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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/01/2015 | Veículos
Primeiras impressões: Land Rover Discovery Sport
Na Islândia, G1 experimenta o SUV que será feito no Brasil.

Modelo custará menos, mas tem mais recursos off-road que 'irmão' Evoque.


Se alguma vez na vida você teve dificuldades para pegar uma pedra de gelo, seja com as mãos ou com um utensílio, deve imaginar como é difícil andar de carro sobre uma pista congelada. Foi este o desafio que a Land Rover propôs para o lançamento global do SUV Discovery Sport.

Na Islândia, o G1 percorreu cerca de 300 km com o modelo, que chega importado ao Brasil ainda no primeiro semestre deste ano, a partir de R$ 179.900. Em 2016, ele se tornará o primeiro carro a sair da futura fábrica Jaguar Land Rover em Itatiaia, no Rio de Janeiro.

Próxima ao círculo polar ártico, a Islândia é conhecida pelo clima instável e não decepcionou, com baixas temperaturas, muita neve, ventos de até 120 km/h e também chuva. As estradas eram de asfalto, pedra, terra, ou uma mistura de tudo, coberta por fina camada de gelo.

Mesmo assim, o substituto do Freelander 2 mostrou que é mais versátil que o "irmão" Range Rover Evoque – líder entre os utilitários esportivos de luxo no mercado brasileiro, com quase 6 mil unidades emplacadas em 2014.

Nova geração
Os dois modelos compartilham a mesma plataforma, são muito parecidos no desenho (compare abaixo), especialmente na parte frontal, mas o Discovery Sport tem 50% de peças diferentes, para ficar maior (para até 7 lugares) e mais agressivo que o utilitário de luxo em situações fora de estrada.

A novidade chega para ocupar o espaço intermediário na gama da Land Rover, ou seja, traz o visual cobiçado da linha refinada Range Rover (Evoque e Sport), aliado à capacidade para vencer obstáculos sem ser “quadradão” e bruto aos olhos como o Defender, que foi descontinuado e deve ser substituído em breve.

Off-road
Por fora, pode até parecer que o Discovery Sport é frágil, mas ele encarou sem vacilos todos os "humores" da geografia islandesa – uma ilha de formação vulcânica formada no encontro de duas placas tectônicas. A superfície em tons de branco, cinza e ocre esconde águas em ebulição, que explodem em gêiseres e geram a maior parte da energia elétrica do país.

“Nunca é possível saber” é a resposta padrão de todo islandês ao serem questionados como será o clima hoje. Em questão de horas, tudo pode mudar. Perto de 9h da manhã, a escuridão ainda é completa no inverno – o sol começa a aparecer depois das 10h e se põe antes das 17h.

Rajadas de vento criaram o primeiro obstáculo, ainda fora do veículo: sobre o gelo é difícil caminhar sem acessórios específicos, um verdadeiro teste de equilíbrio. O jeito era se escorar na fila de veículos alinhados.

Pelo menos, o Discovery Sport estava muito mais preparado para encarar o que vinha pela frente, com tração 4x4, pneus encravados de pregos e controle de estabilidade programado para diferentes tipos de terrenos (“padrão”, “grama, pedras ou neve”, “lama e barrancos” ou “areia”).

Foram poucas as situações em que foi preciso corrigir a trajetória no “braço”, mesmo nos trechos de terreno congelado e sob forte chuva – uma combinação das mais perigosas para motoristas. As rajadas de vento faziam o carro balançar, mas com estabilidade excepcional para um SUV. O trabalho é facilitado pela direção assistida eletronicamente, precisa e firme.

O modelo ainda venceu um riacho gelado até a metade das rodas e no final não ganhou nem um chocolate quente. Segundo a fabricante, é possível passar em segurança por até 60 centímetros de altura de água, o que pode ser uma habilidade útil para superar as enchentes no verão brasileiro.

Mecânica
A mecânica é a parte em que o Discovery Sport é menos inovador, mas não menos eficiente. Ele será equipado com motor turbo 2.0 litros a gasolina, o mesmo do Evoque, e desenvolve até 240 cavalos de potência. Além dele, haverá opção a diesel (2.2 litros de 190 cv), ainda sem data definida para chegar ao Brasil.

Enquanto o propulsor a gasolina encaixa-se perfeitamente no conjunto, com respostas à altura dos desafios, o movido diesel fica um pouco para trás em desempenho, sem brilho. Os dois serão combinados à transmissão automática de 9 marchas no Brasil – muito mais do que o necessário, mas, segundo a Land Rover, ela auxilia a reduzir o consumo de combustível.

Espaço
Para quem precisa de espaço, mas ainda quer ficar com um SUV compacto, o Discovery Sport conseguiu ganhar uma 3ª fileira de bancos, mesmo sendo mais curto que os rivais alemães, que não oferecem 7 lugares.

É claro que os 2 assentos extras (opcionais) não têm o mesmo conforto dos demais e ficam bem espremidos, mas são solução para trajetos curtos.

Para abrigar os passageiros a mais, o SUV teve a estrutura reforçada e recebeu nova suspensão integral multi-link na traseira, que faz um ótimo trabalho em filtrar os solavancos da pista, tanto no asfalto, quanto em superfícies mais irregulares, inclusive com buracos e pedras grandes.

Conforto
A Land Rover ainda não divulgou as versões que começam a chegar ao Brasil neste semestre. A versão avaliada na Islândia foi a topo de linha HSE Luxury, com tela multimídia central sensível ao toque, ar-condicionado digital, start-stop (que desliga momentaneamente o carro, quando ele para num semáforo, por exemplo), partida por botão e teto solar panorâmico, para apreciar a aurora boreal: um fenômeno que pinta o céu de cores peculiares nos extremos do planeta, mas que não se mostrou durante os dias de teste.

A cabine dos passageiros tem isolamento acústico de alta qualidade: pouco se houve do motor e do rolamento. Velocidades superiores a 80 km/h foram possíveis apenas na principal estrada islandesa, que acompanha um gigante cano de água naturalmente quente, em direção ao interior do país, e o nível de ruído permaneceu baixo.

O ponto negativo vai para o controle dos vidros, que fica inexplicavelmente na parte superior da porta, exatamente onde começa o vidro e perto do retrovisor, não no suporte para o braço, que fica no centro da porta, como é de costume.

Segurança
O Discovery Sport recebeu 5 estrelas nos testes de colisão feitos pelo Euro NCAP e é o primeiro da Land Rover a ter airbag para pedestres, o que foi inaugurado pela rival sueca Volvo. De acordo com a empresa, o modelo que será feito no Brasil deve ter o mesmo nível de segurança e conforto.

Conclusão
O Evoque é um sucesso de vendas, mas parece ter sido apenas um balão de ensaio para o que a marca britânica realmente pretendia fazer, o Discovery Sport. Ele junta todas as características que consagraram a Land Rover entre os aventureiros, sem deixar de lado o conforto.

Mesmo quem não pensa em colocar o carro em situações fora de cidades deve gostar do visual, e quem não escolheria um veículo mais completo por um mais preço atraente? Por isso, ele foi o escolhido para inaugurar a produção brasileira e tentar manter a liderança entre os SUVs de luxo.

Por Peter Fussy De Reykjavik (Islândia) - O jornalista viajou a convite da Land Rover - G1
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