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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/05/2012 | Cidade
Profissionais de Saúde comemoram 25 anos de trabalho na UBS Santista
Médico e atendente cuidam da terceira geração de famílias do bairro; ambos acompanharam o desenvolvimento da cidade

As marcas de expressão na pele e a fala sábia, franca e serena são características comuns no médico e na atendente que comemoram juntos 25 anos de trabalho dedicado na Unidade Básica de Saúde do Jardim Santista: Carlos Augusto Alves, clínico geral e pediatra, e Mariana Moraes dos Santos.

Ela começou a trabalhar oito dias antes da inauguração, com a organização e limpeza do espaço. Mariana foi registrada no dia 2 de junho de 1986, “ficamos todos, médicos e funcionários, trabalhando para colocar o posto para funcionar”, relembra a atendente, que iniciou a carreira em serviços gerais.

Carlos, a convite da então namorada, e depois esposa, que na época era enfermeira e também se tornou médica, resolveu prestar concurso pela Secretaria de Saúde do Estado, para o Hospital Nardini. O hospital tinha vínculo direto com as oito unidades de saúde existentes. “Eles faziam o processo seletivo e a Prefeitura contratava”, explicou. Isto aconteceu em 15 de janeiro de 1987.

“Nestes 25 anos, consegui muitas conquistas por meio deste emprego. Já me aposentei e penso em sair, mas faço o que eu gosto e vou sentir muita falta, porque também é minha família”, diz Mariana. Ao longo dos anos, ela formou uma grande coleção de mimos recebidos dos usuários da unidade. “É um agradecimento. Estou me preparando para parar, mas já estou sentida”, lamenta.

Carlos compartilha com Mariana muitas experiências. “Temos uma amizade muito forte. Nossas famílias se conhecem, acompanhamos o crescimento dos filhos um do outro”, diz. Ambos valorizam esta criação de vínculos porque, ao conhecer a história das famílias dos usuários, “independente da questão de salário, o reconhecimento do paciente é muito importante”, afirma, “é reconfortante saber que as pessoas gostam de você e conhecem seu trabalho”, diz o médico. O vínculo com o paciente facilita o diagnóstico e o tratamento, segundo o profissional.

A dona de casa Joana Ivone de Araújo e a filha Mileide Glauce de Araújo acompanharam o decorrer deste trabalho e desta amizade. Ela fazia café e bolo no posto, quando estava sendo construído. “Meu pai e meu marido trabalhavam na construtora. Trabalhavam o dr. Arlindo, o dr. Abel e o dr. Carlos, e eu tinha a minha caçula. Meus netos também foram atendidos aqui”, explica Joana. “Sou diabética e hipertensa, meu marido e eu temos tudo sempre controlado e marcado para mostrar para o dr. Carlos.”

Em 25 anos a Saúde mudou muito, avaliam. “Quando entrei aqui, metade dos atendimentos era de diarreia e isso não ocorre mais, em razão de saneamento, soro oral e do nível socioeconômico das pessoas. Hoje têm mais a ver com as viroses respiratórias, relacionadas à poluição e à insalubridade das moradias”, analisa o clínico, ao considerar que as pessoas hoje estão mais informadas e têm mais liberdade pra conversar e consciência de seus direitos.

“Crianças que eu vi na barriga da mãe, hoje trazem seus filhos. Quase 26 anos batalhados, em que passamos por muitas coisas”, diz Mariana

“Lembra daquela senhora japonesa, que a família era de agricultores e tinha um filho de cabelo espetadinho, o Nilton? Ela trazia uma caixa de verduras, tomates... falava mal o português”, recordam os dois, da família que conheceram tão bem quando mais jovens.

Dr. Carlos diz: “Eu tenho uma cartinha de uma paciente...”

Mariana interrompe, completando o nome “a Marilene, né?”

“Isso! Que está na minha agenda, agradecendo. Essas coisas são muito marcantes”, comemora o médico.

Há um ano Carlos passou a atender na Estratégia Saúde da Família (ESF) como clínico geral. “Não estava habituado com os adultos. O pediatra tem o hábito de ouvir mais, de ter mais paciência, isso ajudou com os idosos. Você pode até receitar a mesma coisa que o outro médico, mas se explica um pouco, fala sobre a doença, a pessoa adere melhor ao tratamento.” Carlos afirma que a ESF deu um novo entusiasmo: “percebi que podia trabalhar melhor e voltei a estudar para rever algumas coisas. A equipe vem com uma visão diferente, que é orientar muito mais o paciente. Todo mundo trabalha com o mesmo objetivo, as pessoas se tornam mais amigas”.

Serviço:

UBS Santista – Rua Januário Boccia, s/nº - Jd. Santista – Fone: 4578-5476

Por Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mauá
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