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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/04/2015 | Setecidades
Projeto Drenar prejudica lojas da Jurubatuba
 Projeto Drenar prejudica lojas da Jurubatuba Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
Há um ano e dois meses, comércios da Rua Jurubatuba, em São Bernardo, área onde se concentra grande número de lojas do ramo moveleiro, estão completamente isolados. Isso porque desde fevereiro de 2014, onde antes era a Rua José Pelosini, há enorme canteiro de obras do projeto antienchente Drenar, o que extinguiu a visibilidade dos estabelecimentos e paralisou o movimento. Até mesmo a tradicional Feira de Móveis da região está ameaçada pelas obras, que estão paradas e não têm prazo para acabar.

Segundo os proprietários das lojas, desde novembro não há intervenções no trecho interditado com tapumes da José Pelosini. “Mandei embora as cinco pessoas que trabalhavam aqui e agora virou um depósito”, falou o proprietário da M Design, Ali Chahine, 38 anos. Ele contou que o primo, que tinha um comércio do outro lado da rua, sofreu consequências maiores. “Ele teve que fechar a loja de três andares e está trabalhando como vendedor.”

Sergio Cavalheiro, 53, dono da Fátima Móveis, também sente o impacto nas vendas. “O movimento caiu 50%. Estou lutando para não virar estatística de comércio fechado ou que se tornou depósito.”

Para alavancar as vendas, os comerciantes esperam realizar a sétima edição da Feira de Móveis. Mas, para isso, clamam pela retirada dos tapumes. “Na área fechada funcionou a praça de alimentação das outras edições, que é um atrativo para as pessoas virem ao evento. Há 40 dias tivemos reunião com o secretário de Obras (Planejamento Urbano e Ação Regional, Alfredo Buso) e pedimos para afastar os tapumes”, disse Cavalheiro. “Não nos deram resposta, só apresentaram projeto de revitalização para a Jurubatuba, coisa linda, mas para quando? Não sei se estarei vivo para ver.”

O corredor que se formou com os tapumes também aumentou a criminalidade. Segundo os comerciantes, a área virou ponto de drogas e facilitador para ladrões. “De sábado, as lojas ficavam abertas até as 19h. Agora, 17h30 estamos fechando. Esses dias encontrei um facão na calçada, provavelmente utilizado em alguma briga entre as pessoas que ficam aqui”, relatou a funcionária da Casa e Projetos Luzia Aparecida Rodrigues, 48. “A gente se sente lesado, pois estão tirando o nosso ganha-pão”, destacou ela.

Na tarde de ontem, poucos trabalhadores da Construtora OAS, responsável pelas obras, circulavam pelo canteiro. No entanto, não faziam nenhum serviço, apenas retiravam ferramentas para serem levadas ao Paço, onde está sendo construído piscinão. “Falam que vão retomar os trabalhos, mas não sabemos quando”, disse um deles. Procurada para comentar a situação, a Prefeitura não retornou até o fechamento desta edição.

Paralisação resulta em acúmulo de transtornos e diversos prejuízos

O ritmo lento das obras do Projeto Drenar tem causado dor de cabeça para quem convive nas regiões atingidas. Apesar de ser divulgada como ação que vai acabar com as enchentes em São Bernardo, em janeiro diversos comércios da área contabilizaram inúmeros prejuízos após serem inundados.

Além da demissão de cerca de 200 funcionários nos últimos meses por parte da Construtora OAS, uma das responsáveis pelo andamento do projeto, o prefeito declarou, na ocasião, que a lentidão na execução das obras do piscinão do Paço ocorre por conta de atraso “no fluxo de pagamento” por parte do governo federal.

O piscinão terá capacidade para armazenar 220 milhões de litros de água e será interligado com galerias construídas sob a Rua Jurubatuba e a Avenida Aldino Pinotti. Custará R$ 300 milhões. Para todo o projeto, o investimento aproximado é de R$ 600 milhões.

O planejamento também inclui canalização de córregos e readequação de sistemas de drenagem.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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