DATA DA PUBLICAÇÃO 20/10/2014 | Veículos
Primeiras impressões: Honda Civic Si Coupé 2015
Por R$ 119.900, esportivo volta ao Brasil como um cupê de 2 portas.
Manter as rotações do motor altas é diversão, mas também o maior desafio.
Ele voltou e, embora os anos tenham passado, ficou mais jovem e musculoso. Sob a mesma plataforma do sedã, o Honda Civic Si Coupé 2015 é um tipo bastante diferente do irmão. Com motor aspirado (sem turbo) que desenvolve até 206 cavalos de potência e câmbio manual de 6 velocidades, a versão esportiva é destinada aos “puristas”, aqueles que gostam de andar com as rotações em alta e se emocionam ao segurar o carro “no braço”, sem auxílio de controle eletrônicos.
Mesmo como um cupê de duas portas, o Civic Si é levemente mais comprido (2 cm) que a versão sedã, tem distância entre-eixos 5 centímetros menor e 3,5 centímetros a menos na altura. Fora as medidas, o design também é diferente. A frente ganha mais vincos e volume, o que dá a impressão de “músculos”.
Para-choque e para-lamas integrados, rodas de liga leve diamantadas de 18 polegadas, aerofólio, ponteira de escapamento cromada e difusor de ar no para-choque complementam o visual mais agressivo.
concorrentes Honda Civic Si (Foto: Arte G1)
O revestimento dos bancos segue a linha esportiva, com predominância do preto e contraste com o vermelho, usado também na costura do volante e da manopla de câmbio em couro. Fora isso e a sigla Si que aparece em diversos lugares, a cabine é semelhante à do sedã, mas com espaço reduzido na traseira – o caimento do teto é muito mais acentuado.
Na mesma tradição “purista”, o ajuste dos bancos e do volante é manual, e não há botão com folhinha verde para acionar o modo “Eco”, que ajuda na economia de combustível do irmão mais comportado. Em vez disso, as luzes indicativas do motor V-TEC no painel incentivam a manter o carro em altas rotações.
Mesmo com essa pegada, o esportivo não deixa de lado itens de conforto como ar-condicionado digital, vidros e retrovisores elétricos, teto solar, tela multimídia de 7 polegadas sensível ao toque, câmera de ré, sistema de som de alta definição com CD/MP3, alto-falantes, 2 tweeters e 1 subwoofer.
De olho na luz vermelha
O motor 2.4 i-VTEC de 16 válvulas entrega 51 cv a mais que a versão sedã LXR e 14 cv a mais do que a Si anterior – ambos com bloco 2.0. O ganho de potência pode parecer pequeno com o aumento das cilindradas, mas a mudança trouxe outra vantagem. O torque foi de 18,9 kgfm a 6.100 rotações por minuto (rpm) para 23,9 kgfm a 4.400 rpm. Ou seja, o novo Si tem mais capacidade de tracionar e faz isso melhor em rotações mais baixas que o anterior.
Por não ter turbo, o torque fica aquém dos 35,7 kgfm do Volkswagen Golf GTI, que tem 220 cv, e também dos 28,5 kgfm do Mini Cooper S, que tem apenas 141 cv. Na prática, significa que o condutor não sentirá aquele tranco inicial que faz colar as costas no banco – a aceleração é mais linear.
Para ajudar o motorista a tirar o melhor do propulsor, o painel do Civic Si tem uma luz vermelha de LED que acende quando a rotação está em seu melhor momento. É quando o i-VTEC entra em ação, aumentando a abertura de uma válvula de admissão e uma de exaustão por cilindro.
Na primeira vez que a luz surge pode até parecer um aviso de problema no carro, mas em seguida uma linha de luzes amarelas passa a acender gradualmente abaixo e o susto se converte em emoção. É como se aquele ponto vermelho no painel injetasse adrenalina diretamente no seu corpo: o motorista passa a querer vê-lo aceso o tempo inteiro.
Rotações sobem rápido
No entanto, não é fácil se manter na faixa de condução esportiva, principalmente no circuito bastante sinuoso em que o G1 avaliou o cupê, no interior de São Paulo.
As rotações sobem rápido e o motor de 2.4 litros enche com facilidade, o que empolga, mas também exige maior atenção.
O câmbio manual de seis velocidades se alia perfeitamente ao bloco, com engates curtos e precisos, mas, se o condutor vacilar nas trocas de marcha, o giro chega ao limite e o motor corta a potência. O desafio é se manter na faixa entre 4.000 e 6.000 rpm.
Em condições de pista livre e com a devida segurança, Civic Si e "piloto brincam" um com o outro. O controle eletrônico de estabilidade é discreto, o que deixa espaço para o motorista sentir as saídas de frente e traseira e fazer as devidas correções na trajetória.
Nas curvas e arrancadas, o sistema de diferencial com deslizamento limitado gerencia o torque, enquanto a suspensão bem acertada é bastante gentil com os passageiros – não foi possível avaliar como ela se sai em condições normais, com ruas esburacadas e lombadas.
Nicho
Ausente do mercado brasileiro desde 2010, a sigla Si, que significa Sport Injection, retorna ao mesmo tempo em que a Honda investe novamente em tecnologia para Fórmula 1, como fornecedora de motores para a McLaren a partir do ano que vem.
No entanto, o movimento fica atrasado em relação a rivais como o Golf GTI e o Cooper S, que em nada se assemelham no visual, mas têm a mesma proposta de condução esportiva.
Ainda faltam chegar ao Brasil o Renault Megane R.S., o Peugeot 208 GTi, e o Fiat 500 Abarth, prometido pela marca italiana há tempos.
Por enquanto, o Civic Si não deve incomodar ninguém. Nesta primeira leva, foram importadas do Canadá apenas 100 unidades. Como nem todas as concessionárias terão o modelo, quem quiser ver o esportivo de perto pode aparecer no Salão do Automóvel de São Paulo, que começa em 30 de outubro.
Pelo preço de R$ 119.900, o Civic Si fica em patamar próximo a sedãs não tão agressivos, mas que oferecem desempenho à altura e um outro status, como Audi A3, Mercedes-Benz CLA e BMW Série 3.
Manter as rotações do motor altas é diversão, mas também o maior desafio.
Ele voltou e, embora os anos tenham passado, ficou mais jovem e musculoso. Sob a mesma plataforma do sedã, o Honda Civic Si Coupé 2015 é um tipo bastante diferente do irmão. Com motor aspirado (sem turbo) que desenvolve até 206 cavalos de potência e câmbio manual de 6 velocidades, a versão esportiva é destinada aos “puristas”, aqueles que gostam de andar com as rotações em alta e se emocionam ao segurar o carro “no braço”, sem auxílio de controle eletrônicos.
Mesmo como um cupê de duas portas, o Civic Si é levemente mais comprido (2 cm) que a versão sedã, tem distância entre-eixos 5 centímetros menor e 3,5 centímetros a menos na altura. Fora as medidas, o design também é diferente. A frente ganha mais vincos e volume, o que dá a impressão de “músculos”.
Para-choque e para-lamas integrados, rodas de liga leve diamantadas de 18 polegadas, aerofólio, ponteira de escapamento cromada e difusor de ar no para-choque complementam o visual mais agressivo.
concorrentes Honda Civic Si (Foto: Arte G1)
O revestimento dos bancos segue a linha esportiva, com predominância do preto e contraste com o vermelho, usado também na costura do volante e da manopla de câmbio em couro. Fora isso e a sigla Si que aparece em diversos lugares, a cabine é semelhante à do sedã, mas com espaço reduzido na traseira – o caimento do teto é muito mais acentuado.
Na mesma tradição “purista”, o ajuste dos bancos e do volante é manual, e não há botão com folhinha verde para acionar o modo “Eco”, que ajuda na economia de combustível do irmão mais comportado. Em vez disso, as luzes indicativas do motor V-TEC no painel incentivam a manter o carro em altas rotações.
Mesmo com essa pegada, o esportivo não deixa de lado itens de conforto como ar-condicionado digital, vidros e retrovisores elétricos, teto solar, tela multimídia de 7 polegadas sensível ao toque, câmera de ré, sistema de som de alta definição com CD/MP3, alto-falantes, 2 tweeters e 1 subwoofer.
De olho na luz vermelha
O motor 2.4 i-VTEC de 16 válvulas entrega 51 cv a mais que a versão sedã LXR e 14 cv a mais do que a Si anterior – ambos com bloco 2.0. O ganho de potência pode parecer pequeno com o aumento das cilindradas, mas a mudança trouxe outra vantagem. O torque foi de 18,9 kgfm a 6.100 rotações por minuto (rpm) para 23,9 kgfm a 4.400 rpm. Ou seja, o novo Si tem mais capacidade de tracionar e faz isso melhor em rotações mais baixas que o anterior.
Por não ter turbo, o torque fica aquém dos 35,7 kgfm do Volkswagen Golf GTI, que tem 220 cv, e também dos 28,5 kgfm do Mini Cooper S, que tem apenas 141 cv. Na prática, significa que o condutor não sentirá aquele tranco inicial que faz colar as costas no banco – a aceleração é mais linear.
Para ajudar o motorista a tirar o melhor do propulsor, o painel do Civic Si tem uma luz vermelha de LED que acende quando a rotação está em seu melhor momento. É quando o i-VTEC entra em ação, aumentando a abertura de uma válvula de admissão e uma de exaustão por cilindro.
Na primeira vez que a luz surge pode até parecer um aviso de problema no carro, mas em seguida uma linha de luzes amarelas passa a acender gradualmente abaixo e o susto se converte em emoção. É como se aquele ponto vermelho no painel injetasse adrenalina diretamente no seu corpo: o motorista passa a querer vê-lo aceso o tempo inteiro.
Rotações sobem rápido
No entanto, não é fácil se manter na faixa de condução esportiva, principalmente no circuito bastante sinuoso em que o G1 avaliou o cupê, no interior de São Paulo.
As rotações sobem rápido e o motor de 2.4 litros enche com facilidade, o que empolga, mas também exige maior atenção.
O câmbio manual de seis velocidades se alia perfeitamente ao bloco, com engates curtos e precisos, mas, se o condutor vacilar nas trocas de marcha, o giro chega ao limite e o motor corta a potência. O desafio é se manter na faixa entre 4.000 e 6.000 rpm.
Em condições de pista livre e com a devida segurança, Civic Si e "piloto brincam" um com o outro. O controle eletrônico de estabilidade é discreto, o que deixa espaço para o motorista sentir as saídas de frente e traseira e fazer as devidas correções na trajetória.
Nas curvas e arrancadas, o sistema de diferencial com deslizamento limitado gerencia o torque, enquanto a suspensão bem acertada é bastante gentil com os passageiros – não foi possível avaliar como ela se sai em condições normais, com ruas esburacadas e lombadas.
Nicho
Ausente do mercado brasileiro desde 2010, a sigla Si, que significa Sport Injection, retorna ao mesmo tempo em que a Honda investe novamente em tecnologia para Fórmula 1, como fornecedora de motores para a McLaren a partir do ano que vem.
No entanto, o movimento fica atrasado em relação a rivais como o Golf GTI e o Cooper S, que em nada se assemelham no visual, mas têm a mesma proposta de condução esportiva.
Ainda faltam chegar ao Brasil o Renault Megane R.S., o Peugeot 208 GTi, e o Fiat 500 Abarth, prometido pela marca italiana há tempos.
Por enquanto, o Civic Si não deve incomodar ninguém. Nesta primeira leva, foram importadas do Canadá apenas 100 unidades. Como nem todas as concessionárias terão o modelo, quem quiser ver o esportivo de perto pode aparecer no Salão do Automóvel de São Paulo, que começa em 30 de outubro.
Pelo preço de R$ 119.900, o Civic Si fica em patamar próximo a sedãs não tão agressivos, mas que oferecem desempenho à altura e um outro status, como Audi A3, Mercedes-Benz CLA e BMW Série 3.
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