NOTÍCIA ANTERIOR
GM suspende venda de Chevrolet Cruze por problema nos airbags
PRÓXIMA NOTÍCIA
Ford lança novo Focus ST no Festival de Goodwood
DATA DA PUBLICAÇÃO 27/06/2014 | Veículos
Primeiras impressões: Mini Cooper 2015
Primeiras impressões: Mini Cooper 2015 Terceira geração ficou maior e mais robusta (Foto: Caio Kenji / G1)
Terceira geração ficou maior e mais robusta (Foto: Caio Kenji / G1)
Hatch tem nova plataforma, ficou maior e ganhou equipamentos.

Motorizações também mudaram: agora vão de 1.2 a 2.0, sempre turbo.

Recém-lançada no Brasil, a nova geração do Mini Cooper mostra que o ditado "em time que está ganhando não se mexe" só vale para o seu visual. A "cara" continua a mesma, com exceção de detalhes, como os novos faróis.

A terceira geração ficou maior e mais parruda, cada vez menos lembrando o carrinho acanhado do final dos anos 50. Mas as mudanças mais significativas estão onde o motorista não consegue ver.

A plataforma é completamente nova, e os materiais usados na construção, aços de alta resistência, contribuem para uma redução no 5 kg no peso final, segundo a Mini. São 1.175 kg ao total, apesar do aumento considerável nas dimensões externas. Há ainda uma nova linha de motores e o tanque de combustível foi aumentado de 40 para 44 litros.

O novo Cooper desembarca no país no momento em que a marca completa cinco anos de operação no mercado brasileiro. Inicialmente, está disponível nas versões Cooper, por R$ 89.950, Cooper S Exclusive Navi, de R$ 113.950, e Cooper S Top, por R$ 124.950, todas com câmbio automático de seis marchas. Entre agosto e setembro, chegará a versão Cooper S Exclusive, de R$ 107.950, e, em novembro, a mais básica, One, ainda sem preço definido.

Maior e mais moderno
Com 3,82 m de comprimento, 2,50 m de entre-eixos, 1,73 m de largura e 1,41 m de altura, o novo Mini Cooper ficou 9,8 cm, 2,8 cm, 2,6 cm e 1,4 cm maior, respectivamente, do que a geração anterior. O Cooper S tem comprimento um pouco maior: 3,86 m. O Cooper Mark I, de 1959, por exemplo, tinha apenas 3,05 m de comprimento e entre-eixos de 2,04 m.

Debaixo do capô, os propulsores 1.6 quatro cilindros da BMW dão lugar a uma linha de motores de três ou quatro cilindros, que deslocam 1,2, 1,5 ou 2 litros, sempre com a tecnologia TwinPower Turbo e injeção direta de combustível, que promete mais economia. A versão básica, One, terá um 1.2 de três cilindros e 102 cavalos. A Cooper também tem um tricilíndrico, mas de 1,5 litro e 136 cv. Por fim, as versões Cooper S contam com um 2.0 quatro cilindros de até 192 cv.

Ao volante
O G1 avaliou o novo Mini Cooper em um autódromo na cidade de Indaiatuba (SP), com as motorizações 1.5 e 2.0, e utilizando os três modos de condução disponíveis: Mid, Sport e Green. A opção por alterar a maneira de dirigir, aliás, é inédita no carro. Para escolher o modo, basta girar um anel seletor, posicionado na base do câmbio.

Em cada uma das configurações, são alterados o peso da direção e respostas da suspensão e do acelerador. Como os nomes já adiantam, a opção Green (verde, em inglês) privilegia a redução de consumo; a Mid é indicada para o cotidiano, enquanto a Sport tem comportamento bem diferente, mais arredio e divertido.

Na pista, os 56 cv que separam os motores 1.5 e 2.0 fizeram diferença. Não que o propulsor menor seja incompetente, pelo contrário. No dia a dia, os 136 cv do 1.5 são mais do que suficientes. A questão é que, com o propulsor 2.0, o Mini Cooper S fica muito mais divertido de se guiar, tanto em comportamento, como pelo ronco do motor, muito mais encorpado. Aliás, o som característico de motores três cilindros não é tão perceptível no Cooper. Nos dois casos, o câmbio casa muito bem com o motor, proporcionando trocas precisas, no momento certo.

Mudanças visuais discretas
Mesmo com mudanças discretas, o Mini está diferente da geração anterior, de 2006. Porém, conserva a essência que ganhou na reformulação completa de 2001, quando avançou tecnologicamente 40 anos em relação ao antigo Mini.

Os faróis são novos no formado e no tipo de iluminação. Nas versões One e Cooper, são lâmpadas halógenas (comuns), enquanto no Cooper S, as luzes são de led.

A grade também mudou, e agora se prolonga até o para-choque. A tomada de ar inferior ficou menor e ganhou contorno cromado, acompanhando a grade principal.

Rodas e maçanetas estão diferentes. Na traseira, as lanternas ficaram mais largas, enquanto o para-choque foi redesenhado.

As versões Cooper e Cooper S podem, ainda, ser diferenciadas por detalhes. Na Cooper S, a grelha da grade possui formato de colmeia, com uma letra S no canto direito. A tomada de ar inferior ganha dois cromados nas extremidades. Na traseira, o escapamento tem saída dupla, e centralizada. As rodas, de 17 polegadas, são maiores do que as de 16 da Cooper, e 15, na One.

Interior renovado
As maiores mudanças no Mini, além da parte mecânica, aconteceram no interior, conferindo ao hatch grande melhora em ergonomia. O comando dos vidros elétricos não fica mais na parte baixa do console central, e está agora na posição tradicional, nas próprias portas.

Marca registrada do Mini, o cluster (painel informatizado) em formato de círculo continua no centro do console, porém não ostenta mais o velocímetro, que migrou para atrás do volante, junto com o conta-giros e o marcador de combustível. A partida agora é sem chave e feita por meio de uma tecla no console.

O quadro de instrumentos central ganhou um contorno com leds coloridos, que mudam de cor e interagem de acordo com a informação exibida. Nos modos de direção, o anel varia entre amarelo (Mid), verde (Green) ou vermelho (Sport).

Se a tela está exibindo informações de mapas, o arco se ilumina de azul. Conforme o motorista se aproxima do destino, as luzes vão completando um círculo. Ao ajustar a temperatura do ar-condicionado, os leds variam entre azul e vermelho, dependendo do ajuste feito pelo motorista, para deixar a cabine mais fria ou mais quente. Se o motorista não quiser as animações, pode desativar, nas configurações do veículo.

A partir da versão Cooper S, há o Mini Connected, central multimídia que permite acessar redes sociais, streaming de rádios e todas as configurações do veículo.

O que não mudou é o acanhamento da cabine. O Mini Cooper é um carro de imagem (aqueles que cativam o consumidor pelo emocional), ideal para quem não precisa levar mais do que um acompanhante. Isso porque o espaço nos bancos traseiros é apertado para dois ocupantes com mais de 1,70 m. Por outro lado, o porta-malas agora acomoda 211 litros, ou 51 a mais do que na geração anterior. Não chega a ser um grande compartimento, mas leva duas malas pequenas com sobras.

Equipamentos e preços
O fator que mais joga contra o novo Mini Cooper é a relação dos preços com os equipamentos de cada versão.

A Cooper, de quase R$ 90 mil, por exemplo, tem, de série, ar-condicionado digital de duas zonas, seis airbags, controles de estabilidade e tração. Características que devem aborrecer o comprador de um carro desta faixa são os bancos de tecido e o rádio, simplório, de iluminação monocromática laranja.

Saltando para a opção intermediária, Cooper S Exclusive Navi, o preço sobe para R$ 113.950, mas a oferta de equipamentos melhora consideravelmente. Nela, além do motor 2.0, há saída dupla de escape, central multimídia de 6,5 polegadas com Mini Connected e sistema de navegação, rodas de 17 polegadas, faróis com iluminação integral em leds e borboletas (paddle shifts) na direção para trocas de marchas.

A top, além dos itens da Exclusive Navi, troca a tela de 6,5 para 8,8 polegadas e adiciona navegação Mini Profissional, Drive Assistant, teto solar panorâmico, som Harman Kardon e head up display (placa de acrílico posicionada a frente do motorista com informações como velocidade). Nesse caso, há um acréscimo de R$ 11 mil, chegando aos R$ 124.950.

Conclusão
Quem deseja um "carro de imagem" e tem menos de R$ 100 mil para investir, deve olhar para o Cooper, mas sair em busca de outras opções. Uma boa pedida é o Fusca, de R$ 91.250. O modelo da Volkswagen, além do motor mais potente, um 2.0 turbo de 211 cv, tem sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, multimídia e bancos aquecidos e revestidos em couro de série.

Porém, se esse comprador estiver disposto a ultrapassar os R$ 110 mil, terá no Cooper S, especialmente na versão top, uma boa opção em termos mecânicos e pacote tecnológico.

Por André Paixão - G1, em Indaiatuba (SP)
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Veículos
19/09/2018 | Volkswagen faz recall de uma unidade do Tiguan Allspace
19/09/2018 | Detran.SP leiloa 287 veículos na Grande São Paulo
18/09/2018 | Prefeitura de SP lança site para divulgar dados sobre acidentes de trânsito
As mais lidas de Veículos
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7717 dias no ar.