, a tendência é que aumente o descarte dos resíduos eletrônicos nos próximos anos. “Acredito que os governos em todas as esferas precisam acordar para realizar projetos consistentes neste setor. É preciso ampliar o número de cooperativas que trabalham com a reciclagem para que o lixo possa gerar riqueza”, finalizou.

Por Felipe Rodrigues - ABCD Maior
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