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DATA DA PUBLICAÇÃO 08/09/2016 | Economia
Primeiro dia de greve dos bancos provoca filas em agências da região
 Primeiro dia de greve dos bancos provoca filas em agências da região Foto: Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
Na manhã de ontem, todos os bancos do País entraram em greve. No Grande ABC, a paralisação se concentra nas áreas centrais das sete cidades, ou seja, onde há maior volume de agências bancárias.

Durante as primeiras horas da greve, eclodida na véspera do feriado da Independência do Brasil, o cenário já era de muita confusão, já que bancos e casas lotéricas acumulavam filas que se estendiam pelas ruas. “Descobri só agora o que está acontecendo. A greve atrapalha muito, porque você demora mais tempo para fazer o que precisa. Se estiver em horário de almoço ou se pode resolver isso só hoje, tem que correr contra o tempo, porque demora na fila do banco e da lotérica, ou precisa buscar por um novo local de pagamento. Não está certo”, desabafa a doméstica Maria Dias, 62 anos, de São Bernardo.

“Eu ouvi falar que a greve ia acontecer, mas não sabia que tudo ia ficar cheio desse jeito. Para a minha sorte, consegui fazer minhas coisas no caixa eletrônico mesmo. Mas as pessoas que precisam dos serviços dos bancários agora ficam na mão. Eles deveriam ter divulgado melhor e com antecedência isso”, comenta o controlador de material Raimundo Fernandes, 50, de Santo André.

O técnico Lucas Leonardo Pedrecca, 21, de São Caetano, atua na manutenção de caixas eletrônicos. “Agora mesmo estava fazendo meu trabalho. Deu para perceber que tem muito mais gente lá dentro do que em dias normais. A greve atrapalha e só traz problemas para quem quer usar o serviço do banco.”

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, o primeiro dia de greve foi bastante representativo. Cerca de 140 agências bancárias fecharam as portas ontem na região, ou 35% do total nas sete cidades. Quanto aos trabalhadores, 3.500 cruzaram os braços, equivalente a 53% dos 6.600 que atuam em bancos no Grande ABC. “A ideia é continuar a intensificar a greve na quinta (amanhã) e na sexta-feira, aumentar a mobilização e, quem sabe, chegar aos bairros”, explica Moreira.

Nos bancos, é possível apenas utilizar os caixas eletrônicos. As demandas que necessitam dos serviços dos funcionários estão suspensas e sem data para se normalizarem. “Eu queria fazer um depósito, mas não sei se vai cair na conta. E se eu precisasse conversar com o gerente? Para nós, clientes, isso prejudica e muito”, afirma a diarista Celsa Maria Torres, 37, de Santo André.

“Para mim hoje não influenciou tanto porque já iria utilizar o caixa eletrônico. O problema é o fluxo maior de pessoas fazendo filas para usá-los, Os idosos devem ter sido os mais prejudicados para receber a aposentadoria, já que muitos não sabem usar os caixas. É pior também para aqueles que recebem hoje (ontem), quarto dia útil do mês, pois algumas empresas já depositaram o salário pelo fato de amanhã (hoje) ser feriado”, comenta a professora Sueli Aparecida, 59, de Santo André.

Entre os serviços disponíveis, além dos caixas, estão o telefone e a internet banking, por isso o Procon-SP elaborou algumas orientações para o consumidor. Entre elas, ir a outras redes que recebem pagamentos de boletos e contas de água, luz, gás e telefone, não aceitar a ajuda de estranhos nas agências bancárias e entrar em contato com a empresa credora a fim de solicitar outras informações de forma e locais de pagamento.

MOTIVO - A greve da categoria ocorre por reajuste salarial. Os bancários pedem aumento de 14,78%, sendo a reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que nos 12 meses encerrados em julho acumula 9,56%, mais cinco pontos percentuais de ganho real. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), por sua vez, oferece correção de 6,5%, três pontos percentuais a menos que a inflação e mais um abono de R$ 3.000.

Outro pleito dos funcionários dos bancos é o piso salarial de R$ 3.940, conforme o salário mínimo definido pela Dieese. Hoje, o valor de entrada é de R$ 1.900. Ainda, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais montante fixo de R$ 8.317,90 – atualmente, a quantia é limitada a 2,2 salários. Eles também pedem aumento do valor do vale-refeição, de R$ 652 mensais, para R$ 880.

Por Paula Oliveira - Especial para o Diário
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