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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/11/2014 | Cidade
Projeto de professor de Mauá é premiado
Um convite a observar o mundo a partir da concepção de um artista. Essa é a proposta das aulas do professor de Artes da EE Professora Diva Gomes dos Santos, na Vila Santa Rosa, em Mauá, Paulo Henrique Lorenzetti. O educador encontrou forma lúdica de repassar aos cerca de 470 estudantes do primeiro ciclo do Ensino Fundamental (com idades entre 6 e 10 anos) conceitos da alfabetização visual: a partir do estudo das diversas formas de casas existentes na natureza.

O trabalho criativo já rendeu frutos: o profissional foi condecorado no 15º Prêmio Arte na Escola Cidadã, promovido pelo Instituto Arte na Escola, da Capital, com o projeto Estudo sobre casas: formas de habitar a arte.

Lorenzetti conta que a ideia nasceu a partir da curiosidade de um aluno em sala de aula sobre a casa de um marimbondo em 2010. “As crianças se interessam pela natureza. Aos poucos a pesquisa foi crescendo e passamos a estudar as casas da vespa, da aranha. O trabalho foi sendo construído junto e de maneira divertida.”

O educador acredita que o aprendizado é mais interessante quando se estuda algo que faz sentido. Exemplo disso pode ser observado no dia a dia, por meio dos conteúdos. A partir do estudo da casa de uma aranha, por exemplo, é possível ensinar conceitos como linhas e expressividade. Já no caso do caracol, os alunos observam na prática a forma de espiral. A formação fica completa à medida que Lorenzetti insere nas aulas o trabalho de artistas plásticos contemporâneos, música e dança como referência para as diversas atividades desenvolvidas.

O resultado de tanta arte é uma aula-festa, repleta de sorrisos e euforia. “É a melhor aula que a gente tem”, considera a estudante do 3º ano Heloysa Paiva, 9 anos. “É mais divertido aprender quando também tem a experiência de fazer”, define. Já a colega de sala Maria Luiza dos Santos, 9, vai além. “O professor conta uma história e depois a gente cria nossa própria história.”

Depois de prontos, os trabalhos dos estudantes preenchem não só o caderno de desenho como também espaços do prédio escolar. São cartazes com colagens e pinturas, esculturas e móbiles espalhados pelo espaço. Um deles chama atenção: uma espécie de inseto, denominado Marivesaracolujo (personagem criado a partir da composição de diversas formas de casas estudadas, como a da mariposa, da vespa, aranha, caracol e caramujo).

Fruto da dedicação, a aproximação entre professor e alunos é inevitável, garante Lorenzetti. “Essa é uma geração que não quer ser guiada, mas fazer parte, por isso a importância dessa escuta responsável, o que acaba resultando em ótimo relacionamento.”

A vice-diretora da unidade de ensino, Gislene Ronca de Souza, ressalta a popularidade do professor. “Onde ele está a criançada está atrás, mostrando algum trabalho, conversando”, destaca. Segundo ela, a principal vantagem para o aprendizado é a interdisciplinariedade, tendo em vista o uso da arte em diversas linguagens e formas.

O reconhecimento, a partir da premiação, é encarado pelo educador como afirmação dos caminhos escolhidos. “Quando você ensina arte a partir do universo da criança, a construção do conhecimento passa a ter sentido”, considera.

Por Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC
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