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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/12/2012 | Economia
Procura por carnes faz preço aumentar até 20% na Região
Procura por carnes faz preço aumentar até 20% na Região Os açougues aproveitam a época para aumentar o preço no momento em que o consumidor está no clima de fim de ano e disposto a gastar mais, diz especialista. Foto: Luciano Vicioni
Os açougues aproveitam a época para aumentar o preço no momento em que o consumidor está no clima de fim de ano e disposto a gastar mais, diz especialista. Foto: Luciano Vicioni
Demanda será intensificada pelo maior poder de consumo da população, apontam economistas

O maior consumo de carne no final de ano devido às festas de Natal e do Ano Novo aumentam o preço do produto. Neste ano, os preços devem subir até 20% na Região, de acordo com estabelecimentos que comercializam o produto. Entre as mais procuradas, a carne de porco, antes vendida a R$ 27,50 o quilo chegará até a R$ 32,90. De acordo com economistas, além da demanda, neste ano a procura se intensificará em função do aumento da renda do consumidor.

“É uma demanda de época, a tendência são de os preços aumentarem principalmente nas carnes que passam por alguma alteração, nas que são colocadas tempero, por exemplo”, afirma Silvia Okabayashi, coordenadora do curso de Ciências Econômicas da Universidade Metodista de São Paulo. Para Francisco Rozsa Funcia, diretor da área de Economia e Contábeis da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), o fato de o consumidor querer fazer as festas de fim de ano faz com que aceite os preços mais altos. “Não dá pra esperar que o consumidor troque o tender por um frango, tem uma tradição”, afirma. “O consumidor em geral não liga [para o aumento do preço da carne]. Está com o 13º e envolvido no espírito de gastar no fim do ano”, explica.

Renda e compras - Funcia afirma que o aumento de renda da população nos últimos anos influencia também na alta dos preços. “Crescimento econômico, aumento do salário mínimo, mais emprego e programas sociais, tudo isso aumentou a demanda por produtos. É bom porque contribui para reduzir a desigualdade social, mas eleva ospreços”.

Os açougues sabem aproveitar o momento. “É uma oportunidade de lucro, é o mercado que escolhe os preços, não existe nenhum órgão regulador para essa demanda”, acrescenta Funcia.

Luiz Carlos Rollim, açougueiro da Casa São Judas, na Marechal Deodoro, em São Bernardo, afirma que muitos clientes reclamam dos preços. “O pessoal não aceita e sai procurando por preços mais baratos”. Benedito Aparecido, um dos donos da Casa de Carnes Novaes e Cândido, no Jardim Stella, em Santo André, procura explicar a elevação dos preços para os consumidores. Atribui o aumento - além de relacionar à questão da demanda - à ração para animais estar mais cara devido à seca em regiões onde se pratica a pecuária, o que torna escassa a vegetação que alimenta os animais. “A gente procura explicar, alguns entendem, outros não”.

O auxiliar de limpeza, José Maria Filho, reclama. “Chegou o final de ano, já viu... o pessoal vai comer a carne mesmo, aí colocam o preço lá em cima. Nem frango dá pra comprar barato”. Antonio Carlos Rodrigues, transportador de carga, conta como busca economizar. “Açougue de frigorífico é mais barato”, afirma.

Preços em açougues e supermercados variam no ABCD

O preço das carnes na Casa de Carnes de São Judas subiu em torno de 20%, de acordo com Luiz Carlos Rollim, açougueiro do estabelecimento. Um quilo de porco sai por R$ 32,90 e antes estava R$ 27,50.

Na Casa de Carnes Novaes e Cândido, a maioria das carnes subiu em torno de R$ 2, o quilo, conforme o açougueiro Benedito Aparecido. O pernil, que antes estava por R$ 7, o quilo, agora sai R$ 10,98. A carne de frango custa agora R$ 3,99 por quilo contra R$ 5,99 como estava antes do aumento.

No supermercado Sonda, em Santo André, o preço das carnes de churrasco subiu, em torno de R$ 3, o quilo, conforme apurou a reportagem. Já a alcatra sai por R$ 26 contra R$ 20, antes da elevação do preço; o contra-filé por R$ 29, contra R$ 23 e a picanha, que antes custava R$ 38, o quilo, subiu para R$ 46.

Entretanto, os preços abaixaram na Coop – Cooperativa de Consumo, no Centro de São Bernardo, por exemplo. A carne de coxão mole que estava por R$ 17, o quilo, caiu para R$ 15,99, o patinho de R$ 15,99 para R$ 14,99 e a carne de porco de R$ 8,99 para RS 7,99, o quilo.

Pesquisa

“A decisão do preço vai de acordo com a estratégia”, afirma o economista Francisco Funcia. “O preço barato também chama o cliente para o supermercado.”

De acordo com pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), referente à última terça e quarta-feira (04 e 05/12), o quilo do pernil temperado no ABCD pode ser encontrado de R$ 10,39 a R$ 13,79, o chester de R$ 11,99 a R$ 14;99 e o tender de R$ 38,90 a R$ 53,95.

Ainda conforme a pesquisa, o preço do pernil teve variação positiva de 24% em relação ao final de 2011, do chester 20% e o do tender 25,72%.

Por Arthur Gandini - ABCD Maior
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