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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/04/2012 | Veículos
Primeiras impressões: Volkswagen Fox BlueMotion
Alterações no motor e na dianteira prometem redução de 10% no consumo.

Carro tem indicador de troca de marchas, mas tecnologia flex ainda é antiga.

Compromisso com o meio-ambiente é ainda um tema questionável por parte do consumidor brasileiro quando a equação é pagar a mais por um carro que emita menos poluentes. Por isso, o apelo das montadoras por aqui sempre tem sido em torno da redução de consumo de combustível. Para ir além, a Volkswagen segurou o custo da tecnologia e lança, agora, o Fox BlueMotion, por preços a partir de R$ 36.730 (a versão duas portas) e R$ 38.300 (quatro portas).

“O preço do carro ficou apenas 3% mais caro do que o do Fox 1.6 atual, mas ganha ainda itens diferenciados”, afirma o gerente de marketing do produto da Volkswagen do Brasil, Henrique Sampaio. De acordo com a montadora, o Fox BlueMotion garante 10% de economia de combustível.

Volkswagen lança versão BlueMotion do Fox partindo de R$ 36.730Com esse número, o gerente executivo de desenvolvimento de produto da VW do Brasil, José Loureiro, afirma que com o uso diário do carro em uma média de 60 quilômetros, o valor agregado na versão ecológica do hatch (versus a 1.6 ‘tradicional’) é pago entre 2 e 2,5 anos.
Isso porque a VW garante que o novo veículo tem a média de consumo em ciclo misto (estrada e cidade) de 16,1 km/l, se abastecido com gasolina. Isto representa melhora de 12,7% em relação ao Fox tradicional, que faz 14,3 km/l. Com álcool, o resultado é 12,6% melhor. O BlueMotion faz 10,9 km/l, enquanto o Fox normal consome 9,7 km/l.

Fox 1.6 BlueMotion X Fox 1.6
Muitos elementos foram mudados no carro para conseguir atingir tais marcas. A começar pela aerodinâmica, com novas grades frontal e inferior. Fora isso, a VW optou pelo uso de pneus de baixa resistência ao rolamento, os chamados “pneus verdes”. Eles contêm maior quantidade de sílica na composição e dimensão calculada de 175/70 R14. A montadora conferiu também aumento da pressão de enchimento de 29/28 PSI para 36/34 PSI (dianteiro/traseiro). Tradução: redução da resistência ao rolamento de 23%, o que ajuda na economia de combustível porque o carro não faz tanta força para “vencer” o atrito.

A suspensão teve os amortecedores recalibrados. O motor também tem nova calibração. Ele trabalha em rotações mais baixas às mesmas velocidades. Por outro lado, a Volkswagen afirma que o comportamento do carro não sofreu alterações: o hatch vai de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos e tem velocidade máxima de 185 km/h (abastecido com etanol). Valores que a VW apresenta na versão tradicional.

Carro 'fala' como economizar
Outro ponto pensado pela montadora foi o estilo de condução. Não basta oferecer tecnologias que ajudem a economizar combustível, se o motorista tiver o “pé pesado”. Então, a montadora desenvolveu dois indicadores digitais no painel: um de consumo instantâneo, através de uma barra gráfica, e um de troca de marchas. Neste último, o carro aconselha qual é a marcha ideal a ser engatada, por números e setas – para cima, aumentar a marcha; para baixo, reduzir.

Avaliação controlada
O G1 participou de um teste de consumo controlado pela Volkswagen. A montadora colocou um dispositivo ligado ao tanque de combustível do carro para fazer a média de consumo de uma viagem de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a Embu, no interior de São Paulo.

Nos trechos de estrada, a velocidade ficou na média de 90 km/h e, nas vias urbanas, não passou de 40 km/h. O veículo viajou com apenas dois ocupantes e sem bagagem e com a ventilação ligada na velocidade “2” (sem ar-condicionado). Por causa do equipamento, o carro estava sem os bancos traseiros. Ou seja, o peso em relação ao carro que vem de fábrica ficou pouco menor.

A média que a reportagem do G1 fez na avaliação foi de 20,7 km/l, indicada no equipamento da VW, e de 21,3 km/l, segundo o mostrador no painel de instrumentos no carro.

Nesta situação controlada, o desempenho do carro se mostrou praticamente o mesmo em relação ao Fox normal. O trabalho do modelo em rotação mais baixa não interferiu na condução. O carro faz ultrapassagens normalmente, sem perder o fôlego, e o câmbio mecânico de cinco marchas também se mostrou confortável. O novo ajuste da suspensão não alterou a estabilidade do carro e nem o conforto dos ocupantes ao passar por irregularidades. Em outras palavras, a versão BlueMotion continua a ser um Fox.

Sobre os indicadores, a barra que corre para a esquerda ou para a direita, conforme o pé no acelerador pede mais combustível para o motor, não tem muita funcionalidade prática. Ninguém vai ficar olhando para a barra para saber se está exagerando ou não ao dar uma aceleradinha.

Por outro lado, o indicador de trocas de marcha é bem interessante. No fim, ao seguir por certo tempo as indicações do carro, o motorista acaba pegando o jeitão das trocas de marchas nas rotações que ajudam a economizar combustível. Foi uma boa sacada”educativa” e não incomoda quem está dirigindo.

Com tanquinho
Pode parecer estranho, mas a tecnologia flex usada neste Fox ecológico ainda é de primeira geração. Não foi desta vez, que o hatch ganhou o sistema sem o tanque de gasolina para partida a frio, mais conhecido como “tanquinho” — que muita gente esquece de abastecer. Qual o motivo? Redução de custo. Para realizar todas as mudanças a favor da economia de combustível sem aumentar muito o preço do veículo, essa foi a tecnologia escolhida para ficar de fora.

Mesmo assim, o Fox BlueMotion, o terceiro da linha da VW no Brasil a ganhar o diferencial (os outros foram o Polo e o Gol G4), servirá de “laboratório” de mercado para a montadora sentir qual é a resposta do público em relação à consciência ecológica. Se vingar, outros modelos da marca receberão as inovações – afinal, é um objetivo global do grupo alemão reduzir o nível de emissão de poluentes de seus carros. No entanto, concorrer com um Fox com mais equipamentos de conforto, mesmo tendo sob o capô um motor 1.0, menos potente (mas também econômico), pode ser covardia ao considerar o comportamento atual do consumidor brasileiro.

Por Priscila Dal Poggetto - G1, em São Bernardo do Campo (SP)
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