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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/04/2017 | Setecidades
Projeto de lei sobre Uber e outros aplicativos divide opiniões
Projeto de lei sobre Uber e outros aplicativos divide opiniões Presidente do Sindicato dos Taxistas do ABC afirma que Uber abocanhou 50% das corridas na Região desde 2015. Foto: Rodrigo Pinto
Presidente do Sindicato dos Taxistas do ABC afirma que Uber abocanhou 50% das corridas na Região desde 2015. Foto: Rodrigo Pinto
Governo federal quer atribuir às prefeituras regulamentação de Uber, 99 táxi e Cabify

Mais um capítulo da disputa entre taxistas e aplicativos de transporte privado ocorreu na noite de quarta-feira (04/04), quando a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que, em tese, regulamentaria o funcionamento de empresas como o Uber. Se aprovado no Senado, a proposta surtirá impacto no ABCD onde a discussão foi reacendida com a tramitação do projeto.

Ao mesmo tempo que se propõe a determinar como os aplicativos devem funcionar, emendas propostas ao texto original podem impedir que operem. Isto porque além de indicar que cada município crie legislação específica para empresas como Uber, 99 táxi e Cabify, outros apontamentos deixariam a atividade dos aplicativos próximas ao método dos táxis, conforme alegou a Uber em nota ao ABCD MAIOR.

"É importante frisar que o PL 5587/16 propõe uma lei retrógrada que não regula a Uber no Brasil, mas tenta transformá-la em táxi, proibindo então este modelo de mobilidade. O PL segue agora para o Senado Federal, onde o debate sobre a tecnologia deve continuar, garantindo que seja ouvida a voz de milhões de pessoas no Brasil que desejam ter seu direito de escolha assegurado", diz a nota da Uber.

Atualmente, a Uber atua em mais de 40 cidades do Brasil, e a estimativa é que número superior a 50 mil motoristas façam parte da operação. A empresa afirma que possui mais de 13 milhões de usuários ativos no País. Já o Sindicato dos Taxistas do ABC apoia a decisão da Câmara dos Deputados e reforça que a outorga municipal ajuda a estabelecer parâmetros e credenciamento legal para os motoristas de transporte individual.

SINDICATO DOS TAXISTAS
Para o presidente do sindicato, Amauri Gomes Barbosa, a decisão é positiva porque o modo de operação dos aplicativos promove competição desleal com os táxis. “Do jeito que está, o mercado é pura bagunça. De 2015 para cá, perdemos 50% das corridas”, disse o presidente do sindicato.

A entidade conta com 500 associados, sendo que a região possui aproximadamente 1.600 táxis. “O que ocorre é que esses aplicativos ainda são uma novidade e nem as prefeituras sabem lidar direito com eles”, concluiu.

UBERISTA
O motorista V., que preferiu não se identificar, é de São Bernardo e atua na operação do Uber há um ano, período no qual realizou 3.600 viagens. De acordo o uberista, o projeto de lei tem nuances absurdas como a estipulação dos preços das corridas por parte das prefeituras além de limitar o número de carros.

“É o mercado quem determina valores de produtos e, assim como na gestão Haddad, se o número de carros de aplicativos na rua ultrapassar a quantia prevista pelo poder público é só pagar uma taxa maior pelos novos cadastros”, opinou V.

V. acredita que uma legislação municipal só confunde mais uma tecnologia que veio para ficar. O motorista defende que deveria haver, no entanto, um ajuste de tarifa no qual uberistas ganhariam mais por corridas e os taxistas, menos. “As corridas dos aplicativos são em média 50% mais baratas, não há como competir mesmo.”

A desvantagem do Uber, para V., é a grande quantidade de viagens que realiza por dia para que o negócio valha a pena. Trabalhando sete dias por semana e fazendo até 110 corridas no mesmo período, o ideal seria que viagens de curto trajeto fossem mais caras, uma vez que a média de ganho é de R$ 10 sem o desconto de 25% da Uber.

Ex-uberista
“Saí do Uber porque ficou muito pesado em termos de horas de trabalho e também porque a cada investida do governo para modificar a profissão, a situação só piorava”, declarou Everton Castelo Branco, ex-uberista de Santo André.

Por Caio Luiz - ABCD Maior
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