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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/04/2013 | Educação
Professores decidem greve em assembleia na Avenida Paulista
Grupo fechou os dois sentidos da avenida durante votação.

Professores da rede estadual de São Paulo decidiram, em assembleia realizada nesta tarde desta sexta-feira (19), na Avenida Paulista, decretar greve na categoria. A paralisação está prevista para começar na segunda-feira (22).

Os professores reivindicam maior reajuste salarial, mudanças na política de contratação de novos docentes, além de medidas contra a violência nas escolas.

O grupo chegou a ocupar totalmente a avenida na altura do Masp durante a votação. A manifestação começou na tarde desta sexta-feira. Os organizadores acreditam que reuniram, até as 18h30, cerca de 20 mil pessoas. A Polícia, porém, contabilizou 7 mil.

Após ocupar a Paulista, o grupo seguiu até a Consolção e depois chegou à Praça da República, onde fica a sede da Secretaria Estadual da Educação.

Além de docentes, estudantes também participarm do protesto. Com os rostos pintados e usando nariz de palhaço, alguns alunos cantavam "o professor é meu amigo. Mexeu com ele, mexeu comigo". O policiamento na região foi reforçado, mas o protesto foi pacífico.

De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), ainda não há dados sobre o percentual de adesão à paralisação nesta sexta. A Secretaria Estadual de Educação disse que "o registro de faltas nesta sexta-feira (19) teve crescimento de apenas 4,8% do total de docentes, em relação à média diária de ausências de 5%". A secretaria informou ainda, em nota, que considera descabidas as reclamações da Apeoesp.

O sindicato criticou a proposta de reajuste do governo e disse que a decisão pela greve era a última opção. “Era melhor não ter dado nada do que ter nos colocado nessa situação humilhante”, disse a presidente do Apeoesp, Maria Izabel Noronha. “Tentamos negociação, a greve foi nossa última opção”, afirmou.

Reivindicações
Tramita na Assembleia Legislativa, segundo o Sindicato, uma proposta de reajuste de 2% sobre os 6% já previstos para julho de 2013, chegando a 8,1% de reajuste total. A categoria reivindica um reajuste salarial de 36,74%. O reajuste foi enviado à Assembleia em 17 de abril pelo Governo de São Paulo.

De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, um professor que leciona para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio, com uma jornada de 40 horas semanais, recebe, por exemplo, um salário-base de R$ 2.088,27. Com o aumento, passará a receber R$ 2.257,84 em 2013.

Em 2014, quando deverá ser concedido novo reajuste de 7%, os vencimentos desse professor chegarão a R$ 2.415,89. Com os novos valores, o salário dos professores de educação básica II será, ainda de acordo com a pasta, 44,1% superior ao piso nacional, que é de R$ 1.567.

A Secretaria reiterou que o Governo de São Paulo “cumpre integralmente a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público.” A pasta informou também estar “à disposição para o diálogo com as entidades sindicais, mas não abre mão de trabalhar também, e sobretudo, diretamente com seus próprios profissionais comprometidos com o avanço da qualidade de ensino.”

Outro protesto
Profissionais de saúde da rede estadual fizeram, nesta tarde, uma manifestação que bloqueou inteiramente a Avenida Dr. Eneas Carvalho de Aguiar, na região dos Jardins, segundo a CET.

De acordo com a Polícia Militar, a manifestação começou por volta das 13h23. Cerca de 400 pessoas participavam do ato, às 15h20, para reivindicar aumento salarial e melhores condições de trabalho.

Por Julia Basso Viana - G1, São Paulo
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