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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/08/2015 | Veículos
Produção de veículos iguala 2006
Produção de veículos iguala 2006 Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Foto: Claudinei Plaza/DGABC
A produção de veículos automotores no Brasil teve queda de 18,1% de janeiro a julho deste ano, na comparação com os sete primeiros meses de 2014. O número de unidades fabricadas (1,49 milhão) se equipara ao nível registrado no mesmo período de 2006, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgados ontem.

As vendas de carros, utilitários, caminhões e ônibus zero-quilômetro tiveram redução ainda mais acentuada, de 21%. Foram 1,54 milhão de unidades licenciadas de janeiro a julho, ante 1,95 milhão no mesmo período de 2014. Entretanto, se for considerado somente o desempenho do mercado dos veículos comerciais, a situação é pior: retração de 43,1%.

Para Luiz Moan, presidente da Anfavea, a situação é motivada, principalmente, pela queda na confiança diante do cenário econômico do País, seja por parte de investidores; dos bancos, ao restringirem o crédito; e também dos consumidores, que, inseguros em relação à crise, temem contrair dívidas a médio prazo – caso dos financiamentos de veículos.

“É necessário que o governo conclua as medidas de ajuste fiscal para recuperar a confiança”, comenta Moan. Apesar de reconhecer que o setor produtivo nacional passa por um “período difícil”, o executivo afirma que “o horizonte no Brasil é positivo”. “As empresas têm uma visão além deste momento. Mas vamos superá-lo.”

Mesmo demonstrando certo otimismo, a associação revisou as perspectivas de retomada do crescimento do setor. Há alguns meses, Moan estimava que o reaquecimento do mercado ocorresse até dezembro. Agora, porém, a previsão é de que o cenário comece a melhorar somente no fim do segundo trimestre de 2016. Para o presidente da Anfavea, a lentidão é motivada pela demora no término da implantação do ajuste fiscal.

Na análise mensal, o segmento apresenta tímida recuperação. A produção subiu 17,8% de junho para julho. Na mesma base de comparação, as vendas tiveram acréscimo de 7,1%. Os estoques, por outro lado, continuam cheios. No mês passado, 344,8 mil veículos estavam nos pátios das montadoras aguardando um proprietário. Para que todas essas unidades fossem vendidas, seriam necessários 45 dias.

EMPREGOS - Moan salienta que o excedente de mão de obra na indústria automotiva é alto. “Nossa produção voltou a 2006, mas o nível de emprego é superior ao daquele ano.” Em 2006, quando 1,39 milhão de automóveis foram fabricados de janeiro a julho, as montadoras contavam com 107,1 mil funcionários. Hoje, são 135,7 mil trabalhadores, patamar semelhante ao de 2010 – ano em que a produção foi 29,7% superior à dos sete primeiros meses de 2015, com 1,93 milhão de unidades.

De acordo com cálculo feito pela associação, 7.000 metalúrgicos estavam afastados no dia 31 de julho em todo o País, seja por lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) ou férias coletivas. Em 12 meses, a indústria automotiva cortou 9,7% do efetivo, equivalente a 14,6 mil pessoas.

O presidente da Anfavea acredita que as demissões devem desacelerar nos próximos meses, principalmente em razão do PPE (Plano de Proteção ao Emprego), que entrou em vigor no mês passado, e que permite às empresas em crise reduzirem salários e carga horária em até 30%, por até 12 meses.

Exportações sobem 10,7% no ano, mas arrecadação é elevada em 0,4%

Diante da retração no mercado automotivo, as exportações tiveram desempenho contrário à tendência e trouxeram boa notícia aos empresários do setor. O número de veículos vendidos ao Exterior entre janeiro e julho deste ano foi 10,7% maior do que no mesmo período de 2014. São 21,6 mil unidades a mais.

Já as máquinas agrícolas e rodoviárias, como tratores de rodas e esteiras, cultivadores motorizados, colheitadeiras e retroescavadeiras, registraram redução de 21,3% nas vendas de janeiro a julho.

O valor arrecadado pela indústria com as exportações como um todo teve queda de 10% nos sete primeiros meses de 2015, passando de US$ 6,987 milhões para US$ 6,286 milhões. A diminuição foi puxada novamente pelo setor de máquinas (-41,3%). Se considerado somente o desempenho dos automóveis, porém, houve pequeno crescimento, de 0,4%.

Entre as explicações dos empresários para o aumento das exportações está a desvalorização do real em relação ao dólar. Ontem, a moeda norte-americana fechou o dia cotada a R$ 3,53. Analistas de mercado avaliam que, até o fim do ano, o dólar comercial deve chegar próximo de R$ 4.

Por outro lado, o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan, pondera que, a curto prazo, a alta do dólar aumenta os custos de produção, já que muitas peças usadas na fabricação de veículos são importadas.

Por Fábio Munhoz - Diário do Grande ABC
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