NOTÍCIA ANTERIOR
Com novo recorde, Corolla é o mais vendido no mundo em 2014
PRÓXIMA NOTÍCIA
Golf Variant ganha versão esportiva a diesel pela 1ª vez
DATA DA PUBLICAÇÃO 28/01/2015 | Veículos
Primeiras Impressões: Lexus CT200h
Conjunto mecânico vem do Toyota, mas lista de equipamentos é extensa.

Com visual arrojado, hatch consegue fazer mais de 15 km/l na cidade.


A letra “L” estilizada no logotipo do capô não ajuda muito na identificação da Lexus por quem não está familiarizado com a marca nas ruas. Pudera, a montadora de luxo que pertence à Toyota é extremamente exclusiva. São apenas duas concessionárias em todo o país, ambas em São Paulo, que vendem os cinco modelos da linha no Brasil.

O mais barato deles é CT200h, um híbrido (com um motor a combustão e outro elétrico) que parte de R$ 134 mil na versão Eco. Na Luxury, o preço sobe para R$ 154 mil.

O G1 avaliou a versão mais equipada do hatch. Em relação ao modelo mais “básico”, ele conta com bancos de couro perfurado, com aquecimento e regulagens elétricas, teto solar elétrico, faróis de LED com lavador e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.

O modelo mais "barato", entretanto, não é despojado. Ele já vem muito bem equipado. Há ar-condicionado digital de duas zonas, direção elétrica, central multimídia, 8 airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, central multimídia, acesso e partida sem chave e retrovisores rebatíveis eletricamente.

Modelo "de entrada" da Lexus, o CT200h não é para qualquer um. Mas, por baixo do traje de gala, há um Toyota Prius. Os dois japoneses compartilham a base mecânica composta por um motor a combustão de 1.8 litro e 99 cavalos e outro elétrico, que gera o equivalente a 82 cv. Somados, eles proporcionam 136 cv e 21 kgfm de torque ao hatch de 1.465 kg.

Como funciona?
Há quatro modos de o motorista guiar o CT200h. Em todos eles, o sistema híbrido aciona o motor elétrico quando necessário, sem a intervenção do condutor. Se a ideia é melhorar o consumo, basta girar o seletor (localizado abaixo dos comandos rádio) para a esquerda. Dessa forma está acionado o mapa Eco.

Com ele (e contando com o bom senso do motorista, de pisar moderadamente e progressivamente no acelerador), o sistema busca empurrar o carro apenas com o motor elétrico. Em um rápido teste, foi possível chegar aos 40 km/h utilizando somente a eletricidade. Em velocidades mais altas e com cargas maiores, o motor a gasolina é acionado.

Neste modo, o G1 anotou médias de consumo do CT200h. Na cidade, onde o motor elétrico é acionado com maior frequência, o hatch alcançou a média de 15,3 km/l. Na estrada, onde o motor a combustão atua com o elétrico, o consumo foi pior, de 14,8 km/l, o que é normal em híbridos, já que o motor elétrico não é tão utilizado. De qualquer forma, ele apresenta índices semelhantes a veículos populares, com motor 1.0 e bem mais leves.

'Bipolar'
Com tamanho apelo “ecológico”, parece que o CT200h não oferece diversão para quem gosta de acelerar. Errado. No modo Sport, na maior parte do tempo os dois motores estão acionados, para gerar o máximo de potência e torque para o hatch. Além disso, o quadro de instrumentos se transforma. Saem de cena o indicador de consumo ou regeneração de energia e a iluminação azul, para dar lugar a luz vermelha e um conta-giros convencional, mostrando um lado menos pacato do hatch.

O resultado é um desempenho agrada, mas em absolutamente nada lembra o “primo distante” LFA, superesportivo da Lexus de 552 cv. Mas a questão é que acaba sendo mais “divertido” pisar mais leve no acelerador e gastar menos combustível do que chegar alguns minutos antes ao destino.

No modo normal, o CT200h busca o equilíbrio entre o Sport e o ECO, acionando o motor auxiliar quando a solicitação por velocidade aumenta. No último modo, EV, o carro só se move usando o propulsor elétrico. Porém, a autonomia é limitada, já que depende do nível de carga da bateria.

Esta, aliás, é recarregada automaticamente em dois momentos: quando o motorista tira o pé do acelerador e deixa o carro “rolar” em frenagens, usando o sistema de regeneração de energia cinética.

Visual e aerodinâmica
Com um visual invocado, o CT200h sugere ser muito mais esportivo do que de fato é. Dá até para fazer uma analogia "ousada" com o Hyundai Veloster, que também é mais conhecido por suas linhas arrojadas do que pelo desempenho. Porém, uma das grandes diferenças entre os dois modelos está no fato de o Lexus não ser veloz, mas, pelo menos, consumir muito menos combustível.

Além de criar um desenho exuberante, os projetistas da marca também conseguiram reduzir a resistência ao ar do veículo. O coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,29 é considerado excelente para um hatch, e pode ser comparado a sedãs, que tradicionalmente possuem menor arrasto, como o Audi A3 Sedan (0,30) e esportivos, como a Ferrari F12berlinetta (0,29).

Um dos motivos para um número tão bom é a pouca altura do assoalho para o solo, de apenas 14 cm. Por isso, é bom redobrar a atenção em valetas e lombadas mais altas, pois o carro pode raspar com frequência.

Interior 'tiozão'
Todo o dinamismo que se vê no exterior é perdido ao entrar no CT200h. Extremamente conservadora, a cabine do hatch aposta na sobriedade. Todos os comandos estão onde um consumidor mais tradicional espera encontra-los, sem frescuras ou ousadias estéticas.

A central multimídia é operada por uma espécie de mouse, localizado abaixo da alavanca de câmbio. Seu funcionamento poderia ser mais intuitivo, sobretudo se a tela de 8 polegadas fosse sensível ao toque. Porém, a central multimídia é polivalente. Ela possui, além do rádio e CD player, DVD player, TV digital e exibe imagens da câmera de ré, coordenadas do navegador e informações de climatização da cabine.

Porém, alguns comandos ficam “soltos”, e são acionados apenas por botões. Além do volume, a mudança de estação no dial e a fonte reprodutora de áudio só podem ser configuradas por teclas “convencionais”.

Ainda sobre o som, o sistema da Panasonic tem 10 alto-falantes e 2 tweeters faz jus ao “pedigree” Lexus. Seja a música popular ou a mais erudita delas, os ouvidos serão agraciados com um som de qualidade.

O acabamento acompanha o alto padrão. Há muito couro e alumínio espalhado pela cabine. Mérito da Lexus que não baixou a qualidade dos materiais em seu modelo de entrada. O único senão são os bancos em tom claro de couro. O bege, além de não ser a cor favorita dos brasileiros, também está mais sujeita a aparentar sujeiras. Mas nada que o dono de um Lexus não possa pagar pela limpeza.

Mercado
Com o recente anúncio da redução do imposto de importação para veículos híbridos sem recarga e com motores entre 1.0 e 3.0 litros, o CT200h acabou beneficiado. Porém, a Lexus afirma que só irá promover mudanças na tabela quando o modelo se tornar linha 2015, o que, até agora, ainda não aconteceu.

Enquanto não tem o preço reduzido, ele ocupa um segmento quase único entre os híbridos. Não concorre com o Prius, por ser muito mais sofisticado, e também não faz frente ao Ford Fusion Hybrid, que, apesar ter preço próximo, é muito maior e mais espaçoso.

Assim, os “concorrentes” mais próximos acabam sendo outros hatches premium, que, se por um lado apostam em esportividade, por outro contam com pacote de equipamentos, preço e tamanho similares.

Por André Paixão - G1, em São Paulo
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Veículos
19/09/2018 | Volkswagen faz recall de uma unidade do Tiguan Allspace
19/09/2018 | Detran.SP leiloa 287 veículos na Grande São Paulo
18/09/2018 | Prefeitura de SP lança site para divulgar dados sobre acidentes de trânsito
As mais lidas de Veículos
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7718 dias no ar.