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Com duas semanas de greve, professores focam salário
DATA DA PUBLICAÇÃO 24/03/2010 | Educação
Professor grevista terá bônus menor, diz secretário de Educação
No dia em que a greve dos professores da rede estadual de SP entrou na terceira semana, o governo José Serra (PSDB) anunciou no último dia 22 um aumento no valor pago em forma de bônus aos salários, mas advertiu que os docentes hoje em greve receberão menos em 2011.

"As faltas [ao trabalho], sem dúvida, influenciarão [o valor do bônus de 2011]", afirmou o secretário de Estado da Educação, Paulo Renato Souza.

O bônus por desempenho é anual e calculado com base no número de faltas do funcionário e na evolução de sua escola no Idesp (índice que considera a reprovação e a evasão, além da nota dos alunos num exame de português e matemática).

A secretaria tem 260 mil funcionários, e 209.833 (80% do quadro) receberão R$ 655 milhões em bônus na quinta-feira. No ano passado, 196 mil ganharam R$ 590,6 milhões. O valor médio, assim, subirá de R$ 3.013 para R$ 3.121. Dos beneficiados, 176.598 são do magistério (professores, diretores, vice-diretores, supervisores, dirigentes e coordenadores).

Se a meta da escola no Idesp de 2009 foi alcançada, a equipe recebe 2,4 salários extras. O bônus é proporcional, se 50% da meta foi atingida, 1,2 salário extra. Os dias em que o servidor não trabalhou são descontados.

Neste ano, o governo decidiu pagar um prêmio a todas as escolas que obtiveram uma nota no Idesp superior à média estadual, ainda que não tenham evoluído entre 2008 e 2009. Nesse caso, o bônus será calculado de acordo com as metas de longo prazo da rede estadual.

A Apeoesp (sindicato dos professores) avisou que o bônus não mudará os rumos da greve. Segundo a entidade, há funcionários que ganharão só R$ 10 extras e outros que não receberão o bônus. Para o sindicato, o justo seria o governo reajustar o salário básico.

Segundo a Apeoesp, mais de 60% dos professores cruzaram os braços por um reajuste salarial de 34,3%. A secretaria, que avisou que não concederá o aumento, calcula que 1% das escolas estejam sendo afetadas.

Ontem de manhã, os grevistas farão um protesto em frente à sede da secretaria, na praça da República. Dizem que tentarão marcar uma audiência com o secretário. "Ainda não recebi nenhum pedido [de audiência]", disse Paulo Renato, repetindo que a greve é "política".

Para a próxima sexta-feira (26) prometem um ato diante do Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi (zona oeste), sede do governo, para pressionar Serra. Na sexta passada (19), cerca 8.000 grevistas, segundo a Polícia Militar, bloquearam parte da Paulista e da rua da Consolação.

Por Ricardo Westin - Folha de São Paulo
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