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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/08/2011 | Economia
Produtos chineses avançam no segmento de material escolar
Nove empresas do ABCD participaram da segunda maior feira de negócios do mundo para o segmento de produtos e serviços de escritórios, papelarias e escolas. A 25ª Office Paper Brasil Escolar aconteceu no pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo, nesta semana. Com a desvalorização do dólar, nesta edição aumentou o número de produtos importados.

A feira ocorreu de 22 a 25 de agosto e recebeu 34.421 profissionais do setor. No evento participaram 350 empresas de produtos, equipamentos e acessórios para escritórios, suprimentos de informática, materiais e móveis escolares, livros didáticos, pedagógicos e infantis, itens de papelaria e impressos em geral. Expositores de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Ribeirão Pires participaram do evento com produtos variados deste segmento.

A Cortiarte de Diadema participa da feira há 20 anos e levou dois lançamentos importantes para o segmento. “O quadro interativo é uma das nossas apostas, já que é novidade no mercado. E o quadro magnético branco. O evento é importante porque ficamos mais próximos dos clientes e podemos ver o que tem de novidade no mercado em geral. Mas, sentimos uma aumento expressivo na quantidade de produtos importados, acredito que seja consequência da desvalorização do dólar”, afirmou o representante Claudio Coelho.

A Beansos Brasil, com sede em São Bernardo, é um exemplo das empresas que trabalha com produtos importados. “A fábrica começou nos Estados Unidos, mas há anos mudou para a China. Neste segmento de ferragens para fichário e pastas é difícil ter um produto brasileiro. O preço para competir no mercado não compensaria”, explicou o representante da empresa Jarbas Almeida de Freitas.

“Esse setor é muito dinâmico e variado, surgem novidades a cada dia. Com a desvalorização da moeda americana percebemos um aumento dos produtos importados. Além das empresas internacionais, muitas brasileiras vendem produtos importados. Por isso, não podemos dizer que aumentou o número de empresas internacionais e sim de produtos. Cerca de 20% dos expositores eram empresas internacionais, sendo 10% delas da China e Taiwan”, disse a gerente de negócios da feira Wanira Salles.

Wanira explicou que há diversas exigências para que as empresas internacionais participem do evento." Temos uma série de itens que exigimos, inclusive, as especificações corretas dos produtos, mas não podemos proibir. Esse mercado é abrangente e dinâmico, alguns setores são mais afetados, outros não sentem reflexo algum desses produtos."

Já os representantes das empresas A.C.C, do setor de grampos de Santo André, e Waleu, de Diadema, do ramo de pastas, réguas, entre outros, afirmaram que os produtos chineses não oferecem risco de competitividade. “Nossa empresa foca a qualidade dos produtos, e como temos anos de mercado, não nos intimidamos com os importados”, disse o diretor da A. C.C Humberto Cataruzzi Filho.

“Para a Waleu não apresentou nenhum risco os importados, pois nossos produtos são nacionais e têm um ótimo preço. A feira foi muito produtiva para nós, tivemos um espaço maior, onde podemos receber bem nossos clientes, apresentando novidades, que são nossos lançamentos, como a pasta suspensa, suporte para pasta suspensa, dispensador maxxi e porta DVD. Os clientes elogiaram muito a recepção e fizemos boas negociações junto aos nossos representantes, tivemos um ótimo retorno e um ótimo rendimento.”, disse a responsável pelo Marketing, Ana Maria de Jesus.

O evento antecipou as tendências em modelos, estampas, materiais e licenciamentos que vão ditar o comportamento dos consumidores nos próximos meses, inclusive a volta às aulas do início do ano.
As outras empresas da Região que participaram foram: AIG Campestre, Pentel do Brasil,Keterly, Ballontech, E- Clear.

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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