NOTÍCIA ANTERIOR
Adolescente é assassinado ao sair de balada em Mauá
PRÓXIMA NOTÍCIA
Donisete avalia programa Mais Médicos na rede municipal
DATA DA PUBLICAÇÃO 26/06/2014 | Cidade
Professores da rede de Mauá discutem EJA
Debate sobre a história e como está a Educação de Jovens e Adultos ocorreu durante seminário na noite desta terça-feira

Aproximadamente 100 profissionais da rede municipal de ensino se encontraram durante a realização do Seminário de Educação de Jovens e Adultos (EJA), na noite desta terça-feira (24), no Centro de Formação de Professores Dr. Miguel Arraes. Organizado pela Secretaria de Educação o evento reuniu como palestrantes a professora da própria rede, Izaura Naomi Yoshioka Martins, e a psicóloga com mestrado e doutorado em Educação e Sociologia, respectivamente, pela Universidade de São Paulo (USP), Carmem Sylvia Vidigal de Moraes, que discorreram sobre desafios enfrentados pela EJA no município, o perfil dos alunos, e a contextualização histórica do programa no país.

“Este é um momento ímpar para a debatermos sobre a EJA que queremos, a partir da contextualização histórica e desafios enfrentados no município”, definiu a secretária de Educação interina, Tânia Teixeira.

“Mais que uma modalidade de ensino, é o pagamento de uma dívida histórica”, resumiu Izaura Yoshioka, sobre os 'nãos' enfrentados por quem ficou fora dos bancos escolares e o 'sim' que a EJA representa nesse resgate social. Ela explicou que Mauá, a exemplo de vários lugares do país, tem 3,75% de analfabetos, segundo o Censo de 2010 (IBGE).

Isso significa 15.639 pessoas de um total de 417.069. Deste total, 30% têm mais de 15 anos e não concluíram o Ensino Fundamental. “Em 2010, Mauá estava em penúltimo lugar na região do ABC, com a renda de R$ 607 per capita”, lembrou. Ela contextualizou lembrando que, nas listas de vagas disponíveis, são irrisórias as vagas que não exigem o Ensino Fundamental completo ou outro grau de escolaridade mais elevado, além da qualificação da mão de obra com cursos específicos.

Carmem Sylvia discorreu sobre o contexto histórico da educação de adultos. “Desde o século XIX, ela já era considerada fundamental para a emancipação da sociedade, constituição da nacionalidade e da cidadania”, relatou. Era vista pelos republicanos como uma forma de resolver problemas que a política não poderia solucionar a curto prazo. Tantos nos anos 1960, quanto nos 1980, a educação de adultos tinha uma condição em comum: a de ser pressuposto para o crescimento econômico e desenvolvimento social, estando diretamente relacionada à questão do emprego.

A proposta do seminário é a de construir uma matriz de formação para os educadores da EJA, considerando a especificidade dessa modalidade de ensino. Portanto, é fundamental compreender quem são os alunos da EJA na cidade, a partir da reflexão sobre o processo histórico e excludente que existe na organização política e econômica da sociedade. Com isso, se pretende a fomentar a discussão numa perspectiva de conscientização emancipatória, voltada para a transformação social.

Ao longo do ano, os professores de EJA da rede vão estudar os grandes pensadores e quais movimentos favorecem a qualidade deste ensino. Estará incluído o debate sobre a reorganização curricular em que serão considerados diferentes questionamentos, como se o seu propósito terá visão compensatória, supletiva ou voltada ao mercado de trabalho.

Por PMM - Redação
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7690 dias no ar.