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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/03/2011 | Veículos
Primeiras impressões: Toyota Corolla 2012
Wagner Moura e Selton Mello serão os “garotos propaganda” do novo Corolla 2012, que chega às lojas no dia 29 deste mês. O comercial bem humorado com os dois atores será a jogada de marketing da Toyota para atrair consumidores mais jovens ao modelo que pertence a um segmento considerado de “tiozão”, o de sedãs médios. A ideia é mostrar que o carro está visualmente mais moderno e promover o lançamento do motor 1.8 16V Dual VVTi. Tudo para o carro-chefe da marca japonesa não perder espaço para concorrentes não só como Civic, Vectra e Cerato, mas também SUVs como Hyundai Tucson e Kia Sportage.

A meta da Toyota é vender, pelo menos, 55 mil unidades do modelo, que é o líder do segmento com 30% de participação neste mercado. Para não perder público, os preços foram reajustados, mas sem nenhuma exorbitância. A versão básica, a XLi 1.8 manual, tem preço sugerido em R$ 63.570; a XLi 1.8 automática sai por R$ 67.570. Já a GLi 1.8 manual custa R$ 67.070 e a automática, R$ 70.570. A opção XEi 2.0 automática tem preço sugerido em R$ 76.770.

A versão topo de linhas, Altis, foi a única com redução de preço: de R$ 89.180 para R$ 87.500. O diferencial dela está no bonito acabamento interno em motivo de madeira, câmera de auxílio a manobras quando a marcha à ré é engatada – o monitor com as imagens fica no espelho retrovisor interno –, break light em LEDs e bluetooth.

Apesar das mudanças - que incluem ainda um novo câmbio manual de seis velocidades - o novo Corolla continua o mesmo. É apenas a atualização da 10ª geração do modelo. De uma forma geral, somente o novo motor se destaca no conjunto, como o G1 conferiu na versão GLi 1.8 manual durante avaliação de 300 quilômetros por estradas no interior de São Paulo.

Toyota quer vender mais de 100 mil carros no mercado brasileiro em 2011 Vendas de SUVs superam as de sedãs médios no Brasil Externamente, a percepção é de um carro esteticamente mais leve. O novo conjunto formado por faróis, grade frontal, para-choque e faróis de neblina verticais dão a sensação de que o carro está mais baixo, em outras palavras, mais esportivo. O conjunto traseiro traz também novas lanternas e linhas alinhadas horizontalmente, o que dá uma levantada no porta-malas.

Porém, o interior desta versão testada (considerada intermediária) deixa muito a desejar. As cores mais claras - foi utilizada uma mistura de prata brilhante com preto – foram acertadas e ajudam a ampliar a sensação de espaço. No entanto, o acabamento é feito em um plástico bem simples e o novo tecido utilizado nos bancos empobreceu o modelo. Para um carro de, no mínimo R$ 63.570, esperava-se pelo menos plásticos emborrachados na parte interna.

Outro ponto negativo é o porta-luvas duplo. Um fica em cima do outro, o que deixa o módulo ocupar metade do espaço que seria para as pernas do passageiro. Além disso, o que fica na parte superior é bem raso, ou seja, não é tão funcional quanto deveria ser. Fora isso, o painel continua bem simples.

Como a estrutura do modelo não foi mudada, a grande qualidade do Corolla continua a mesma: o amplo espaço interno. Apesar de ser um sedã médio, ele acomoda confortavelmente cinco passageiros. O motorista, inclusive, fica em uma ótima posição de dirigir e tem boa visibilidade. Por causa disso, o ajuste dos espelhos é bem fácil.

Motor é o destaque

A Toyota acertou no motor 1.8. Com a nova tecnologia, que traz como características a alta taxa de compressão, refrigeração dos pistões a óleo e bloco e cárter de alumínio, o carro mostra nítida melhora na performance. Abastecido com etanol, o propulsor flex garante 144 cavalos de potência máxima a 6.000 rpm e torque máximo de 18,6 kgfm a 4.800 rpm. A velocidade de 0 a 100 km/h é atingida em 12,7 segundos e, segundo a Toyota, o consumo médio é de 7,46 km/l (o carro tem etiqueta de consumo “A”).

O destaque fica para as retomadas rápidas, conferidas nas ultrapassagens durante o percurso nas rodovias Bandeirantes, Anhanguera e Dom Pedro I. De acordo com a fabricante, com este motor, as retomadas de 60 a 100 km/h são feitas em 8,4 segundos.

O conjunto é completado pela nova transmissão manual de seis velocidades, opção que começa a ser adotada cada vez mais pelas montadoras no Brasil. Esse tipo de câmbio reduz o consumo de combustível e, ao mesmo tempo, garante maior conforto ao condutor na “administração” das trocas conforme a rotação. Apesar de ser um bom câmbio, ele não tem encaixes tão precisos, como é o caso da transmissão de seis marchas disponibilizada pela Nissan no mercado nacional.

Quem esperava melhorias na estabilidade do Corolla — a parte traseira continua a puxar nas curvas — ou uma sofisticada nas versões mais simples terá de esperar a próxima geração chegar.

Por Priscila Dal Poggetto - G1, em Atibaia (SP)
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