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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/01/2015 | Setecidades
Problema com entrega dos Correios prejudica moradores de Santo André
Problema com entrega dos Correios prejudica moradores de Santo André Marcos Gomes tem de retirar compras feitas pela internet no Centro de Distribuição dos Correios, localizado na Vila Pires. Foto: Andris Bovo
Marcos Gomes tem de retirar compras feitas pela internet no Centro de Distribuição dos Correios, localizado na Vila Pires. Foto: Andris Bovo
Em alguns endereços, além das compras pela internet, a entrega de contas e cartas é afetada

Comprar pela internet deveria ser fácil, cômodo e prático, afinal, qualquer produto está ao alcance de um clique. Porém, há exatamente dois anos a facilidade se tornou um transtorno para os moradores da rua Adriático, no Jardim do Estádio, em Santo André. Isso porque as compras deixaram de ser entregues nas casas. E não faz diferença pagar a taxa de entrega simples ou Sedex. Em ambos os casos, os moradores precisam se deslocar até o CDD (Centro de Distribuição Domiciliária) da Vila Pires, a cerca de 30 minutos de carro do bairro, para retirar as encomendas.

“Estamos sendo privados do nosso direito de receber as compras em casa e o pior é que eles cobram a taxa de entrega, não entregam e mesmo assim não devolvem o dinheiro”, desabafou Francisco Márcio Abreu Costa, técnico de segurança do trabalho sênior. Sem carro e trabalhando o dia inteiro, inclusive finais de semana, Costa compra quase tudo pela internet, de roupas a eletroeletrônicos, ou seja, de utensílios leves a pesados.

Em uma dessas compras frustradas pela entrega dos Correios, Costa adquiriu uma caixa de som com peso de 4 kg que, além de não vir na caixa original do produto, foi embalada em outro caixa pelos Correios. “Minha mulher teve de trazer uma caixa quase do tamanho de um fogão dentro de um ônibus lotado só porque os Correios não fizeram o que deveriam fazer: a entrega em casa”, argumentou Costa.

O aposentado Joaquim Antônio da Silva, 71 anos, que também mora na rua Adriático, passa pelo mesmo problema. “Os Correios dizem que aqui é área de risco e, por isso, não entregam. Porém, vemos que eles fazem entregas em parte da rua. Para mim, isso é discriminação”, analisou.

Correspondências - A dona de casa Leunice Nunes, 63 anos, não costuma realizar compras pela internet, mas segue com problemas na entrega das contas e cartas. “Recebo cartas de outros endereços e as minhas não chegam. Quase perdi o meu telefone por causa dessa confusão. É um transtorno que me prejudica para pagar minhas contas em dia”, observou.

Na opinião de outra vizinha, que preferiu não se identificar, neste caso a resposta pode ser a troca de numeração da rua Adriático. “Nós tivemos os mesmos números por mais de 30 anos, e há cerca de dois anos a numeração mudou. A partir daí a confusão começou”, explicou. Já para Leunice, a causa do problema é a troca de funcionários. “O carteiro muda sempre. Deveria ser o mesmo”, opinou.

Na tentativa de evitar maiores problemas, os moradores desfazem, sempre que possível, o engano das entregas dos Correios. “Sempre que recebo alguma conta de um vizinho, vou até a casa dele para entregar, mas nem sempre isso funciona. Tem gente que não tem tempo para desfazer o engano, então vivemos de segundas vias”, comentou Leunice.

Procurada, a assessoria de imprensa dos Correios não se manifestou sobre o assunto até o fechamento desta edição.

Falta de entrega atinge também outros bairros da cidade, como a Vila Tibiriçá
O problema nas entregas dos Correios não se restringe apenas aos moradores da rua Adriático, em Santo André, mas também se estende a outros endereços do município. O auxiliar de inspetor de qualidade Marcos Gomes Dias, 24 anos, mora na Vila Tibiriçá e passa pela situação incômoda há cinco meses.

“É um transtorno porque você compra achando que vai chegar em casa com tranquilidade, mas, ao invés disso, tem de vir buscar aqui no Centro de Distribuição. Muitas vezes tenho de sair mais cedo do trabalho para fazer isso”, reclamou Dias. Para o auxiliar, os Correios justificaram o problema alegando falta de funcionários. “Eles me falaram que é muita carga para ser entregue e pouca gente, por isso deixaram de entregar na minha rua”, disse Dias.

Outra reclamação é a fila de espera para pegar a encomenda. “Depois das 16h, aqui (o Centro de Distribuição) vira um caos. Já teve vezes de eu ficar esperando mais de uma hora”, afirmou Dias. Francisco Márcio Abreu Costa, técnico de segurança do trabalho sênior que mora da rua Adriático, confirma o problema. “Já teve vezes de chegarmos às 14h e só sairmos às 16h20, depois de reclamar muitas vezes”, finalizou.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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