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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/07/2011 | Veículos
Primeiras impressões: Volkswagen Golf Blue-E-Motion
A Volkswagen não acredita que os carros elétricos dominarão o mercado mundial, mas reconhece que este tipo de veículo, com nível de emissão zero, será um mercado importante no futuro, mesmo sendo um nicho. A montadora alemã acredita que esse segmento representará entre 5% e 7% das vendas de carros no mundo em 2020 e, tendo em vista esta perspectiva, quer lançar em 2013 o totalmente elétrico Golf Blue-E-Motion.

“Fabricaremos uma pequena série de carros, porque a tecnologia ainda é muito cara e a autonomia da bateria ainda é um grande desafio. Talvez quando a segunda geração de baterias chegar à produção, por volta de 2030, isso melhore”, diz Gerhard Prätorius, responsável por responsabilidade social corporativa na empresa.

Especialista em sustentabilidade, ele afirma que a mobilidade elétrica será uma opção para os grandes centros urbanos, mas acredita que os motores a combustão terão ainda o papel principal. “Por isso é tão importante o etanol, por exemplo”, diz o especialista, que descarta a substituição de uma tecnologia pela outra.

Prätorius vai ainda mais longe e acredita que os modelos elétricos irão “concorrer” também com veículos de mobilidade individual, como as bicicletas e scooters elétricas. Mesmo assim, ele ressalta que o plano da Volkswagen de se tornar a 'número um' da indústria automobilística, inclui a liderança em vendas de carros elétricos. Meta essa que também está sob a pressão do governo alemão. “Realmente, o governo aposta muito nisso e tem beneficiado as montadoras com financiamento de pesquisas tecnológicas”, destaca.

Freia sozinho
O G1 experimentou o Golf Blue-E-Motion pelas ruas de Wolfsburg, na Alemanha, em trechos urbanos. A proposta da VW com o carro é desenvolver um modelo zero emissão, mas que, ao mesmo tempo, seja atrativo. Por isso a escolha do Golf. A sensação é de estar em um automóvel como qualquer outro, a não ser pela falta de barulho e por alguns detalhes que, conforme vai dirigindo, o motorista percebe.

O fato de ser tão parecido com um carro "normal" pode decepcionar os excêntricos ou aqueles que associam carro elétrico a um modelo totalmente inusitado, como o também protótipo EN-V, da General Motors.

Assim, a inovação do Golf elétrico definitivamente não é estética, mas sim tecnológica. O diferencial mais nítido é o sistema específico para andar em trechos urbanos. Ao colocar a alavanca do câmbio na posição “B”, o freio é ativado sozinho assim que o motorista tira o pé do acelerador. Dessa forma, as baterias são recarregadas com a energia liberada nas frenagens. No começo, é estranho, mas ao se acostumar, é nítido o conforto que isso traz à condução no anda-e-para do trânsito urbano. E o carro desacelera suavemente.

Porém, caso necessite de uma freada mais brusca, é só pisar no pedal do potente freio que o carro para instantaneamente. Mas isso exige cuidado, porque a frenagem é realmente forte. O câmbio é mecânico, mas de única marcha e que não exige embreagem. Como o motor elétrico tem torque direto, não precisa do escalonamento de marchas. Além disso, quando a ré é acionada, o motor gira para o lado oposto.

Outro detalhe interessante são as células solares no teto do carro, que geram energia para as luzes internas, por exemplo. O sistema só não consegue energia suficiente para manter o ar-condicionado ligado, mas a Volkswagen ainda desenvolve o dispositivo.

Para completar o pacote tecnológico, a capacidade da bateria é facilmente monitorada por celular. A Volkswagen desenvolveu um aplicativo em que, pelo iPhone, a pessoa consegue à longa distância saber qual é a autonomia e quanto falta para a carga total – enquanto o carro é recarregado —, além de verificar se as portas estão travadas e ligar o ar-condicionado antes de a pessoa chegar ao carro.

O elétrico tem desempenho muito bom, desenvolvendo 113 cavalos (85 kW) de potência e 27,5 kgfm de torque. O carro pesa 1.629 kg, sendo 315 kg apenas da bateria de íon-lítio, e acelera de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos.

O único problema, como para qualquer elétrico, é a autonomia. O Golf Blue-E-Motion pode rodar por 150 km com uma carga de bateria, no entanto, isso pode diminuir, dependendo da forma como é conduzido. Futuros concorrentes como o Nissan Leaf e o Mitsubishi i-Miev têm autonomia um pouco maior, de 160 km.

Para fazer a recarga, basta pegar o cabo que fica no porta-malas do veículo e plugar ou na parte lateral ou frontal da carroceria e ligar ao posto de recarga ou à tomada de casa.

Produção também ecológica
Segundo Gerhard Prätorius, somente fabricar produtos com zero emissão não é o suficiente. Além de investir em tecnologias como o carro elétrico, a Volkswagen tem mudado ao longo dos anos todo o processo produtivo para uma forma mais sustentável. Supervisionar tudo isso e buscar novas ideias são duas das funções de Prätorius.

Ele afirma que as fábricas da companhia em todo o mundo buscam soluções ecológicas. Entre elas, Prätorius destaca a pintura com base de água, que já é implementada no Brasil, a geração de energia por meios alternativos, como a eólica, de biomassa e fotovoltaica, a reciclagem de materiais e o uso de garrafas PET e fibras naturais no desenvolvimento de peças.

A meta da Volkswagen é diminuir em mais de 10% o nível de emissões de CO2 de todo o processo de produção até 2013, para assim, em 2015, atingir a redução de 20%.

Por Priscila Dal Poggetto - G1, em Wolfsburg (Alemanha)
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