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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/03/2013 | Veículos
Primeiras impressões: Hyundai HB20S
Sedã chega para ser uma das referências do segmento de compactos.

Motor 1.0 surpreende, mas câmbio automático de 4 marchas não condiz.


Os ciclos de lançamentos da indústria brasileira têm sido cada vez mais definidos. No ano passado, por exemplo, certo período foi claramente destinado ao segmento de picapes, que ganhou desde simples reestilizações até transformações que só deixaram intacto o nome do carro. Depois os holofotes se voltaram para os hatches compactos, começando pela reestilização do Volkswagen Gol, passando pelo lançamento (quase simultâneo) de Hyundai HB20 e Toyota Etios até a chegada do Chevrolet Onix.

Logo serão os crossovers compactos, como Peugeot 2008 e Chevrolet Trax. Agora, no entanto, é a vez do segmento de sedãs compactos, que, dentro de uma semana, ganhou dois dos seus principais representantes: Chevrolet Prisma e Hyundai HB20S.

O sedã produzido em Piracicaba (SP) e de ascendência sul-coreana terá de enfrentar não só seus rivais diretos – que, na extensa lista citada pela marca, inclui até modelos de categoria levemente superior, como Ford New Fiesta e Chevrolet Sonic –, mas também uma avalanche de críticas ao seu preço, que começa em R$ 39.450.

Em sua defesa, traz de série, desde a versão de entrada, Comfort Plus (motor 1.0), direção hidráulica, ar-condicionado, computador de bordo, sistema de som CD player, MP3 player, Bluetooth e entradas USB e auxiliar; fixações Isofix, chave canivete, alarme, vidros elétricos nas quatro portas, ajuste de altura do banco do motorista, volante com comandos do rádio e airbag duplo, entre os principais itens.

A justificativa da Hyundai é coerente: “os clientes dessa categoria não aceitam comprar carros sem ar-condicionado, som e vidros elétricos”, explica Rodolfo Stopa, gerente de produto da montadora. Em tese, os rivais equipados com tais itens chegariam ao redor desse valor.

Para o 1.0, freios ABS, com distribuição eletrônica de frenagem (EBD), aparecem somente a partir da intermediária Confort Style, que soma ainda rodas de liga-leve, volante com regulagem de altura e profundidade, retrovisores elétricos e faróis de neblina.

Partindo para o motor 1.6, a Comfort Plus segue os itens da mesma versão equipada com motor 1.0, mas inclui ABS com EBD. A mesma lógica vale para a Comfort Style 1.6 em relação à Comfort Style 1.0. Já a Premium 1.6 acrescenta à extensa lista anterior rodas aro 15, sensor de estacionamento e acendimento automático dos faróis (veja todos os preços).

Impressões
O G1 teve seu primeiro contato com o HB20S na pacata Foz do Iguaçu (PR) e, ao término de um test-drive de aproximadamente 100 km, percorridos tanto com a versão de entrada (1.0 Comfort Plus) quanto com a topo de linha (1.6 Premium), ficou claro que o lançamento da Hyundai está entre os melhores do segmento.

Na ofensiva contra as versões 1.0, o HB20S se destaca pelo único motor de três cilindros (80 cavalos e 10,2 kgfm de torque) da categoria, que entrega economia, força em baixas rotações e um ronco ímpar, bem mais instigante que o enfadonho berro dos motores de 1 litro convencionais.

Aplausos para os engates do câmbio, tão ou mais precisos que os do Volkswagen Voyage, até então referência única no segmento. Seria perfeito se as marchas não fossem tão curtas, o que privilegia o uso urbano, mas, na estrada, faz o motor rodar a ruidosas 4.200 rpm a 120 km/h.

O pecado da versão 1.6 automática é óbvio: o uso de um câmbio de quatro marchas (lembrando que tem marca lançando transmissão de nove velocidades, ainda que seja destinada a um automóvel premium). Em tempos de alta expectativa em aliar performance e economia, é mais do que sabido que não dá para pensar em menos de seis velocidades.

A bordo
A cabine, seja qual for a configuração, recebe os ocupantes com esmero no acabamento, bancos confortáveis e, no caso do motorista, com um painel de instrumentos de ótima visualização e um certo flerte com a esportividade, percebida nas molduras que destacam o conta-giros e o velocímetro.

Encontrar e manusear os botões do radio e do ar é fácil; o volante tem boa pegada e usa uma disposição simples e direta para os comandos do radio e telefone, e os ajustes de profundidade e altura têm boa amplitude. O ajuste do banco, no entanto, não é muito democrático: oferece uma posição de guiar alta ou muito alta. Quem gosta de dirigir em posição mais rente ao assoalho é um pouco penalizado.

40.000/ano
O HB20S tem predicados para desbancar os líderes Voyage e Fiat Siena/Grand Siena. Mas não vai, inicialmente. Enquanto o sedã da Volkswagen, por exemplo, vendeu pouco mais de 96 mil unidades em 2012, a Hyundai espera emplacar 40 mil HB20S nos próximos 12 meses.

Não se trata de falta de confiança, mas sim da capacidade da fábrica de Piracicaba (SP), que está apta a fabricar 150 mil carros /ano, mas ainda não atingiu seu pico. “A Hyundai considera ativar o 3º turno de produção, mas ele não serve para atender picos de demanda. Seria uma solução para longo prazo”, explica Maurício Jordão, gerente de imprensa da marca. O restante do mix da linha HB20 é dividido entre 100 mil para o hatch e 10 mil para a versão aventureira, HB20X.

Por Rodrigo Mora Do G1, em Foz do Iguaçu (PR)
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