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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/10/2008 | Setecidades
Projeto vai criar tilápias para repovoar Billings
Governo federal e comunidade do Jd.Monte Carlo, em S.Bernardo, vão implementar viveiro experimental

O governo federal começa a discutir na próxima semana a implementação de um projeto piloto para repovoar a represa Billings de peixes. O lago Nacemandy, no Jardim Monte Carlo, região do Riacho Grande, em São Bernardo, foi o lugar escolhido para receber a iniciativa, que será executada em parceria com os moradores da área. Uma reunião entre representantes da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca e comunidade está marcada para quinta-feira (09/10), quando começa a ser definida a construção de uma Unidade Demonstrativa Tanque-Rede, uma espécie de viveiro, que receberá tilápias.

“Temos que saber se o nível de poluição da Billings permite o repovoamento. Serão pelo menos seis meses de análises químicas com os animais, que podem até indicar outros elementos poluidores que eram desconhecidos, como metais pesados”, explicou o biólogo responsável, Claudinei Correia de Melo.

O biólogo explica que não há definição de datas nem valores. A construção de uma unidade demonstrativa leva em torno de três meses. Entre os projetos para o repovoamento de peixes está também a reativação do Laboratório de Pesquisas de Peixes e Alevinos, em São Bernardo. O centro funcionou até 1985 e teve de ser interditado por causa de problemas estruturais. “O laboratório também está em estudo, mas talvez seja mais barato fazer um novo do que reformar a estrutura que já existe”, lembrou o biólogo.

O lago Nacemandy, que foi escolhido para o projeto pela proximidade com a represa e facilidade de fiscalização, é exemplo de recuperação ambiental conquistada pela população. Há 11 anos, a Subprefeitura do Riacho Grande esforçava-se para retirar entulhos e jogar pesticidas para que a grama não crescesse demais. A população vizinha resolveu adotar o lago e dar cara nova ao bairro. Um mutirão retirou 18 caminhões de lixo das margens, entre garrafas, sofás e material orgânico. A associação de bairro comprou terra nova, grama e 2.400 mudas nativas foram plantadas.

“Mais importante foi conscientizar a população. Aqui ninguém mais joga lixo no lago, nem quebra galhos. O lago é de todo mundo, nós que cuidamos”, explicou o eletricista José Geraldo dos Santos, 59 anos. Hoje o Nacemandy é casa para espécies consideradas em extinção, como o ratão-do-banhado, uma espécie de castor, e o pato asa-de-seda.

Até janeiro, os próprios moradores mantinham um tanque para tilápias, com 200 mil peixes. Mas o espaço foi desativado por causa dos custos. “As crianças vendiam latinhas para termos dinheiro para a ração. Não dava mais para manter”, explicou Santos.

Esgoto compromete recuperação - Mais de uma década de esforços para a recuperação do lago Nacemandy pode desaparecer por conta do despejo de esgoto in natura. O volume despejado nas águas dobrou nos últimos cinco anos com a canalização do esgoto no Parque Rio Grande, que desemboca no rio Grande, uma das nascentes do Nacemandy. “Estamos há poucos metros da estação de tratamento da Sabesp, e o esgoto é despejado dessa forma irresponsável”, contou José Geraldo dos Santos.

A poluição causa prejuízos para a fauna. No início, eram 16 castores e hoje são apenas quatro. A Sabesp informou que nove bairros do Riacho Grande receberão rede coletora, mas não disse se o material será tratado antes de descartado nos rios.

Por Vanessa Selicani - ABCD Maior
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