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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/03/2015 | Educação
Professores no ABCD querem greve por qualidade do ensino
Professores no ABCD querem greve por qualidade do ensino Professores vão às ruas contra precarização do ensino; na foto, Bebel, presidente da Apeoesp, exige negociação com governo. Foto: Divulgação
Professores vão às ruas contra precarização do ensino; na foto, Bebel, presidente da Apeoesp, exige negociação com governo. Foto: Divulgação
Governador Geraldo Alckmin não negocia com professores, que buscam melhores salários

Para atender a principal reivindicação dos pais - qualificar a educação pública no Estado de São Paulo -, professores do ABCD já definiram que irão apoiar a greve em toda a rede de ensino, a ser deflagrada a partir do próximo dia 13, em assembleia convocada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). O ato será realizado na avenida Paulista. Entre as cobranças que são feitas pelos educadores ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), está a garantia da distribuição de água nas escolas, reajuste salarial de 75% e a reabertura das salas de aula fechadas no início do período letivo.

Somente neste ano, mais de três mil salas foram fechadas em todo o Estado, resultando em classes superlotadas, com mais de 55 alunos, além do desemprego de professores, afirma a Apeoesp. Somente no ABCD, 300 salas foram cortadas, que poderiam comportar 12 mil alunos. Os cortes se dão no Ensino Médio e também no Fundamental, e atinge os períodos da manhã, tarde e noite. A Secretaria Estadual de Educação afirma que atende toda a demanda de alunos apresentada pelos municípios

Além de salas superlotadas, não há estrutura mínima de trabalho, como falta de material para realização das aulas e banheiros sem portas.

De acordo com a presidente da Apeoesp, Maria Isabel Azevedo Noronha, a Bebel, o “desprezo” do governador com os educadores contribui para a precarização do ensino.

“Desde o ano passado buscamos negociar com o governo, mas não há qualquer proposta. A perspectiva é de reajuste zero neste ano. Mas temos perdas salariais e o nosso salário é extremamente defasado em relação aos demais profissionais com formação equivalente. Por isso vamos à greve”, explicou Bebel.

Reajuste - Um dos principais itens da pauta de reivindicação é o reajuste salarial de 75,33%, que garantiria a equiparação salarial dos professores com as demais categorias com ensino superior, como determina a meta 17 do Plano Nacional de Educação.

O professor e representante da Apeoesp de São Bernardo Aldo Santos explica que a única forma de avançar na pauta de reivindicação é com mobiliação popular e paralisação. “A educação pública é cada vez mais precária, tanto para o professor, como para o aluno. O governo do Estado está enxugando tudo. É um dos piores cenários para a educação estadual”, avaliou Aldo.

O diretor estadual da Apeoespe no ABCD, Andre Sapanos, explicou que os professores da Região devem participar “em massa” do ato no dia 13 e também na greve. “Acredito que a greve dos professores do Paraná ( que completa 25 dias nesta quinta-feira- 05/03) é um bom exemplo para nós. Sabemos que a paralisação é a melhor maneira para mostrar o quanto o governo do Estado está abandonando a educação públicas. As escolas estão precárias. Não temos condições de dar aula com salas superlotadas”, ressaltou Sapanos.

O ultimo reajuste da categoria foi em 2010, quando foi feito um acordo, aprovado em assembleia com a categoria, de 42% de reajuste divididos em quatro anos, entre 2010 e 2014. O acordo foi feito depois de 35 dias de paralisação.

Por Karen Marchetti - ABCD Maior
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