NOTÍCIA ANTERIOR
Renault anuncia recall em 10,5 mil carros
PRÓXIMA NOTÍCIA
Abeiva solicita ao governo federal revisão do IPI para carros importados
DATA DA PUBLICAÇÃO 28/01/2012 | Veículos
Primeiras impressões: Mitsubishi Lancer GT e Sportback
Pegada esportiva e visual agressivo são destaques.
O difícil é o importado abrir espaço na concorrida briga de sedãs médios.

A Mitsubishi ganhou fama no Brasil pela gama 4x4. Com quase todos os modelos fabricados em Catalão (GO), a marca conseguiu preços competitivos; tanto que L200 e Pajero terminaram 2011 no terceiro lugar no ranking de mais vendidos de suas categorias (picape grande e SUV, respectivamente), segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No fim do ano passado, a montadora japonsesa decidiu entrar em mais uma briga, bem diferente: a dos sedãs médios.

Até então, a Mitsubishi só importava o topo de linha Lancer Evolution X, hoje na casa dos R$ 220 mil. Agora, as lojas brasileiras oferecem o Lancer a partir de R$ 68,9 mil (Lancer M, com câmbio mecânico). A chamada linha sedã do modelo é completada pelo CVT (R$ 74,9 mil, com câmbio automático de 6 marchas e opção de troca de marchas no volante) e o GT (R$ 86,9 mil, com teto solar e bancos em couro). Por mais R$ 4 mil, a configuração do GT vem com faróis xênon, lavador de farol e retrovisor interno "eletrocrômico" – que escurece sozinho em caso de farol alto.

A marca trouxe ainda ao Brasil o Lancer Sportback Ralliart, a versão fastback do GT. Ambas foram experimentadas pelo G1 cada uma em um trajeto de cerca de 120 km, urbano e de estrada, entre São Paulo e o distrito de Sousas, em Campinas (SP).

Herança esportiva
A linha sedã herdou muito do visual do Evolution, sobretudo a grade frontal e o famoso “nariz de tubarão”, que lhe dão o visual que parece ser o mais agressivo de uma categoria vista por muitos como “de tiozão”, liderada pelo Toyota Corolla. Por sua proposta, o Lancer chega como opção para quem gosta de um sedã bem equipado, porém mais arrojado. Daí o fato de o Corolla não ser apontado como um dos principais concorrentes do topo de linha GT na tabela acima e o Mercedes-Benz Classe C (C180), modelo abaixo de R$ 120 mil da marca alemã, sim.

No modo normal de transmissão, o carro oferece uma jornada confortável e tranquila para condutor e passageiros, mas, mudando para o Sports, o motor 2.0 16 válvulas a gasolina não esquece a “herança” do Evolution e responde prontamente quando se quer um pouco mais de "pegada". E, como dito acima, o paddle-shifters (borboletas) dão a opção da troca de marchas ao volante, completando a sensação de estar guiando um esportivo.

A potência máxima do bloco é de 160 cv a 6.000 rpm. Segundo a montadora, o sedã vai de 0 a 100 km/h em 10,7 segundos. A velocidade máxima é de 198 km/h e o torque, de 20,1 kgfm a 4.200 rpm. Mas, dentro do carro, mesmo na estrada, predomina o silêncio.

As rodas de liga leve aro 18 são montadas em suspensão dianteira e traseira independentes. A das rodas da frente é do tipo McPherson,com barra estabilizadora. As de trás também reforço na barra e são Multilink. O resultado é que o carro de 1.360 kg, mesmo com uma condução mais ousada, responde rápido ao comando do volante e gruda no chão.

Os itens de segurança do GT incluem ainda freios ABS e sistema EBD (distribuição eletrônica de frenagem) e BAS (auxílio a frenagens de emergência) e 9 airbags: 2 frontais (motorista e passageiro), 1 de joelho (para motorista), 4 de cortina e 2 laterais. No MT e no CVT, são dois airbags frontais.

Interno
Com bom espaço interno, o Lancer tem 4,57 m de comprimento, 2,63 m de entre-eixos, 1,76 m de largura e 1,49 m de altura, maior que a dos principais concorrentes. Toda a linha vem com piloto automático, computador de bordo, ar-condicionado automático e sistema multimídia, entre outros. Quem se anima com a aparência marcante do lado de fora pode se decepcionar com o interior, onde não há ousadias. O painel é sóbrio, de plástico –mas agradável ao toque- e a cor preta predomina. O porta-malas de 413 litros do sedã, mesmo com a facilidade de os braços de fixação da tampa serem externos, o deixa em desvantagem nesse quesito, em relação aos concorrentes.

Mercado
Apesar da proposta diferenciada, na prática, o Lancer sedã pouco mexerá com a categoria: a briga ainda continuará restrita a Corolla e Honda Civic, agora renovado. Juntos, no ano passado, eles abocanharam 38% das vendas de sedãs médios, com 4,4 mil unidades do sedã da Toyota e 1,91 mil do modelo da Honda emplacadas, em média, ao mês. A Mitsubishi começou importando 500 unidades mensais do Lancer sedã.

O cenário, no entanto, pode mudar quando (e se) o modelo passar a ser fabricado no Brasil. Com o aumento da produção em Catalão, a nacionalização do crossover ASX é esperada ainda para este ano. Com um motor flex –trunfo dos lideres da categoria-, o Lancer poderia lutar por mais espaço.

Por ora, uma preocupação dos internautas que comentaram a chegada da linha ao Brasil era o preço das revisões do importado. Segundo a Mitsubishi, o gasto com a manutenção programada fica em R$ 3.100, com preços fixos da primeira à 10ª, partindo de R$ 325. O carro tem garantia de 3 anos.

Sportback
A versão Sportback do Lancer, que chegou junto com a linha sedã, no fim do ano, já não tem a pretensão de comprar grandes brigas. Custando R$ 149,9 mil, ela pode ser vista como uma opção para quem tem condições de investir em um esportivo, mas não chegaria aos R$ 216,9 mil do Evolution X. E vem com a assinatura Ralliart, a divisão de competição da Mitsubishi.

Pelas características e pelo preço, seu concorrente mais provável no Brasil é o Subaru Impreza WRX 2.5 (R$ 139,5 mil pela tabela Fipe).

De frente, o Sportback tem visual semelhante aos sedãs da linha, mas mostra ao que veio com aberturas para entrada e saída de ar no capô de alumínio. Na traseira, o aerofólio foi instalado na linha do teto, para, segundo a marca, melhorar a estabilidade.

Além das suspensões independentes, freios ABS e sistema EBD, a segurança é reforçada com o controle de estabilidade e de tração – experimentado em uma pequena serra, com curvas fechadas, o carro confirmou a proposta.

O motor 2.0 turbo empolga: entrega até 250 cv, a 6.000 rpm, e a velocidade máxima é de 220 km/h. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 7,1 segundos, ainda de acordo com a montadora. O conjunto é completado pela transmissão automatizada de 6 marchas com dupla embreagem, a mesma que equipa o Evolution X, assim como o bloco.

Os demais itens de série são basicamente os do GT –mas o teto solar é opcional. A ideia da Mitsubishi com o Sportback é justamente ter um esportivo com as vantagens de um sedã na cabine. Mas o desenho do carro é mais o de um cupê: por isso, o porta-malas é melhor que o do “irmão”, com 440 l.

Por Luciana de Oliveira - G1, em São Paulo
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Veículos
19/09/2018 | Volkswagen faz recall de uma unidade do Tiguan Allspace
19/09/2018 | Detran.SP leiloa 287 veículos na Grande São Paulo
18/09/2018 | Prefeitura de SP lança site para divulgar dados sobre acidentes de trânsito
As mais lidas de Veículos
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7718 dias no ar.