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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/03/2016 | Educação
Professores criticam proposta estadual de reajuste de 2,5%
Professores criticam proposta estadual de reajuste de 2,5% Professores estaduais realizarão assembleia em 8 de abril, na Capital, para decidir se haverá ou não greve em 2016. Foto: Andris Bovo
Professores estaduais realizarão assembleia em 8 de abril, na Capital, para decidir se haverá ou não greve em 2016. Foto: Andris Bovo
Percentual é fruto de suspensão de bônus por mérito que seria pago a parte da categoria em abril

O governo do Estado propôs nesta semana a suspensão do pagamento de bônus por mérito que seria repassado a parte dos educadores da rede em abril. A verba estimada em R$ 500 milhões – metade do valor de 2015 – seria revertida em reajuste para toda a categoria, incluindo aposentados. A proposta não foi bem recebida, já que a manobra resultaria em 2,5% de aumento. O salário dos docentes estaduais não é reajustado há dois anos e meio, período que acumulou 16,4% de inflação, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

A bonificação criada em 2008 é paga aos educadores que atuam em escolas que atingiram a meta do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo). A verba vem do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e, em alguns casos, o valor extra no holerite pode chegar a três salários.

A política de bônus está longe de ser uma unanimidade dentro da categoria. “É uma faca de dois gumes. Desafoga alguns professores e, por outro lado, muitos acabam trabalhando sob pressão para atingir a meta. As escolas estão reféns da ideia do bônus e muitos alunos são aprovados semianalfabetos para não ter redução do bônus”, avaliou Nádia Calaça, professora de História em Mauá. A educadora receberia o bônus neste ano pela primeira vez e usaria o montante para pagamento de dívida e realização de exame médico.

A incorporação do bônus ao salário é uma reivindicação antiga dos professores, como lembra Isabel Fernandes, que leciona História na rede estadual de Santo André. Para a educadora, a proposta de reajuste de 2,5% é irrisória perto das perdas acumuladas em quase 18 meses. “A proposta de que (o bônus) fosse incorporado de forma linear sempre foi uma reivindicação histórica, mas da forma como foi feito é um absurdo, levando em consideração que estamos há dois anos e meio sem reajuste.”

APEOESP

Uma enquete foi criada pelo Estado para que os professores possam opinar se preferem que o bônus seja pago, conforme previsto, ou revertido em 2,5% de aumento. Vera Lúcia Zirnberger é integrante da Apeoesp (sindicato da categoria), trabalha em duas escolas, uma em São Bernardo e outra em São Caetano, e receberia bônus em ambas. Para ela, a consulta dá uma falsa ideia de que os educadores têm liberdade de escolha. “Isso está cheirando a uma armadilha para dividir a categoria”, sentenciou a professora.

A central da Apeoesp emitiu nota rejeitando a proposta salarial e reiterando que o percentual de 2,5% “está muito distante do necessário para a valorização de uma categoria tão importante como são os professores. (…) Não dá para iniciar uma conversa sobre um reajuste tão insignificante.” Uma assembleia dos professores estaduais está prevista para 8 de abril, na praça Roosevelt, em São Paulo.

O secretário estadual José Roberto Nalini alega que a proposta de incorporação do bônus ao salário partiu do próprio sindicato. Nalini afirmou em entrevista à rádio CBN que o Estado não tem condições financeiras de dar reajuste neste ano. Em caso de readequação da verba do bônus para o reajuste, um projeto de lei será submetido à Assembleia Legislativa.

Por Rosângela Dias - ABCD Maior
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