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ABC pode ter 60% dos professores em greve
DATA DA PUBLICAÇÃO 10/03/2010 | Educação
Professores prometem greve para quarta-feira
A greve dos professores deve ter adesão total na Região a partir da próxima quarta-feira (10/03), de acordo com informações da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). O balanço do primeiro dia da greve, divulgado nesta segunda-feira (08/03), aponta adesão de 60%. A reportagem do ABCD MAIOR visitou cerca de 14 escolas na parte da manhã e todas ainda funcionavam.

De acordo com calendário divulgado pela Apeoesp, o primeiro dia foi utilizado para esclarecer pais e alunos sobre os motivos que levaram à greve. A coordenadora da subsede de Mauá, Rita de Cássia, afirmou que espera a paralisação completa para quarta-feira. “Hoje, cada professor foi à sua escola conversar com pais e alunos e argumentar com os colegas que ainda não aderiram ao movimento. A EE Zaíra Sete já aderiu à paralisação”, destacou.

De acordo com o coordenador da subsede de Diadema, Ivanci Vieira, a greve é de interesse dos docentes e a participação deve aumentar com o passar dos dias. “Os professores estão conversando entre si para convencer os colegas a lutar pelas reivindicações. Colamos cartazes na porta das escolas e muitos diretores tiraram. Na parte da manhã, algumas instituições pararam completamente, como a João Carlos Gomes Cadin, no bairro Casa Grande, e a Fábio Eduardo Ramos Esquível, no Centro”, garantiu.

Em São Bernardo, o coordenador da subsede, Bruno de Assis Oliveira, explicou que o comando de greve, que é o grupo de professores com a função de ir às escolas para divulgar a paralisação, está trabalhando intensamente para aumentar a participação dos colegas. “Na quinta (11/03) teremos uma assembleia regional, que dará base para a assembleia estadual, na sexta-feira (12/03). Por enquanto, não há propostas por parte do Estado, só truculência.” Oliveira destacou que as escolas Maria Osório, José Gonzáles, João Piaget e Célio Negrini já pararam.

Nas escolas, professores que não atuam no Sindicato ainda estão reticentes em aderir ao movimento, como é o caso do docente de Biologia Michel Jorge da Silva, da EE João Ramalho, em São Bernardo. “Quero aderir à greve e estou acompanhando a movimentação, mas vou esperar um consenso entre os colegas. Se abraçar a causa sozinho posso me prejudicar. Espero que todos entrem em greve, pois as reivindicações são justas”, opinou.

A Secretaria de Estado da Educação foi procurada para falar sobre o assunto. A assessoria de imprensa, porém, informou que “a greve é uma iniciativa dos professores e que o Estado não iria se pronunciar”.

Reivindicações - A categoria optou pela paralisação em assembleia realizada na sexta-feira (05/03). Os professores querem pressionar o governo do Estado em duas frentes: a salarial e a de defesa do emprego. No caso do salário, pedem reajuste que compense os 35% em perdas acumuladas nos últimos dez anos.

Além disso, a categoria quer que o governo revogue a aplicação de duas provas: a do mérito, espécie de plano de carreira que prevê aumento de salário, mas tem restrições que impedem a participação de todos, e aquela destinada aos professores temporários para atribuição de aulas.

Por Camila Galvez e Marina Bastos - ABCD Maior
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