DATA DA PUBLICAÇÃO 28/01/2015 | Veículos
Primeiras Impressões: Lexus CT200h
Conjunto mecânico vem do Toyota, mas lista de equipamentos é extensa.
Com visual arrojado, hatch consegue fazer mais de 15 km/l na cidade.
A letra “L” estilizada no logotipo do capô não ajuda muito na identificação da Lexus por quem não está familiarizado com a marca nas ruas. Pudera, a montadora de luxo que pertence à Toyota é extremamente exclusiva. São apenas duas concessionárias em todo o país, ambas em São Paulo, que vendem os cinco modelos da linha no Brasil.
O mais barato deles é CT200h, um híbrido (com um motor a combustão e outro elétrico) que parte de R$ 134 mil na versão Eco. Na Luxury, o preço sobe para R$ 154 mil.
O G1 avaliou a versão mais equipada do hatch. Em relação ao modelo mais “básico”, ele conta com bancos de couro perfurado, com aquecimento e regulagens elétricas, teto solar elétrico, faróis de LED com lavador e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.
O modelo mais "barato", entretanto, não é despojado. Ele já vem muito bem equipado. Há ar-condicionado digital de duas zonas, direção elétrica, central multimídia, 8 airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, central multimídia, acesso e partida sem chave e retrovisores rebatíveis eletricamente.
Modelo "de entrada" da Lexus, o CT200h não é para qualquer um. Mas, por baixo do traje de gala, há um Toyota Prius. Os dois japoneses compartilham a base mecânica composta por um motor a combustão de 1.8 litro e 99 cavalos e outro elétrico, que gera o equivalente a 82 cv. Somados, eles proporcionam 136 cv e 21 kgfm de torque ao hatch de 1.465 kg.
Como funciona?
Há quatro modos de o motorista guiar o CT200h. Em todos eles, o sistema híbrido aciona o motor elétrico quando necessário, sem a intervenção do condutor. Se a ideia é melhorar o consumo, basta girar o seletor (localizado abaixo dos comandos rádio) para a esquerda. Dessa forma está acionado o mapa Eco.
Com ele (e contando com o bom senso do motorista, de pisar moderadamente e progressivamente no acelerador), o sistema busca empurrar o carro apenas com o motor elétrico. Em um rápido teste, foi possível chegar aos 40 km/h utilizando somente a eletricidade. Em velocidades mais altas e com cargas maiores, o motor a gasolina é acionado.
Neste modo, o G1 anotou médias de consumo do CT200h. Na cidade, onde o motor elétrico é acionado com maior frequência, o hatch alcançou a média de 15,3 km/l. Na estrada, onde o motor a combustão atua com o elétrico, o consumo foi pior, de 14,8 km/l, o que é normal em híbridos, já que o motor elétrico não é tão utilizado. De qualquer forma, ele apresenta índices semelhantes a veículos populares, com motor 1.0 e bem mais leves.
'Bipolar'
Com tamanho apelo “ecológico”, parece que o CT200h não oferece diversão para quem gosta de acelerar. Errado. No modo Sport, na maior parte do tempo os dois motores estão acionados, para gerar o máximo de potência e torque para o hatch. Além disso, o quadro de instrumentos se transforma. Saem de cena o indicador de consumo ou regeneração de energia e a iluminação azul, para dar lugar a luz vermelha e um conta-giros convencional, mostrando um lado menos pacato do hatch.
O resultado é um desempenho agrada, mas em absolutamente nada lembra o “primo distante” LFA, superesportivo da Lexus de 552 cv. Mas a questão é que acaba sendo mais “divertido” pisar mais leve no acelerador e gastar menos combustível do que chegar alguns minutos antes ao destino.
No modo normal, o CT200h busca o equilíbrio entre o Sport e o ECO, acionando o motor auxiliar quando a solicitação por velocidade aumenta. No último modo, EV, o carro só se move usando o propulsor elétrico. Porém, a autonomia é limitada, já que depende do nível de carga da bateria.
Esta, aliás, é recarregada automaticamente em dois momentos: quando o motorista tira o pé do acelerador e deixa o carro “rolar” em frenagens, usando o sistema de regeneração de energia cinética.
Visual e aerodinâmica
Com um visual invocado, o CT200h sugere ser muito mais esportivo do que de fato é. Dá até para fazer uma analogia "ousada" com o Hyundai Veloster, que também é mais conhecido por suas linhas arrojadas do que pelo desempenho. Porém, uma das grandes diferenças entre os dois modelos está no fato de o Lexus não ser veloz, mas, pelo menos, consumir muito menos combustível.
Além de criar um desenho exuberante, os projetistas da marca também conseguiram reduzir a resistência ao ar do veículo. O coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,29 é considerado excelente para um hatch, e pode ser comparado a sedãs, que tradicionalmente possuem menor arrasto, como o Audi A3 Sedan (0,30) e esportivos, como a Ferrari F12berlinetta (0,29).
Um dos motivos para um número tão bom é a pouca altura do assoalho para o solo, de apenas 14 cm. Por isso, é bom redobrar a atenção em valetas e lombadas mais altas, pois o carro pode raspar com frequência.
Interior 'tiozão'
Todo o dinamismo que se vê no exterior é perdido ao entrar no CT200h. Extremamente conservadora, a cabine do hatch aposta na sobriedade. Todos os comandos estão onde um consumidor mais tradicional espera encontra-los, sem frescuras ou ousadias estéticas.
A central multimídia é operada por uma espécie de mouse, localizado abaixo da alavanca de câmbio. Seu funcionamento poderia ser mais intuitivo, sobretudo se a tela de 8 polegadas fosse sensível ao toque. Porém, a central multimídia é polivalente. Ela possui, além do rádio e CD player, DVD player, TV digital e exibe imagens da câmera de ré, coordenadas do navegador e informações de climatização da cabine.
Porém, alguns comandos ficam “soltos”, e são acionados apenas por botões. Além do volume, a mudança de estação no dial e a fonte reprodutora de áudio só podem ser configuradas por teclas “convencionais”.
Ainda sobre o som, o sistema da Panasonic tem 10 alto-falantes e 2 tweeters faz jus ao “pedigree” Lexus. Seja a música popular ou a mais erudita delas, os ouvidos serão agraciados com um som de qualidade.
O acabamento acompanha o alto padrão. Há muito couro e alumínio espalhado pela cabine. Mérito da Lexus que não baixou a qualidade dos materiais em seu modelo de entrada. O único senão são os bancos em tom claro de couro. O bege, além de não ser a cor favorita dos brasileiros, também está mais sujeita a aparentar sujeiras. Mas nada que o dono de um Lexus não possa pagar pela limpeza.
Mercado
Com o recente anúncio da redução do imposto de importação para veículos híbridos sem recarga e com motores entre 1.0 e 3.0 litros, o CT200h acabou beneficiado. Porém, a Lexus afirma que só irá promover mudanças na tabela quando o modelo se tornar linha 2015, o que, até agora, ainda não aconteceu.
Enquanto não tem o preço reduzido, ele ocupa um segmento quase único entre os híbridos. Não concorre com o Prius, por ser muito mais sofisticado, e também não faz frente ao Ford Fusion Hybrid, que, apesar ter preço próximo, é muito maior e mais espaçoso.
Assim, os “concorrentes” mais próximos acabam sendo outros hatches premium, que, se por um lado apostam em esportividade, por outro contam com pacote de equipamentos, preço e tamanho similares.
Com visual arrojado, hatch consegue fazer mais de 15 km/l na cidade.
A letra “L” estilizada no logotipo do capô não ajuda muito na identificação da Lexus por quem não está familiarizado com a marca nas ruas. Pudera, a montadora de luxo que pertence à Toyota é extremamente exclusiva. São apenas duas concessionárias em todo o país, ambas em São Paulo, que vendem os cinco modelos da linha no Brasil.
O mais barato deles é CT200h, um híbrido (com um motor a combustão e outro elétrico) que parte de R$ 134 mil na versão Eco. Na Luxury, o preço sobe para R$ 154 mil.
O G1 avaliou a versão mais equipada do hatch. Em relação ao modelo mais “básico”, ele conta com bancos de couro perfurado, com aquecimento e regulagens elétricas, teto solar elétrico, faróis de LED com lavador e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.
O modelo mais "barato", entretanto, não é despojado. Ele já vem muito bem equipado. Há ar-condicionado digital de duas zonas, direção elétrica, central multimídia, 8 airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, central multimídia, acesso e partida sem chave e retrovisores rebatíveis eletricamente.
Modelo "de entrada" da Lexus, o CT200h não é para qualquer um. Mas, por baixo do traje de gala, há um Toyota Prius. Os dois japoneses compartilham a base mecânica composta por um motor a combustão de 1.8 litro e 99 cavalos e outro elétrico, que gera o equivalente a 82 cv. Somados, eles proporcionam 136 cv e 21 kgfm de torque ao hatch de 1.465 kg.
Como funciona?
Há quatro modos de o motorista guiar o CT200h. Em todos eles, o sistema híbrido aciona o motor elétrico quando necessário, sem a intervenção do condutor. Se a ideia é melhorar o consumo, basta girar o seletor (localizado abaixo dos comandos rádio) para a esquerda. Dessa forma está acionado o mapa Eco.
Com ele (e contando com o bom senso do motorista, de pisar moderadamente e progressivamente no acelerador), o sistema busca empurrar o carro apenas com o motor elétrico. Em um rápido teste, foi possível chegar aos 40 km/h utilizando somente a eletricidade. Em velocidades mais altas e com cargas maiores, o motor a gasolina é acionado.
Neste modo, o G1 anotou médias de consumo do CT200h. Na cidade, onde o motor elétrico é acionado com maior frequência, o hatch alcançou a média de 15,3 km/l. Na estrada, onde o motor a combustão atua com o elétrico, o consumo foi pior, de 14,8 km/l, o que é normal em híbridos, já que o motor elétrico não é tão utilizado. De qualquer forma, ele apresenta índices semelhantes a veículos populares, com motor 1.0 e bem mais leves.
'Bipolar'
Com tamanho apelo “ecológico”, parece que o CT200h não oferece diversão para quem gosta de acelerar. Errado. No modo Sport, na maior parte do tempo os dois motores estão acionados, para gerar o máximo de potência e torque para o hatch. Além disso, o quadro de instrumentos se transforma. Saem de cena o indicador de consumo ou regeneração de energia e a iluminação azul, para dar lugar a luz vermelha e um conta-giros convencional, mostrando um lado menos pacato do hatch.
O resultado é um desempenho agrada, mas em absolutamente nada lembra o “primo distante” LFA, superesportivo da Lexus de 552 cv. Mas a questão é que acaba sendo mais “divertido” pisar mais leve no acelerador e gastar menos combustível do que chegar alguns minutos antes ao destino.
No modo normal, o CT200h busca o equilíbrio entre o Sport e o ECO, acionando o motor auxiliar quando a solicitação por velocidade aumenta. No último modo, EV, o carro só se move usando o propulsor elétrico. Porém, a autonomia é limitada, já que depende do nível de carga da bateria.
Esta, aliás, é recarregada automaticamente em dois momentos: quando o motorista tira o pé do acelerador e deixa o carro “rolar” em frenagens, usando o sistema de regeneração de energia cinética.
Visual e aerodinâmica
Com um visual invocado, o CT200h sugere ser muito mais esportivo do que de fato é. Dá até para fazer uma analogia "ousada" com o Hyundai Veloster, que também é mais conhecido por suas linhas arrojadas do que pelo desempenho. Porém, uma das grandes diferenças entre os dois modelos está no fato de o Lexus não ser veloz, mas, pelo menos, consumir muito menos combustível.
Além de criar um desenho exuberante, os projetistas da marca também conseguiram reduzir a resistência ao ar do veículo. O coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,29 é considerado excelente para um hatch, e pode ser comparado a sedãs, que tradicionalmente possuem menor arrasto, como o Audi A3 Sedan (0,30) e esportivos, como a Ferrari F12berlinetta (0,29).
Um dos motivos para um número tão bom é a pouca altura do assoalho para o solo, de apenas 14 cm. Por isso, é bom redobrar a atenção em valetas e lombadas mais altas, pois o carro pode raspar com frequência.
Interior 'tiozão'
Todo o dinamismo que se vê no exterior é perdido ao entrar no CT200h. Extremamente conservadora, a cabine do hatch aposta na sobriedade. Todos os comandos estão onde um consumidor mais tradicional espera encontra-los, sem frescuras ou ousadias estéticas.
A central multimídia é operada por uma espécie de mouse, localizado abaixo da alavanca de câmbio. Seu funcionamento poderia ser mais intuitivo, sobretudo se a tela de 8 polegadas fosse sensível ao toque. Porém, a central multimídia é polivalente. Ela possui, além do rádio e CD player, DVD player, TV digital e exibe imagens da câmera de ré, coordenadas do navegador e informações de climatização da cabine.
Porém, alguns comandos ficam “soltos”, e são acionados apenas por botões. Além do volume, a mudança de estação no dial e a fonte reprodutora de áudio só podem ser configuradas por teclas “convencionais”.
Ainda sobre o som, o sistema da Panasonic tem 10 alto-falantes e 2 tweeters faz jus ao “pedigree” Lexus. Seja a música popular ou a mais erudita delas, os ouvidos serão agraciados com um som de qualidade.
O acabamento acompanha o alto padrão. Há muito couro e alumínio espalhado pela cabine. Mérito da Lexus que não baixou a qualidade dos materiais em seu modelo de entrada. O único senão são os bancos em tom claro de couro. O bege, além de não ser a cor favorita dos brasileiros, também está mais sujeita a aparentar sujeiras. Mas nada que o dono de um Lexus não possa pagar pela limpeza.
Mercado
Com o recente anúncio da redução do imposto de importação para veículos híbridos sem recarga e com motores entre 1.0 e 3.0 litros, o CT200h acabou beneficiado. Porém, a Lexus afirma que só irá promover mudanças na tabela quando o modelo se tornar linha 2015, o que, até agora, ainda não aconteceu.
Enquanto não tem o preço reduzido, ele ocupa um segmento quase único entre os híbridos. Não concorre com o Prius, por ser muito mais sofisticado, e também não faz frente ao Ford Fusion Hybrid, que, apesar ter preço próximo, é muito maior e mais espaçoso.
Assim, os “concorrentes” mais próximos acabam sendo outros hatches premium, que, se por um lado apostam em esportividade, por outro contam com pacote de equipamentos, preço e tamanho similares.
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Veículos
19/09/2018 | Volkswagen faz recall de uma unidade do Tiguan Allspace
19/09/2018 | Detran.SP leiloa 287 veículos na Grande São Paulo
18/09/2018 | Prefeitura de SP lança site para divulgar dados sobre acidentes de trânsito
As mais lidas de Veículos
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda