DATA DA PUBLICAÇÃO 24/07/2008 | Educação
Professor arremessa cadeira ao ser impedido de deixar sala na USP
O professor titular de física matemática do IFUSP (Instituto de Física da USP) Elcio Abdalla, 53, foi impedido de deixar a sala, nesta terça-feira. Irritado, ele tentou retirar carteiras amontoadas perto da porta, arrastou algumas e arremessou uma contra as demais, que caiu perto de um grupo de estudantes. As imagens aparecem em um vídeo gravado pelos alunos.
Os alunos do instituto resolveram entrar em greve contra decretos do governador José Serra (PSDB), entre eles o que cria a Secretaria do Ensino Superior. Na noite de segunda (21), os estudantes fecharam os acessos às alas dos prédios do instituto empilhando nas portas cadeiras retiradas das salas.
Abdalla diz que chegou no local por volta das 6h50 desta terça e encontrou as entradas impedidas. Ele tentou entrar na ala central do instituto e encontrou alunos no interior do prédio ainda empilhando a mobília. Segundo o docente, ele tentou retirar cadeiras, mas foi impedido por estudantes. Ele nega que tenha tido a intenção de atingir os alunos, mas admite ter deslocado-as em direção aos estudantes. Já os alunos disseram que foram atingidos.
Abdalla leciona há 28 anos e há 20 é professor-titular da USP, cargo máximo na docência da universidade.
O professor registrou a ocorrência no 93º DP (Jaguaré) alegando lesão corporal. Abdalla diz que foi ferido pelos alunos na perna esquerda e no braço direito. O estudante de física Bernardo Andrade, 21, disse que a agressão partiu do professor e não dos alunos.
Investigação
O vice-diretor do instituto, Adalberto Fazzio, disse que deverá ser aberta uma sindicância para apurar o que houve na faculdade. Segundo ele, devido à mobilização dos alunos, 90% das aulas foram prejudicadas.
O instituto tem cerca 1.700 alunos. Segundo Fazzio, as aulas ocorrerão normalmente na quarta-feira, 23. "[O tumulto] é reflexo da ocupação na reitoria".
Às 14h de quarta-feira acontece uma reunião da Congregação do Instituto de Física, formada por 120 integrantes --entre eles alunos, funcionários e professores. A pauta da reunião são os decretos de Serra e a invasão da reitoria.
Divisão
Os próprios alunos do instituto estão divididos em relação à greve. O vice-presidente do Cefisma (centro acadêmico do instituto), Francisco Assis Nascimento Júnior, 30, disse na manhã desta terça-feira que a maior parte dos estudantes do IFUSP é contra a greve e a ocupação da reitoria. Já outros integrantes do CA dizem discordar da declaração de Nascimento.
"O Cefisma não interpreta que a maioria dos alunos de física estão contrários à ocupação da reitoria, bem como a greve decretada em assembléia geral dos estudantes da física. É uma interpretação individual dada pelo vice-presidente da entidade, mas não pode ser interpretada como opinião do Cefisma". diz o estudante Bruno Malta, 20, integrante do Cefisma.
Os alunos do instituto resolveram entrar em greve contra decretos do governador José Serra (PSDB), entre eles o que cria a Secretaria do Ensino Superior. Na noite de segunda (21), os estudantes fecharam os acessos às alas dos prédios do instituto empilhando nas portas cadeiras retiradas das salas.
Abdalla diz que chegou no local por volta das 6h50 desta terça e encontrou as entradas impedidas. Ele tentou entrar na ala central do instituto e encontrou alunos no interior do prédio ainda empilhando a mobília. Segundo o docente, ele tentou retirar cadeiras, mas foi impedido por estudantes. Ele nega que tenha tido a intenção de atingir os alunos, mas admite ter deslocado-as em direção aos estudantes. Já os alunos disseram que foram atingidos.
Abdalla leciona há 28 anos e há 20 é professor-titular da USP, cargo máximo na docência da universidade.
O professor registrou a ocorrência no 93º DP (Jaguaré) alegando lesão corporal. Abdalla diz que foi ferido pelos alunos na perna esquerda e no braço direito. O estudante de física Bernardo Andrade, 21, disse que a agressão partiu do professor e não dos alunos.
Investigação
O vice-diretor do instituto, Adalberto Fazzio, disse que deverá ser aberta uma sindicância para apurar o que houve na faculdade. Segundo ele, devido à mobilização dos alunos, 90% das aulas foram prejudicadas.
O instituto tem cerca 1.700 alunos. Segundo Fazzio, as aulas ocorrerão normalmente na quarta-feira, 23. "[O tumulto] é reflexo da ocupação na reitoria".
Às 14h de quarta-feira acontece uma reunião da Congregação do Instituto de Física, formada por 120 integrantes --entre eles alunos, funcionários e professores. A pauta da reunião são os decretos de Serra e a invasão da reitoria.
Divisão
Os próprios alunos do instituto estão divididos em relação à greve. O vice-presidente do Cefisma (centro acadêmico do instituto), Francisco Assis Nascimento Júnior, 30, disse na manhã desta terça-feira que a maior parte dos estudantes do IFUSP é contra a greve e a ocupação da reitoria. Já outros integrantes do CA dizem discordar da declaração de Nascimento.
"O Cefisma não interpreta que a maioria dos alunos de física estão contrários à ocupação da reitoria, bem como a greve decretada em assembléia geral dos estudantes da física. É uma interpretação individual dada pelo vice-presidente da entidade, mas não pode ser interpretada como opinião do Cefisma". diz o estudante Bruno Malta, 20, integrante do Cefisma.
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